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GRUPOS DE TRABALHO Pichon Riviere

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Por:   •  18/11/2013  •  Tese  •  4.136 Palavras (17 Páginas)  •  867 Visualizações

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GRUPOS OPERATIVOS

Pichon Rivière

Histórico:

A técnica e teoria dos grupos operativos, elaborada por Enrique Pichon-Rivière (1907-1977) criada em 1946; quando estando encarregado do Serviço de Adolescentes do Hospital Psiquiátrico da cidade de Buenos Aires, houve a necessidade de formar, com um grupo de pacientes, uma equipe de enfermeiros para o Serviço. Porém, o momento crucial de suas investigações sobre os grupos operativos ocorreu no Instituto Argentino de Estudos Sociais, em 1958, na cidade de Rosário. Tal estudo ficou conhecido como “Experiência Rosário”.

Embora suíço de nascimento, Pichon viveu na Argentina desde os quatro anos de idade. É interessante chamar a atenção de que Pichon-Rivière, nunca publicou suas descobertas e teorias. Os trabalhos que conhecemos sobre o autor, consistem de transcrições de aulas e palestras registradas pelos seus alunos. Tornou-se um importante psicanalista e sua formulação teórica sobre os grupos operativos se constitui numa valiosa contribuição para a psicanálise de grupos.

De acordo com Pichon-Rivière (1994), os grupos operativos definem-se como grupos centrados na tarefa. Esta tarefa pode ser tanto a obtenção de uma cura, e o grupo será chamado terapêutico, como a aquisição de novos conhecimentos, e o grupo será de aprendizagem.

A técnica nasce: para instrumentar a ação grupal, caracterizando-se por estar centralizada na tarefa, isto é, privilegia a tarefa grupal, a marcha à conquista de seus objetivos.

Quem introduziu: Enrique Pichón Rivière introduziu os grupos operativos no estudo da família, principalmente numa concepção mais atualizada de terapia.

Partiu da hipótese de que o grupo é um conjunto restrito de pessoas, ligadas entre si por constantes de tempo e espaço, e articuladas por mútua representação interna, que se propõem, de forma explícita ou implícita, a efetuar uma tarefa que constitui sua finalidade.

Para ele:

Os conjuntos sociais organizam-se em unidades para alcançar maior segurança e produtividade. A unidade grupal tem, em muitos casos, a característica de situação espontânea, mas os elementos desse campo grupal podem ser, por sua vez, organizados e a integração poderá ser regulada para maior eficácia de seu objetivo.

Os conjuntos sociais organizam-se em unidades para alcançar maior segurança e produtividade. A unidade grupal apresenta, em muitos casos, a característica de uma situação espontânea.

O grupo operativo é o primeiro elemento de uma abordagem do cotidiano. Nele, (o grupo operativo), tendem a reproduzir-se as relações cotidianas, os vínculos que põem em jogo modelos internos. O enquadramento ou a técnica operativa do grupo facilitam – pela confrontação desses modelos internos com uma nova situação de interação, bem como com a análise das condições que a produziram – a compreensão das pautas sociais internalizadas que geram e organizam as formas observáveis de interação.

Onde está alicerçado o grupo operatório: Em esquemas que são os marcos conceptual, referencial e operativo. Inclui, além disso, os conceitos gerais sobre grupos restritivos, as idéias sobre a teoria de campo de Kurt Lewin, a tarefa, o esclarecimento, a aprendizagem, a ambigüidade, a comunicação e os desenvolvimentos dialéticos em espiral.

Propósitos e as finalidade dos grupos operativos: Estão centrados na mobilização de estruturas estereotipadas, dificuldades de aprendizagem e comunicação, devidas ao acúmulo da ansiedade que qualquer mudança desperta.

O processo de crescimento do grupo operativo fundamenta-se na metodologia que Pichón Rivière chama didática.

Didática é uma estratégia destinada não só a comunicar conhecimento (tarefa informativa), mas também, basicamente, a desenvolver aptidões e modificar atitudes(tarefa formativa). A articulação formativa e informativa completa-se com a construção de um instrumento chamado ECRO (esquema referencial, conceptual e operativo)

A técnica operativa de grupo sejam quais forem os objetivos propostos aos grupos (diagnóstico institucional, aprendizagem, criação, planificação, etc), tem por finalidade que seus integrantes aprendam a pensar em uma co-participação do objeto do conhecimento, entendendo que pensamento e conhecimento não são fatos individuais, mas produções sociais. O conjunto de integrantes, como totalidade, aborda as dificuldades que se apresentam em cada momento da tarefa, logrando situações de esclarecimento, mobilizando estruturas estereotipadas – que funcionam tanto como obstáculo para a comunicação e a aprendizagem quanto como técnica de controle da ansiedade ante a mudança.

Características dos Grupos Operativos – Centrados na tarefa

Grupos centrados no indivíduo são os psicanalíticos e de terapia;

A tarefa está centrada sobre aquele que a quem chamamos de porta voz.

É a relação que seus integrantes mantêm com a tarefa.

Grupo terapêutico – obtenção da “cura”

Grupo de aprendizagem – aquisição de conhecimento

Todo conjunto de pessoas, ligadas entre si por constantes de tempo e de espaço e articuladas por sua mútua representação interna, se coloca explícita ou implicitamente uma tarefa, que constitui uma finalidade.

Podemos dizer então, que estrutura, função, coesão e finalidade, junto com um número determinado de integrantes, configuram a situação grupal, que tem seu modelo “natural” no grupo familiar.

A função do grupo operativo é a de aprender a pensar, isto é, desenvolver a capacidade de resolver contradições dialéticas, sem criar situações conflitantes – aprender a pensar.

A tarefa pode ser a aprendizagem, a cura, o diagnóstico ... Debaixo dessa tarefa explícita, existe outra implícita, que aponta a ruptura das condutas estereotipadas que dificultam a aprendizagem e a comunicação.

O grupo operativo age, então, de forma a fornecer aos participantes, através da técnica operativa, a possibilidade de se darem conta e explorar suas fantasias básicas, criando condições de mobilizar e romper suas estruturas estereotipadas.

Tarefa do grupo

Resolução de situações estereotipadas e a obtenção de mudanças. Todo grupo terapêutico promove aprendizagem. Todo grupo operativo é terapêutico, embora nem todo grupo terapêutico seja operativo.

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