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Exclusão Social - O Outro Lado Da Moeda

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Por:   •  29/9/2013  •  1.282 Palavras (6 Páginas)  •  618 Visualizações

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RESENHA

Texto resenhado: Exclusão Social: o outro lado da moeda

Curso: Especialização em Gestão Pública

O texto “Exclusão Social: o outro lado da moeda”, extraído do fascículo “Tópicos para Estudo da História Econômica e Administrativa no Brasil” (Ministério da Educação/Secretaria de Educação à Distância/Universidade Aberta do Brasil/Universidade Federal de Ouro Preto/Centro de Educação Aberta e a Distância), elaborada pelo professor Jaime Antônio Sheffler Sadi ( quadros 2010, 112p), apresenta a exclusão social (favela, criminalidade) e os que detêm o poder (a cúpula, elite, patronato, etc), como dois lados da mesma moeda, trata-se conforme diz o autor, "de uma das leis da dialética, chamada de unidade e luta dos contrários".

Para exemplificar, ele fala sobre a educação no Brasil, como modelo dessa sociedade, onde os ricos usufruem de escolas de qualidade superior à oferecida aos pobres, estendendo sua observação para a justiça, que também é diferenciada quando se trata de ricos e pobres. Continuando análise ele cita mais exemplos, como o asilo, onde os aposentos mais confortáveis, mais luxuosos, são para os que podem pagar por eles, além das oportunidades de desenvolvimento dos talentos em seu grau máximo que fica restrita a poucos privilegiados.

Não existem limites para essa distinção, chegando o autor até os cemitérios, onde a "morte parece exigir sua cota", pois, é notória a diferença social demonstrada pelos "túmulos de diversas categorias".

O autor segue falando sobre corrupção, também muito presente nessa sociedade, onde os jogos de interesse trazem à tona denúncias motivadas por "disputas políticas entre grupos". Existe uma disputa, pela riqueza que é sinônimo de poder, de status, de privilégios, que ultrapassa os interesses da coletividade, em benefício próprio. Ele cita, para exemplificação, o caso envolvendo o atual governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda e o ex-governador \Joaquim Roriz, referente á "apropriação ilegal de recursos, por intermédio de combinação premeditada de negócios públicos e privados"

O autor aponta a cidade de Brasília como um "modelo de exclusão de muitos" por um lado e enriquecimento de poucos por outro, apesar de ter sido "idealizada para ser uma cidade neutra, acima dos conflitos que grassam nos estados", corroborando a análise de Marx que disse que a sociedade e o homem espelham seu jeito de produzir.

Brasília é referência dessa sociedade dual que traz em seu seio os excluídos, os descamisados, o povão, diz o autor, desejosos de "ganhar alguma coisinha", vender sua mão de obra, e de outro os políticos "querendo viver da política e não para a política"( citando Weber), servindo-se da pobreza como trampolim para o seu enriquecimento, ascensão política, enfim, o poder, o dinheiro, a dominação.

Ele coloca esse "viver da política", como um caminho de acesso á fortuna, assim como ganhar na loteria, "é aritmética de soma simples", "mais lotes distribuídos significa mais votos", ou seja, a pobreza alimentando a riqueza, servindo de escada.

Prosseguindo, o autor comenta sobre os novos bairros em SP, Mariana/MG, ouro Preto/MG, "currais de cabresto", ou "espaço para a produção de força de trabalho", e sobre a "intensidade da sua vida coletiva". É a negação da negação, a vida vibrante que surge de uma parte da sociedade que do sofre, que luta para sobreviver, que é explorada. Lá a vida pulsa, a vida em comunidade é ativa, o bate papo nas ruas, crianças por todo lado, jovens passeando pelas ruas, roupas no varal, movimento. Em contrapartida, existe uma "frouxidão em relação a padrões morais e sociais típicos da classe média", como casamento, trabalho fixo, sobrenome de família, poupança, sobriedade, entre outros, e uma liberalidade com relação aos prazeres mundanos como: homossexualidade, poligamia, infidelidade, etc.

Essa vida pulsante dos bairros pobres é bem diversa da dos bairros abastados, onde o que se nota, é a ausência dessa vibração, desse calor humano, com suas ruas despovoadas, com poucas crianças, com pessoas auto-suficientes, que se isolam em suas casas.

A América é comparada com a Europa, inclusive citando Max Weber que quando "visitou a América em 1904, ele se surpreendeu com a vibração da nova sociedade, a abundância de energia, bem como com o desperdício de vida sob o capitalismo americano".

O autor cita trechos da obra "Cidades Mortas de Monteiro Lobato, para falar do "mundo inverso" ao que foi falado, o mundo dos que ficaram, dos que não partiram em busca do trabalho, da mudança, que não habitaram esses novos bairros, preferiram ficar, não se aventuraram . Em sua obra, Lobato, denomina-os "mesmeiros", "de vontade anemiada", "débeis", vivem da rotina,

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