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Narcisismo

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Por:   •  25/11/2014  •  Resenha  •  1.566 Palavras (7 Páginas)  •  358 Visualizações

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Os distúrbios aos quais o narcisismo original de uma criança é exposto, as reações com que ela procura proteger-se deles e os caminhos aos quais fica sujeita ao fazê-lo, Sua parte mais importante, pode ser isolada sob a forma do ‘complexo de castração’ (nos meninos, a ansiedade em relação ao pênis; nas meninas, a inveja do pênis) e tratada em conexão inicial da atividade sexual.

A pesquisa reconstituir as vicissitudes sofridas pelos instintos libidinais quando estes, isolados dos instintos do ego, os dois grupos de instintos, surgem como interesses narcisistas.

Sabemos que os impulsos instintuais libidinais sofrem a vicissitude da repressão patogênica entram em conflito com as idéias culturais e éticas do indivíduo.

A repressão, provém do ego ou provém do amor-próprio do ego.

A diferença entre os dois, que encerra o fator condicionante da repressão, pode ser expressa em termos que permitem ser explicada pela teoria da libido. Podemos dizer que o primeiro homem fixou um ideal em si mesmo, pelo qual mede seu ego real, o outro não formou qualquer ideal desse tipo. Para o ego, a formação de um ideal seria o fator condicionante da repressão.

Esse ego ideal é agora o alvo do amor de si mesmo (self-love) desfrutado na infância pelo ego real. O narcisismo do indivíduo surge em direção a esse novo ego ideal, o ego infantil, se acha possuído de toda perfeição de valor.

O que ele projeta diante de si como sendo seu ideal é o substituto do narcisismo perdido de sua infância na qual ele era o seu próprio ideal.

A relação entre um ideal e a sublimação: A sublimação é um processo que diz respeito à libido objetal e consiste no fato de o instinto se dirigir no sentido de uma finalidade diferente e afastada da finalidade da satisfação sexual.

A formação de um ideal do ego é muitas vezes confundida com a sublimação do instinto, um homem que tenha trocado seu narcisismo para abrigar um ideal elevado do ego, É precisamente nos neuróticos que encontramos as mais acentuadas diferenças de potencial entre o desenvolvimento de seu ideal do ego e a dose de sublimação de seus instintos libidinais primitivos; e em geral é muito mais difícil convencer um idealista a respeito da localização inconveniente de sua libido do que um homem simples, cujas pretensões permaneceram mais moderadas

O reconhecimento desse agente nos permite compreender os chamados ‘delírios de sermos notados’ ou, mais corretamente, de sermos vigiados, que constituem sintomas tão marcantes nas doenças paranóides, podendo também ocorrer como uma forma isolada de doença, ou intercalados numa neurose de transferência.

Os delírios de estar sendo vigiado apresentam esse poder numa forma regressiva, revelando a razão por que o paciente fica revoltado contra ele, pois o que induziu o indivíduo a formar um ideal do ego, em nome do qual sua consciência atua como vigia, surgiu da influência crítica de seus pais (transmitida a ele por intermédio da voz), aqueles que o educaram e lhe ensinaram — seus semelhantes — e a opinião pública.

Dessa forma, grandes quantidades de libido de natureza essencialmente homossexual são introduzidas na formação do ideal do ego narcisista, encontrando assim uma satisfação em conservá-lo, primeiro da crítica dos pais, e, subseqüentemente, da sociedade.

As queixas feitas pelos paranóicos também revelam que, no fundo, a autocrítica da consciência coincide com a auto-observação na qual ela se baseia.

Nessa altura, podemos tentar um exame da atitude de auto-estima nas pessoas normais e nos neuróticos.

Aplicando nossa distinção entre os instintos sexuais e os do ego, devemos reconhecer que a auto-estima depende intimamente da libido narcisista. Há dois fatos fundamentais: o de que, nos parafrênicos, a auto-estima aumenta, enquanto que nas neuroses de transferência ela se reduz; e o de que, nas relações amorosas, o fato de não ser amado reduz os sentimentos de auto-estima, enquanto que o de ser amado os aumenta. Como já tivemos ocasião de assinalar, a finalid-ade e satisfação em uma escolha objetal narcisista consiste em ser amado.

Além disso, é fácil observar que a catexia objetal libidinal não eleva a auto-estima. A dependência ao objeto amado tem como efeito a redução daquele sentimento: uma pessoa apaixonada é humilde. Um indivíduo que ama priva-se, por assim dizer, de uma parte de seu narcisismo, que só pode ser substituída pelo amor de outra pessoa por ele. Sob todos esses aspectos, a auto-estima parece ficar relacionada com o elemento narcisista do amor.

A compreensão da impotência, da própria incapacidade de amar, em conseqüência de perturbação física ou mental, exerce um efeito extremamente diminuidor sobre a auto-estima.

As neuroses fazem uso de tais inferioridades como um pretexto, assim como o fazem em relação a qualquer outro fator que se preste a isso.

As relações entre auto-estima e erotismo — isto é, catexias objetais libidinais — podem ser expressas da seguinte forma. Devemos distinguir dois casos, conforme as catexias eróticas sejam ego-sintônicas, ou, pelo contrário, tenham sofrido repressão. No primeiro caso (onde o uso feito da libido é ego-sintônico), o amor é avaliado como qualquer outra atividade do ego. O amar em si, na medida em que envolva privação, reduz a auto-estima, ao passo que ser amado, ser correspondido no amor, e possuir o objeto amado, eleva-a mais uma vez. Quando a libido é reprimida, sente-se a catexia erótica como grave esgotamento do ego; a satisfação do amor é impossível e o reenriquecimento do ego só pode ser efetuado por uma retirada da libido de seus objetos.

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