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Empirismo

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Por:   •  30/8/2013  •  2.869 Palavras (12 Páginas)  •  755 Visualizações

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INATISMO X EMPIRISMO

Teorias sobre conhecimento

Podemos definir o conhecimento como uma crença verdadeira justificada e entendida como a análise do conhecimento, entendendo-se que todo conhecimento adquirido pelo ser humano, desde o mais intelectual até o mais ignorante deles, tem sua aplicabilidade na vida prática, isso ocorre por que o conhecimento é a base de toda nossa subsistência.

Como acontece com todas as teses que são apresentadas, sempre vai existir uma antítese, e não foi diferente com as teorias do conhecimento, descobrimos com esta pesquisa que além das teorias já mencionadas, surgiram outras, o ceticismo, o dogmatismo, interacionismo e algumas ramificações do empirismo e do inatismo. Tentaremos apresentar as principais idéias de todas elas.

Inatismo

O homem nasce com todas as capacidades prontas para conhecer/aprender, enfatizando os aspectos internos do sujeito.

Seus principais pensadores são Platão, Aristóteles, Descartes. Defendendo que o conhecimento é um constante renascer, cada vez que se apresenta algo novo em nossa mente, ele passa a ser conhecido e seu conhecedor também se transforma, e nesta dinâmica, encontramos fragmentos de Heráclito, que demonstra como, pelo conhecimento participamos do ser divino, visto que é próprio da divindade conhecer, e enquanto conhecemos, somos também divinos, conhecedores da verdade suprema, e enquanto tomamos parte de individual, e não do todo, entramos na ilusão, deste modo ser e conhecer estão intimamente ligados.

Na mesma questão encontramos Platão, que interroga quem dá ao homem o poder de conhecer, que remete a idéia do Bem a causa do conhecimento, essa idéia toma o conhecedor e faz com que ele conheça, se voltando ao ser causador dos seres e de seus conhecimentos, tentando conhecê-lo. E por muito tentar conhecer o causador do conhecimento, não o encontramos, uma vez que o que nos remete ao conhecimento está em nós, e não o compreendemos, basta apenas que recordemos, e para Platão, o trabalho do conhecimento é apenas recordar, pois a alma que é imortal já conhece todas as coisas, e este seria o conhecimento verdadeiro.

Aristóteles defende a idéia de que temos distinções entre os tipos de conhecimento, existe o conhecimento cientifico e a razão intuitiva, ou seja, para ele não nascemos com nossas idéias, elas se formam em nós com base nas experiências que temos da vida, entrando em nossa consciência através do que víamos e ouvíamos, entretanto, Aristóteles acreditava que temos uma razão inata, temos a capacidade de ordenar em diferentes grupos e classes todas as nossas impressões sensoriais, somos também capazes de criar conceitos e classificá-los, e para Aristóteles, a união dos dois conhecimentos é que se dá a origem da verdadeira sabedoria, que ele chamou de ciência das artes.

Descartes, o pai da filosofia moderna, acredita que exista um conhecimento a priori, que nasce com o ser humano, apresentando uma crença em um ser perfeito, e afirma que é impossível nossas idéias virem do nada, tampouco aceitava que as idéias eram tiradas de nos mesmos, então concluiu que um ser verdadeiramente superior e perfeito as embutia no ser humano, criando assim, uma forte relação entre o ser perfeito e o imperfeito. Suas idéias, provavelmente foram baseadas nas idéias de Santo Agostinho e Santo Anselmo, que defendiam a idéia de que o conhecimento é inato.

Empirismo

Também chamado de ambientalismo, pois, convenciona que a origem do conhecimento está nas experiências com os objetos do mundo exterior, que se imprimem em um espírito inicialmente vazio. A "impressão" do conhecimento no intelecto humano se dá por associação e repetição. Na verdade para os empiristas, o condicionamento habitual que fazemos de nossos sentidos que formam nossos pensamentos, idéias e conhecimento.

Existem vários modos como foram colocadas as idéias dos empiristas, e seus principais pensadores são ingleses.

David Hume elabora o processo de como se dá o conhecimento. Assim como Aristóteles, ele acredita que existe uma escala do conhecimento, em que as percepções dos sentidos são essa base para a construção do conhecimento, que captam o mundo exterior e o lançam ao subjetivo, e a repetição dessas sensações dá origem a experiência, a experiência repetida varias vezes dá origem ao hábito, que leva ao surgimento da crença. Afirma também que os próprios princípios da racionalidade humana são derivados da experiência. Porém o que faz a mente transformar o que há no mundo exterior em impressão, Hume não nos explica. Talvez o mais importante seja que Hume não acredita que exista o conhecimento inato.

Seguindo as teorias de Aristóteles, e diferindo das idéias de Descartes, Locke também distingui o conhecimento em graus, começando pelas sensações até alcançar o pensamento. Locke também afirma que o ser humano é uma tabua rasa, que não traz nenhuma característica inata, nasce para que a sociedade imprima sues valores básicos e seu senso comum. Dessa visão fundamental surgiu outra convicção subsidiaria, a de que o homem nasce bom e é a sociedade que o perverte, cuja formulação é o "bom selvagem" de Jean-Jacques Rousseau.

Problemas com as teorias

No Inatismo

Se nosso conhecimento é proveniente de Deus, e quando tomamos parte dele, fazemos também parte da divindade, como o homem pôde então sair das cavernas, se o conhecimento é imutável e não evolui, por que é verdadeiro e perfeito.

Se com o surgimento da psicanálise, o pilar em que se baseia Platão, de que a razão domina nosso corpo, Freud provou que a razão manda menos que o subconsciente, ou seja, nossos desejos comandam nossa vida.

Tudo isso demonstra que o inatismo se depara com o problema da mutabilidade da realidade social, feita pela própria razão, e com o problema da mudança de "verdades", na teoria inatista mesmo, existem varias verdades que tentam explicar como adquirimos conhecimento.

Outra questão que encontramos é que a teoria inatista é também empírica, já que nosso espírito adquire conhecimentos em outras vidas, e em algum momento surge outra questão, a de que este espírito sempre teve este conhecimento, ou em alguma ocasião ele também foi uma folha em branco?

No Empirismo

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