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HISTÓRIA DA JUVENTUDE E EDUCAÇÃO DE ADULTOS NO BRASIL

Trabalho acadêmico: HISTÓRIA DA JUVENTUDE E EDUCAÇÃO DE ADULTOS NO BRASIL. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  5/6/2014  •  Trabalho acadêmico  •  1.855 Palavras (8 Páginas)  •  310 Visualizações

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1 INTRODUÇÃO

O processo ensino aprendizagem em crianças e em adultos tem formas distintas que precisam ser consideradas: nas crianças: a dependência conduz a uma postura afetiva e protetora no exercício da autoridade. Inicialmente com os pais e, logo após, com os professores, a dependência é um componente natural no dia-a-dia e na educação. Nos adultos: a maturidade da fase na qual se encontram traz a independência.

Mesmo havendo tantas mudanças na vida do ser humano, os sistemas tradicionais de ensino continuam estruturados como se a mesma pedagogia utilizada para as crianças devesse ser usada aos adultos. A metodologia que faz com que a criança absorva as informações trabalhadas na escola não é possível de ser aplicada na fase adulta. Os adultos vivem a realidade do dia-a-dia. Assim sendo, estão sempre inclinados a aprender algo que contribua para suas atividades profissionais ou para resolver problemas reais. Portanto se faz necessário buscar um caminho educacional que compreenda o adulto desde todos os componentes humanos, e sua capacidade de decidir como um ser psicológico, biológico e social.

Com essa ideia de ensino-aprendizagem encontra-se a proposta de uma nova conduta - a Andragogia com ela as regras são diferentes, o mestre é um facilitador e os alunos são participantes, com diferentes e variadas funções, mas não há superioridade e inferioridade. Assim questiona-se, as propostas pedagógica para Educação de Jovens e Adultos de quatro escolas particulares que oferecem esse tipo de ensino no Distrito Federal têm empregado a abordagem andragógica no ensino e aprendizagem de seus alunos?

Há indícios que a Andragogia é utilizada por gestores, diretores e professores, porém de forma indireta. Não sabem exatamente o nome, o conceito de Andragogia, mas aplicam de forma prática.

Para justificar esse estudo a intenção foi desenvolver uma investigação nessa área tendo como objetivo fundamental que o conhecimento a andragogia é de extrema importância que os educadores percebam as necessidades de seus alunos de EJA e desenvolvam assim um trabalho diversificado, capaz de aumentar a aprendizagem da escrita e leitura, fazendo com que o aluno perceba que é sujeito na formação do conhecimento. É importante que a escola faça uma conexão com os ensinos trabalhados em sala de aula com a vivência do dia a dia, que a escola faça projetos para tronar-se mais atrativa para seus alunos, que realize pesquisa com seus alunos para descobrir a possível causa da evasão de muitos deles. A escola exerce um papel essencial na erradicação do analfabetismo.

O objetivo geral desse estudo foi Investigar se as propostas pedagógicas para educação de jovens e adultos de quatro escolas particulares que oferecem esse tipo de ensino no Distrito Federal têm empregado a abordagem andragógica no ensino e aprendizagem de seus alunos. Para isso foi necessário Descrever a história da EJA e sua estrutura; descrever os pressupostos legais da EJA; conceituar Andragogia e relatar sua trajetória histórica; abordar a importância dos princípios andragógico contarem no Projeto Político Pedagógico da escola; apontar a proposta da Andragogia para erradicação do analfabetismo.

A metodologia usada para este estudo foi uma pesquisa realizada com a intenção de buscar subsídios a cerca da inserção das propostas da andragogia na função da escola na educação de jovens e adultos, para isso foram realizadas pesquisas bibliográficas e pesquisa de campo.

2. HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NO BRASIL

A educação básica de Jovens e Adultos começou a ganhar seu espaço na história do Brasil a partir da década de 30, com a consolidação do sistema público elementar de educação. Com o fim da ditadura de Vargas em 1945 o país estava ansioso por uma redemocratização. A segunda Guerra Mundial havia se encerrado a pouco e a Organização das Nações Unidas chamava atenção para a urgência de integrar todos os povos visando a paz e a democracia. Todo esse cenário contribuiu para que a Educação de Jovens e Adultos ganhasse destaque dentro das discussões a respeito da educação elementar, de acordo com Assumpção “A aquisição da leitura e da escrita como instrumento da ascensão social; a alfabetização de adultos vista como meio de progresso do País”. Nota-se que nesse período começou-se a valorizar a educação como um todo para que o individuo assumisse papel ativo na sociedade a qual pertencia.

Segundo Assumpção (2010, p. 13), nesse período nasce a Campanha de Educação de Adultos, lançada em 1947. Definindo assim sua identidade e ganhando cada vez mais forma. Pretendia-se nesse período, uma ação que previa a alfabetização em três meses, e mais a condensação do curso primário em dois períodos de sete meses. Depois, seguiria uma etapa voltada à capacitação profissional e ao desenvolvimento comunitário. O clima de entusiasmo começou a esfriar na década de 50 e a campanha se extinguiu antes do fim da década. No final da década de 50 foram feitas críticas à Campanha de Educação de Adultos referindo-se as deficiências administrativas, financeiras e a sua orientação pedagógica. Todas essas críticas culminaram no surgimento de novas visões e a consolidação de um novo paradigma pedagógico para a educação de jovens e adultos, cuja referência principal foi o educador pernambucano Paulo Freire. De acordo com essa trajetória histórica percebeu-se que no Brasil não foi dedicada muita atenção a Educação de Jovens e Adultos por um certo período.

Em 1964, foi aprovado o Plano Nacional de Alfabetização orientado pela proposta de Paulo Freire. Segundo Ribeiro (2001, p. 23)

O plano nacional de alfabetização, que previa a disseminação por todo Brasil de programas de alfabetização orientados pela proposta Paulo Freire. A Preparação do plano, com forte engajamento de estudantes, sindicatos e diversos grupos estimulados pela efervescência política da época, seria interrompida alguns meses depois pelo golpe militar.

Para Ribeiro (2001, p. 26) com o golpe militar de 1964 os programas de alfabetização foram vistos como ameaça e o Governo resolveu assumir o controle criando o Mobral – Sistema Brasileiro de Alfabetização. Com o Mobral o Governo alfabetizava adultos não críticos e conservadores. Desacreditado nos meios políticos e educacionais, o Mobral foi extinto em 1985. Nesse período de reconstrução democrática, enriqueceram o modelo de alfabetização conscientizadora dos anos 60.

2.1 ESTRUTURA DA EDUCAÇÃO DE JOVENS

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