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Desenvolvimento Ciclo De Vida

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Por:   •  17/9/2013  •  1.050 Palavras (5 Páginas)  •  697 Visualizações

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A Psicologia do Desenvolvimento expressa nos dias atuais uma complexa rede de significações a respeito das mudanças pelas quais passam os indivíduos humanos, da concepção à morte. Ao abranger nesta conceituação a extensão da vida que se completa na morte, estamos incluindo a abordagem do desenvolvimento do ciclo vital, que também vem sendo designado entre nós como desenvolvimento durante-toda-a-vida (1).

Em suas origens, a Psicologia do Desenvolvimento esteve mais limitada ao desenvolvimento da criança, no sentido de descrever e explicar o indivíduo humano do nascimento até a adolescência. Recebeu também a designação de Psicologia Genética quando esteve mais voltada para o aspecto evolutivo dos comportamentos, ou seja, para sua gênese. Esta designação é hoje pouco utilizada, pois pode ser confundida com o estudo dos genes, a Genética.

Na atualidade a Psicologia do Desenvolvimento abrange, como mencionamos, o estudo das mudanças psicológicas ao longo da vida, considerando desde as manifestações de comportamento que precedem o nascimento até o acontecimento da morte integrado ao horizonte temporal da vida humana.

Nos últimos anos vem se acentuando a tendência a integrar o estudo do desenvolvimento de crianças portadoras de deficiências. A compreensão do desenvolvimento dessas crianças, com os limites que lhes são impostos pelas circunstâncias, deverá enriquecer os modelos explicativos do desenvolvimento humano (2).

Ao longo do ciclo da vida as mudanças se expressam como crescimento, transformações radicais, aperfeiçoamento, declínio. Seu estudo inclui a análise de diferentes fatores, como os códigos genéticos que constituem o fundamento último do desenvolvimento humano, as influências da família, da escola, dos pares e as incontáveis experiências culturalmente situadas que o indivíduo vive num mundo que se mostra cada vez mais polifônico e volátil.

O estudo da Psicologia do Desenvolvimento Humano tem claras e constantes implicações e aplicações, envolvendo finalidades e valores. É uma parte do conhecimento científico, que procura compreender como e porque as pessoas mudam e como e porque elas permanecem as mesmas na medida em que envelhecem. Nas palavras de Hetherington “a ciência do desenvolvimento originou-se da necessidade de resolver problemas práticos (...) e de insistentes solicitações e pressões no sentido de melhorar a educação, a saúde, o bem-estar e o estatuto legal das crianças e de suas famílias”(3).

Deve fazer parte das preocupações do psicólogo desenvolvimentista a utilização desse conhecimento para ajudar todas as pessoas a desenvolverem seu potencial humano, reconhecendo as relações de sua disciplina com a educação e com todas as outras disciplinas conexas pelo seu objeto de estudo.

Porque é ciência, a Psicologia do Desenvolvimento segue regras de evidência e de demarcação científica nos métodos e procedimentos que utiliza mas é por sua natureza epistemológica um estudo dinâmico, interativo e mesmo transformador. Dentre as ciências é talvez a menos estática e predizível

O Passado como Prólogo.

A importância concedida ao conhecimento do Desenvolvimento Humano é uma ocorrência relativamente recente na história do pensamento científico.

Historicamente, a preocupação com o estudo do Desenvolvimento Psicológico está vinculada e decorre da constituição da Psicologia como disciplina. Mas por outro lado a preocupação com o desenvolvimento humano contribuiu para a criação dessa disciplina, uma vez que favoreceu o abandono da velha “psicologia das faculdades”, ao dar ênfase à dimensão temporal do fenômeno humano, passando a reconhecer o tempo em suas análises, seja o tempo da biologia das espécies, o tempo da história humana, ou o tempo do “drama”individual (4).

Tanto a tradição de língua inglesa quanto a tradição francofone (5) reconhecem que o interesse especulativo pela criança e seu desenvolvimento consolidou-se no pensamento filosófico nos séculos XVII e XVIII, precedido pelo interesse prático.

O interesse prático pela infância é relatado por vários historiadores, como por exemplo Garnier, Ladurie e Ariès (6), que se referem ao modo como foi tratada a criança na Europa Continental nos períodos designados como Antigüidade tardia e Idade Média.

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