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Historia Do Trabalho

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Por:   •  10/4/2014  •  2.259 Palavras (10 Páginas)  •  345 Visualizações

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.Introdução

A história do trabalho, com o advento da modernidade, atravessou mudanças tecnológicas no processo produtivo, que fez com que as empresas aumentassem a produção de seus artigos e passassem assim a exigir mais dos profissionais. Essas mudanças vêm produzindo muitos efeitos em todas as esferas da vida humana como a social, mental, política, cultural e educacional. Além dessas mudanças vem ocorrendo uma sobrecarga da vida dos trabalhadores o que vem trazendo dificuldades de adaptação a uma nova conjuntura econômica e colocando em risco o bem-estar destes, o que, a longo prazo, pode potencializar problemas de saúde. (FERREIRA & MENDES, 2003).

No cotidiano dos profissionais de saúde não aconteceu diferente. A sobrecarga de trabalho passou a exigir mais desses profissionais, como jornadas exaustivas e interruptas de plantões, de tarefas, além da convivência com a dor e o sofrimento alheio, o que os torna mais estressados e desmotivados com seus trabalhos (BERTOLETTI & CABRAL, 2007).

O trabalhador que atua em instituições hospitalares está exposto a diferentes estressores ocupacionais que afetam diretamente o seu bem estar. O desempenho destes profissionais envolve uma série de atividades que necessitam forçadamente de um controle mental e emocional muito maior que em outras profissões (BENEVIDES- PEREIRA, 2006).

Muitos desses trabalhadores perdem o interesse pelos seus trabalhos desenvolvendo baixa-estima e um estresse que pode chegar a uma síndrome denominada Burnout. Segundo Maslasch e Jackson, 1981, (apud Carlotto, 2002), esta síndrome é um tipo de estresse ocupacional que acomete profissionais envolvidos com qualquer tipo de cuidado em uma relação de atenção direta, contínua e altamente emocional.

Pesquisas mostram alta incidência da Síndrome de Burnout nos profissionais de ajuda, ou seja, aqueles que prestam assistência ou são responsáveis pelo desenvolvimento ou cuidado de outros, principalmente nos de saúde. (Benevides- Pereira, 2002). Torna-se então de fundamental importância que nessas instituições sejam implementados espaços dedicados a esses profissionais a fim de se trabalhar os estresses e aspectos emocionais que, se fragilizados, podem comprometer a saúde psicológica desses trabalhadores.

Acredita-se na importância de cuidar dos cuidadores. Esslinger, Kovács e Vaiciunas (apud Bertoletti e Cabral, 2007), salientam a importância desses espaços de reflexão destinados aos profissionais da saúde nas instituições hospitalares para que possam compreender o seu trabalho e intervir de forma mais humanizada junto aos pacientes.

Autores como Correia (2001) apontam indissociabilidade entre o serviço executado e as relações pessoais dentro do ambiente do exercício profissional. Apesar de termos a saúde e o atendimento do paciente como prioridades dentro das instituições médicas, acredita-se que essa premissa só se tornará eficiente quando os trabalhadores receberem uma assistência “de cuidados” enquanto agentes de saúde.

Assim devido a relevância do tema, este estudo tem como objetivo estudar o nível de estresse causado pelas relações intergrupais dentro de uma instituição de saúde pública do estado de Sergipe. Para tal será aplicado a escala de Burnout denominada Maslach Burnout Inventory (MBI), para avaliar o nível de estresse na a ser equipe médica.

2.Revisão de Literatura

O trabalho ocupa um papel muito importante na vida das pessoas e é um fator relevante na formação da identidade e na inserção do individuo em sociedade. As pessoas que trabalham e gostam do que fazem, não imaginam a possibilidade do desemprego e uma vez isso acontecendo, perde suas referências. Uma relação satisfatória com a atividade de trabalho é fundamental para o desenvolvimento nas diferentes áreas da vida humana e esta relação depende dos suportes afetivos e sociais que os indivíduos recebem durante seu percurso profissional. (FASCINA, et. al., 2007).

No mundo do trabalho muitas transformações têm ocorrido, surgindo novas formas de organizar o trabalho e de relações do ser humano com o mesmo. Ocorreu o surgimento de diversos cargos com atribuições variadas, mais complexas e novas exigências de qualidade na execução de tarefas. A partir do momento que se passou a exigir mais do trabalhador, tornou-se necessário cuidar da capacidade reflexiva, do envolvimento e da saúde mental do mesmo. Uma relação satisfatória com a atividade de trabalho é fundamental para o desenvolvimento nas diferentes áreas da vida humana e esta relação depende dos suportes afetivos e sociais que os indivíduos recebem durante seu percurso profissional (BORGES, et.al., 2002).

A busca da produtividade a qualquer custo passou por cima dos limites do ser humano, o que propiciou um aumento do seu sofrimento. Assim, avanços tecnológicos significativos têm mudado as relações de trabalho, surgindo junto com estes muitos problemas como a falta de motivação, o desamparo, a desesperança, a passividade, a alienação, a depressão, a fadiga, o estresse e, agora, o burnout (MUROFUSE, ABRANCHES & NAPOLEÃO, 2005).

A Organização Mundial de Saúde define estresse como “uma alteração fisiológica que se processa no organismo quando este se encontra em uma situação que requeira dele uma reação mais forte que aquela que corresponde a sua atividade orgânica normal”.

Nem sempre o estresse é prejudicial. No entanto o estresse prolongado é uma das causas que podem levar o indivíduo a desenvolver a Síndrome de Burnout, ou seja, o estresse pode ou não levar a um desgaste geral do organismo a depender de sua intensidade, duração, vulnerabilidade e habilidade em administrá-lo.

No contexto da psicologia, a definição mais utilizada de burnout tem sido a de Maslach & Jackson (1986) em que é referido como uma síndrome multidimensional constituída por exaustão emocional, desumanização e reduzida realização pessoal no trabalho. O burnout é a maneira encontrada de enfrentar, mesmo que de forma inadequada, a cronificação do estresse ocupacional. Sobrevêm quando falham outras estratégias para lidar com o estresse. O termo burnout é definido como aquilo que deixou de funcionar por falta absoluta de energia, ou aquele que chegou ao seu limite, com grande prejuízo em seu desempenho físico ou mental (TRIGO; TENG & HALLAK, 2007).

O instrumento de avaliação do burnout mais utilizado mundialmente nos estudos tem sido o MBI- Maslach Burnout Inventory, que foi publicado por Maslach & Jackson. Em sua primeira versão, o inventário avaliava a intensidade e a frequência das respostas com uma escala de pontuação do tipo Likert, variando

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