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Exclusao Social

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Por:   •  30/9/2014  •  1.348 Palavras (6 Páginas)  •  602 Visualizações

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Trabalho em Grupo (TG)

Curso: Serviço Social

Bimestre: 3o

Turmas: 2013 e 2014

Professora: Márcia Toledo

Cerca de 1% da população de uma cidade do porte de São Paulo, com aproximadamente 18 milhões de habitantes, vive em situação de rua. O perfil do morador de rua atual não é mais representado pela figura do imigrante, geralmente negro, com pouca escolaridade e desempregado. Aliás, não há perfil homogêneo para traçar a população que vive nas ruas, conforme Aldaíza Sposati.

Descreva quais os fatores responsáveis na atualidade por levarem algumas pessoas a viverem nas ruas.

Na busca de compreender as razões que levam um individuo a morar nas ruas encontramos múltiplos fatores prováveis, entre estes os que esta em maior destaque está associada a rupturas de vínculos familiares. Entretanto podemos destacar ainda:

* Alcoolismo;

* Drogas;

* Abandonos (crianças e idosos)

* Crianças que são espancadas e fogem;

* Assédio sexual dentro da própria casa;

*Pessoas expulsas do lar;

* Doentes mentais;

* Depressão.

Segundo Escorel (1999) o desemprego é um dos fatores principais que levam o indivíduo a morar na rua,

Não é possível obter uma taxade desemprego junto à população de rua nem tampouco estabelecer uma correlação direta e mecânica entre desemprego, ou extrema vulnerabilidade do vínculo laboral, e a moradia nas ruas. No entanto, osdepoimentos dos próprios moradores de rua e algumas pesquisas indicam que o desemprego é um dos principais motivos que conduzem as pessoas a viverem nas ruas. Relacionar processos de vulnerabilidade edesvinculação na dimensão do trabalho e rendimentos com a condição de morador de rua é buscar estabelecer até que ponto são originários da esfera ocupacional os estímulos que podem levar o indivíduo a atingir o “ponto zero”, definido como esgotamento dos recursos socioeconômicos suscetíveis de manter sua sobrevivência (ESCOREL, 1999, p. 175).

Em um dos trabalhos feitos por Zaluar (1995) encontramos também a opção de vida por viver na rua, como podemos observar no texto a seguir,

É preciso abandonar a retórica romântica de apontá-los como pessoas livres que escolheram estar na rua como um exercício de liberdade e ouvir o que têm a dizer sobre o seu sofrimento e a vontade que alguns ainda expressam de sair dessa situação de absoluta penúria. A ideia de defender o direito dessas pessoas ficarem na rua, expondo-se à violência física e simbólica de todos, inclusive dos próprios companheiros, ou de considerar essa situação como chaga da sociedade que precisa continuar a ser vista cotidianamente deve ser repensada. Até porque ser tratado como chaga e obrigado a ser visto assim talvez não seja o desejo dos moradores da rua, cuja única organização conhecida em São Paulo foi autodenominada sofredores de rua. (ZALUAR, 1995: 57).

O que nós expectadores podemos realmente constatar, seja qual for o motivo que os levaram as ruas, eles estão lá, são reais e não podem ser ignorados, a realidade social necessita ser mudada, estes indivíduos merecem uma oportunidade de escolha. Como futuro Assistente Social, tenho o dever de transformar esta realidade.

"Não podemos violentar os moradores de rua arrancando-os desta condição. O que devemos fazer é orientá-los para que encontrem um motivo para deixar a rua e, desta forma, conseguir superar esta situação". Quem afirma é a psicóloga Aparecida Magali de Souza Alvarez, pesquisadora da Faculdade de Saúde Pública da USP. Para chegar a estas conclusões, Magali acompanhou durante cinco anos um grupo de moradores de rua que conheceu em 1993. Ao longo da pesquisa, que resultou em sua dissertação de mestrado, Magali viu alguns moradores de rua mudar o rumo de suas vidas, e percebeu que estas pessoas possuem a capacidade de superação. "Eles precisam encontrar um sentido para suas vidas, um objetivo, um rumo pessoal que os motive a enfrentar as dificuldade", explica a pesquisadora. Em sua dissertação, Magali conta a história de um casal que, para dar melhores condições ao filho que iria nascer, deixou de morar na rua e instalou-se em um cortiço. Depois de certo tempo, o pai, já separado da parceira, mudou-se do cortiço, onde morava com diversos outros grupos, para um barraco próprio. O motivo da mudança foi novamente o filho. "O pai considerou que seria melhor educar a criança num lugar realmente seu", esclarece a psicóloga. "Ponto fixo" é o termo usado por Magali para definir tudo aquilo que leva as pessoas a superar condições difíceis. "Para superar sua situação é necessário que os moradores de rua tenham um rumo. É preciso que suas vidas tenham um sentido", esclarece. "O conceito de ‘ponto fixo’ foi criado por Damergian. No caso daqueles moradores de rua, o filho foi um ponto fixo. Para dar uma vida mais

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