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Inteligência Emocional

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Por:   •  20/3/2015  •  9.825 Palavras (40 Páginas)  •  276 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

A CONSTRUÇÃO DAS BASES PARA O DESENVOLVIMENTO DE UM SOFTWARE CBT TENDO COMO CONTEÚDO CENTRAL UM TESTE DE AVALIAÇÃO DA INTELIGÊNCIA EMOCIONAL

Gilson Vieira de Santana

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-graduação da Universidade Federal de Santa Catarina como requisito parcial para obtenção do Grau de Mestre em Engenharia de Produção.

Orientador: Prof. Dr. Bruno Hartmut Kopittke

Florianópolis, 2003

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

CAPITULO 2

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2. INTELIGÊNCIA EMOCIONAL

Neste capítulo são apresentadas as definições de inteligência emocional, seu histórico, suas medidas e os conceitos básicos para a sua compreensão. Compõem estes conceitos a autoconsciência, a autogestão, a consciência social e a administração de relacionamentos que são apresentados depois de feita uma descrição de cada uma das emoções básicas. Esta abordagem apresenta a base para examinar os testes de inteligência emocional no capítulo subseqüente

2.1. Histórico e introdução ao assunto

A palavra “inteligência” vem do latim e significa fazer escolhas. A palavra “emoção” também vem do latim motus anima significando o espírito que nos move, (Cooper, 1997). Para o Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa de Aurélio Buarque de Hollanda (1999, p 1122), “inteligência” significa faculdade de aprender, apreender ou compreender, percepção, apreensão, intelecto, intelectualidade e “emoção” (p. 737) significa ato de mover, perturbação ou ato do espírito advindo de situações diversas. Golemam (1995), dá a sua própria definição dizendo que emoção se refere a um sentimento e seus pensamentos distintos, estados psicológicos e biológicos, e uma gama de tendências para agir. Já Accioly (1996) define emoção como uma reação organísmica total, coordenada pelo cérebro ante estímulos externos e/ou internos, promovendo condutas adequadas para preservação da vida, ante ameaças e para manutenção da espécie.

A partir do momento em que Howard Gardner, definiu que o homem tem múltiplas inteligências, (Gardner, 1995), os estudiosos deram uma grande atenção ao assunto. Na época Gardner identificou as seguintes inteligências:

a) Inteligência lógica-matemática em que se destaca a capacidade de raciocínio lógico e compreensão de modelos matemáticos, a habilidade em lidar com conceitos científicos e o uso predominante da função pensamento.

b) Inteligência lingüística em que predomina o uso da expressão com a linguagem verbal, além da facilidade de expressar-se através da fala ou da escrita em uma ou mais línguas e a sensibilidade à repercussão dos sons das palavras nas mentes de quem as ouve.

c) Inteligência espacial em que predomina o sentimento de movimento, localização e direção, a percepção de espaço e tempo em que se inclui e a capacidade de recriar aspectos da experiência visual mesmo na ausência de estímulos físicos relevantes.

d) Inteligência musical em que predomina o domínio da expressão com sons e da capacidade de entender a linguagem musical.

e) Inteligência corporal-cinestésica em que predomina o domínio do movimento do corpo e a capacidade de usá-lo como instrumento de comunicação.

f) Inteligência interpessoal em que predomina a capacidade de entender reações, criar empatias, relacionar-se com o outro e administrar convivências em grupo.

g) Inteligência intrapessoal em que se destaca a capacidade de autocompreensão, percepção e administração dos próprios sentimentos.

Autores como Segal (1998), Goleman (1995), Gottmam (1997), Simmons (1999) afirmam que o fato de uma pessoa ter um alto QI (quociente de inteligência) não lhe garante o sucesso na vida. Golemam (1995), inclusive narra a sua experiência em ter acompanhado alunos com altos níveis de QI que não foram bons pilotos das suas vidas profissionais, enquanto alunos de níveis de QI considerados não elevados tiveram grandes sucessos em suas vidas. Donde ele conclui, que não necessariamente o QI elevado garante o sucesso das pessoas. É preciso levar em consideração outras características.

Martineaud (1997), declara que, para Alfred Binet e T. Simom, psicólogos que se acham na origem do conceito do QI, trata-se da relação entre a idade mental e a idade real multiplicada por 100. Cita ainda, que professores como Martin Seligman (Universidade da Pensilvânia), Walter Mischel (Universidade de Stanford) e Peter Salovey (Universidade de Yale), admitem baseados nas conclusões das suas pesquisas, que o QI contribui somente com 20% dos fatores que determinam o sucesso. Os 80% restantes estão ligados a outros fatores que incluem o que se pode chamar de inteligência emocional.

Gardner (1995), afirma que os antigos conceitos de QI giram em torno de uma estreita faixa de aptidões lingüísticas e matemáticas.

Surge então o estudo da inteligência emocional, através da maior dedicação e atenção às inteligências intrapessoal e interpessoal citadas por Gardner (1995).

2.2. Conceitos de inteligência emocional

O termo inteligência emocional, segundo Weinsinger (1997), foi criado pelos psicólogos Peter Salovey e John Mayer em 1993. Como assegura Santos (2000), Peter Salovey deu inicialmente à inteligência emocional, a seguinte definição: “A capacidade de monitorar os sentimentos e emoções próprios e alheios, de reconhecer as diferenças entre eles e de usar essa informação para orientar o pensamento e a ação das pessoas”. Mais tarde ele a redefiniu como “A Inteligência Emocional envolve a capacidade de perceber acuradamente, de avaliar e de expressar emoções; a capacidade de perceber e/ou gerar sentimentos

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