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EDUCAÇÃO DA JUVENTUDE E ADULTOS

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Por:   •  1/9/2014  •  Trabalho acadêmico  •  2.081 Palavras (9 Páginas)  •  449 Visualizações

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1 - INTRODUÇÃO

Considerando que através do estudo de Educação de Jovens e Adultos (EJA) é possível aprofundarmos os conhecimentos sobre vários aspectos dessa modalidade de ensino, tais como: características e especificidades, desafios políticos e históricos, políticas públicas, a condição social e histórica dos sujeitos da EJA e a formação do educador, o desenvolvimento dessa ATPS possibilitará:

O reconhecimento e respeito das manifestações e necessidades físicas, cognitivas, emocionais e afetivas dos educandos nas suas relações individuais e coletivas.

O respeito à diversidade, assim como às diferenças de natureza ambiental-ecológica, étnico-racial, de gêneros, faixas geracionais, classes sociais, religiões, necessidades especiais, escolhas sexuais, entre outras.

A identificação dos problemas socioculturais e educacionais com postura investigativa, integrativa e propositiva em face de realidades complexas, com vistas a contribuir para a superação de exclusões sociais, étnico-raciais, econômicas, culturais, religiosas, políticas e outras.

Nessa ATPS apresentaremos a elaboração de um Plano de Aula que contemple as considerações, acima descritas, na área da Língua Portuguesa, buscando refletir sobre a importância da educação de jovens e adultos na sociedade atual, os objetivos, os conteúdos e as propostas pedagógicas das Diretrizes Curriculares Nacionais para EJA, a importância de Paulo Freire para a educação e o conceito de Andragogia.

2 - EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

A educação de Jovens e Adultos representa uma possibilidade de contribuir no desenvolvimento de todas as pessoas, de todas as idades. Planejar esse processo é uma grande responsabilidade social e educacional, onde o professor tem o papel de mediar o conhecimento, tendo uma base sólida de formação. O principal objetivo da Educação de Jovens e Adultos é: de auxiliar cada indivíduo para que ele tenha a capacidade de alcançar seus objetivos. Durante vários anos foram desenvolvidos projetos para a alfabetização de Jovens e adultos, destacaremos alguns deles: O Mobral – Movimento Brasileiro de Alfabetização, de 1967-1985; fundação Educar, de 1986-1990 e o Programa Brasil Alfabetizado, de 2003 até o momento atual.

A Educação de Jovens e Adultos- EJA, no Brasil se desenvolveu nos últimos tempos, mas ainda não se mostra tão eficaz como na ação de inclusão social que deveria representar, pois os déficits do atendimento no ensino fundamental resultaram, ao longo dos anos, num grande número de jovens e adultos que não tiveram acesso ou não lograram terminar o ensino fundamental obrigatório. Porem nos anos houve um aumento significativo da procura da modalidade de EJA, muitas vezes por necessidade da diplomação para emprego o que faz com que as pessoas que não tiveram acesso em idade própria busquem complementar seus estudos. Essas pessoas já trazem para a escola certa bagagem de conhecimentos e vivencias que devem ser observadas pelo professor, são pessoas que possuem uma história de vida marcada pela exclusão, por perdas e esperanças, algumas dessas pessoas vieram de outros estados, que levaram ao abandona da escola, outras por morarem em lugares de difícil acesso às escolas, geralmente são pessoas de classes sociais mais baixas.

Estas são algumas das qualidades essenciais ao educador de jovens e adultos ele deve ter a capacidade de solidarizar-se com o educando, a disposição de encarar dificuldades como desafios estimulantes, a confiança na capacidade de todos de aprender e ensinar. Para isso é fundamental que esse educador procure conhecer seus educandos, suas expectativas, sua cultura, as características e problemas e suas necessidades de aprendizagem, buscando conteúdos a serem ensinados, e atualizando-se constantemente refletindo permanentemente sobre sua prática, buscando os meios de aperfeiçoá-la.

3 - OBJETIVOS DE TRABALHO PARA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

A EJA é uma modalidade de ensino diferenciada onde o aluno necessita recuperar o tempo perdido, com muita experiência de vida, necessitando completar os estudos, e isso pode e deve ser aproveitado pelo professor para elencar seus objetivos e metas de trabalho.

Para atender a essa clientela, numerosa e heterogênea no que se refere a interesses e competências adquiridas na prática social, há que se diversificarem os programas. Neste sentido, é fundamental a participação solidária de toda a comunidade, com o envolvimento das organizações da sociedade civil diretamente envolvida na temática. É necessária, ainda, a produção de materiais didáticos e técnicas pedagógicas apropriadas, além da especialização do corpo docente. (BRASIL, 2000).

Objetivos Gerais da Educação de Jovens e Adultos

Ser alfabetizado dominar os instrumentos básicos da cultura letrada que lhes permitam melhor compreender e atuar no mundo em que vivem obter acessos a outros graus ou modalidades de ensino básico e profissionalizante, assim como a outras oportunidades de desenvolvimento cultural.

Valorizar a democracia, desenvolvendo atitudes participativas, conhecer direitos e deveres da cidadania.

Desempenhar de modo consciente e responsável seu papel no cuidado e na educação das crianças, no âmbito da família e da comunidade.

Conhecer e valorizar a diversidade cultural brasileira, respeitar diferenças de gêneros, geração, raça e credo, fomentando atitudes de não discriminação.

Aumentar a autoestima, fortalecendo a confiança na sua capacidade de aprendizagem, valorizar a educação como meio de desenvolvimento pessoal e social.

4 - CONTRIBUIÇÕES DE PAULO FREIRE PARA A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NO BRASIL

As contribuições de Paulo Freire, para a implantação de novos conceitos nessa modalidade de ensino, começaram com seu trabalho em Recife, onde teve uma participação no início dos anos 60, trazendo a concepção que não bastava ler e escrever era necessário dar continuidade ao ensino, aplicando o método da roda de leitura que alfabetizou em recife 300 trabalhadores em 45 dias.

O método Freire seria implantado na educação de EJA pelo MEC, mas seu trabalho foi “congelado” durante o regime militar no Brasil, por segundo a visão conservadora dos militares colocaria em risco a estabilidade política, então Paulo Freire foi exilado para a Bolívia em 1964, já com emprego garantido, depois viveu no Chile, na Suécia e nos Estados Unidos, onde desenvolveu um excelente trabalho na educação, quando voltou para o Brasil em 1980, pode difundir no Brasil seus novos conhecimentos, fazendo assim surgir novos conceitos da educação de EJA no Brasil, seu trabalho se concentrou em São Paulo onde tinha maior liberdade de expressão, e melhores condições de trabalho. Paulo Freire garantia que somente um método ativo faria o aluno de EJA superar sua visão simples das coisas para uma visão sistematizada na escola.

É impossível levar avante meu trabalho de alfabetização ou compreender a alfabetização, separando completamente a leitura da palavra da leitura do mundo. Ler a palavra e aprender como escrever a palavra, de modo que alguém possa lê-la depois, são precedidos do aprender como “escrever o mundo”, isto é, ter a experiência de mudar o mundo e estar em contato com o mundo. FREIRE (1989: 31) Paulo freire propõe é um trabalho com assuntos e objetos conhecido pelos alunos e sistematizado pelo professor para que desenvolvam os conceitos científicos e culturais dos assuntos abordados pelo professor, assim a partir da realidade dos alunos pode-se construir um conhecimento culto. Outra característica do pensamento de Paulo Freire é a crítica a estrutura social do país, para ele a educação poderia contribuir para mudar essa realidade social, portanto cabe ao professor trabalhar para mudar essa realidade social, pois a partir do momento que o homem adquirisse conhecimento necessário para mudar sua realidade, essa realidade começaria a mudar.

5 - ANDRAGOGIA

Andragogia trata do ensino de adultos essa palavra vem do grego andros que significa adulto, e agogôs, que denota educar. Segundo Knowles na década de 70 andragogia é a arte e a ciência que auxilia os adultos a aprender e compreender o processo de aprendizagem de adulto, ela é voltada totalmente para a educação de adultos, ao contrário da pedagogia, que se refere à educação de crianças. Segundo Pierre Furter a andragogia tem um conceito amplo e aberto para o ser humano de qualquer idade, sendo assim a ciência que estuda as melhores práticas para orientar no aprendizado de adultos. A andragogia é vista como modelo para a educação de adultos e caracterizada pela participação dos alunos, pela disposição e principalmente pelo seu foco.

Segundo Conrado Schlochauer, sócio-diretor do LAB SSJ, a educação para adultos tem objetivo de estudo durante os séculos, e grandes personalidades que contribuíram para nossa História como Confúcio, Lao Tsé, Aristóteles, Sócrates, Platão e, até mesmo, os profetas hebreus e Jesus, foram educadores, pois no passado, não existia uma teoria que pudesse formar a melhor maneira de ensinar.

A andragogia é diferente em alguns aspectos da pedagogia, por outro lado são bem semelhantes aos de modelos pedagógicos vejamos:

Os adultos possuem um conceito de serem responsáveis pelas próprias decisões, pelas próprias vidas dessa forma eles desenvolvem a necessidade de serem vistos e tratados pelos outros como capazes e responsáveis, porém eles resistem a situações nas quais percebem que os outros estão impondo suas vidas. Com experiências de vida os adultos se envolvem em uma atividade educacional com um volume maior de qualidade diferente em relação aos mais jovens. Por terem vivido mais, eles acabam por acumular cada vez mais experiência, para a educação. Em comparação com as crianças e jovens, os adultos são mais centrados em relação à vida quando se trata da aprendizagem. Os adultos são mais motivados a aprender quando percebem que a aprendizagem os ajudará a executar as tarefas do dia a dia e ajudá-los em promoções.

6 - PLANO DE AULA DA EJA

Objetivos

- Ampliar o repertório literário.

- Trocar opiniões sobre a leitura.

- Acionar estratégias que permitam descobrir o que está escrito e onde.

Conteúdos

- Leitura de texto poético.

- Sistema de escrita.

Anos 1º e 2º.

Tempo estimado Dez aulas.

Material necessário

Cartões, lápis e cópias da poesia Das Pedras, de Cora Coralina, publicado em Meu Livro de Cordel.

Desenvolvimento

1ª passo- Apresentar a autora Cora Coralina aos alunos. Contar a eles que ela teve uma vida marcada por dificuldades comuns a muitas mulheres: viveu presa aos afazeres domésticos e com pouco dinheiro. Casou-se com alguém que não gostava que ela se ocupasse com atividades que lhe dessem evidência. Relate que Cora sempre gostou de escrever, mas só muito tarde foi estimulada a publicar suas produções.

2ª passo transcreva o poema Das Pedras no quadro e leia em voz alta para a turma, apontando cada palavra e verso:

Das Pedras Ajuntei todasas pedras que vieram sobre mim.

Levantei uma escada muito alta e no alto subi.

Teci um tapete floreado e no sonho me perdi.

Uma estrada, um leito, uma casa, um companheiro.

Tudo de pedra. Entre pedras cresceu a minha poesia.

Minha vida... Quebrando pedras e plantando flores.

Entre pedras que me esmagavam

Levantei a pedra rude dos meus versos.

Cora Coralina

Repita leitura mais de uma vez, usando a mesma estratégia para que todos possam entrar em contato com o texto. No fim, perguntemos o que mais chamou atenção e que ideias estão presentes no material. Fazendo uma lista com as palavras relacionadas ao que for dito pelos estudantes e convide-os a escrever nos cartões a palavra que resume a principal ideia ou sentimento do texto. Exponha-as no mural da sala.

Divida os alunos em grupos de quatro alunos e distribua uma cópia do texto para cada uma delas. A tarefa é encontrar e grifar as palavras que já se sabe ler, inclusive o termo pedra, que aparece muitas vezes. Peça que eles expliquem como fizeram para encontrá-lo.

Leia este verso em voz alta: "Ajuntei todas as pedras que vieram sobre mim" e pergunte à turma a que pedras Cora Coralina podem estar se referindo. Anote as respostas em uma lista e amplie a discussão para formar outra, com respostas a questões como: quais as pedras que costumam cair sobre os velhos? O que acontece com eles, o que você faria no lugar de coralina.

Depois sugira que os alunos escrevam a palavra pedra e a associem à sua experiência de vida. No caso de alunos que ainda não escrevem, aja como um escriba. Lembre-os de que associar uma palavra a seus significados é uma descoberta importante para quem está aprendendo a língua escrita.

Avaliação

Depois de reler o poema e pergunte ao grupo o que mudou na compreensão do texto depois das atividades. Analise a coerência entre as respostas e as perguntas que foram feitas durante todo o trabalho e as mudanças efetivas entre a leitura inicial e a final.

7 – CONSIDERAÇÕES FINAIS

8 - REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICA

BRASIL, Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Educação para jovens e adultos: ensino fundamental: proposta curricular 1º segmento / coordenação e texto final (de) Vera Maria Masagão Ribeiro; — São Paulo: Ação Educativa; Brasília: MEC, 2001. http://portal.mec.gov.br, acesso em 10/09/14.

BRASIL, Plano Nacional de Educação. Brasília: MEC, 2000. http://portal.mec.gov.br, acesso em 10/09/14

FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler. São Paulo: Cortez, 1989. Pedagogia do oprimido. 4. Ed. São Paulo: Paz e Terra, 1977. http://www.infoescola.com/educacao/andragogia/, acesso em 11/09/2014.

Sites visitados dia 18/09/2014

http://www.infoescola.com/educacao/andragogia/

http://pt.wikipedia.org/wiki/Andragogia

http://www.catho.com.br/carreira-sucesso/gestao-rh/o-que-e-andragogia

http://www.catho.com.br/carreira-sucesso/gestao-rh/o-que-e-andragogia

http://noticiasdaeja.blogspot.com.br/p/programas-atuais.html acesso em 21\09\2014.

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