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Psicologia Comparada

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Por:   •  24/7/2012  •  9.199 Palavras (37 Páginas)  •  1.864 Visualizações

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INTRODUÇÃO

A assistência domiciliar à saúde é um tipo de atendimento que pode ter como objectivo a prevenção de doenças de pacientes já acometidos por doenças crónicas e consequente liberação de leitos hospitalares. Estes pacientes, em geral, são idosos e portadores de várias doenças incapacitantes.

O acidente vascular cerebral é normalmente chamado de trombose, como é mais conhecido pela sociedade, é uma doença de início súbito, caracterizada pela interrupção sanguínea num determinado local do cérebro.

Após o acidente vascular cerebral (AVC), várias são as queixas neurocognitivas. Tendo-se em conta suas diferentes características e manifestações, a investigação de áreas acometidas pelo AVC vem facilitando a comparação dos resultados dos diferentes estudos sobre os prejuízos cognitivos após o mesmo e ainda como factores de risco para a depressão.

Em função da escassez do numero de psicólogos em Angola, tem sido difícil um paciente ser acompanhado por um psicólogo dentro e fora do hospital, o que de certa forma contribui muito no desequilíbrio emocional dos pacientes. O presente estudo enfoca a necessidade da assistência psicológica ao domicílio em pacientes com sintomas de depressão pós-AVC.

São poucas as famílias com poder económico para a contratação de um psicólogo que preste assistência ao domicílio nos pacientes pós-AVC logo depois da alta hospitalar.

Percebe-se com frequência a racionalização em relação ao que é vivenciado e observa-se o importante papel desempenhado pela religião na vida dessas pessoas, onde sentem o conforto e o encorajamento dos irmãos espirituais e acima de tudo a presença de deus em suas vidas. Além disso, é verdade que nem sempre a presença do psicólogo na casa é requerida pelo próprio paciente ou pela família. Muitas vezes, o atendimento psicológico ocorre por indicação médica ou de algum outro profissional da saúde.

O presente trabalho está dividido em quatro capítulos e, estes, em várias secções:

• O primeiro capítulo consiste na formulação do problema, onde dentre outros aspectos, justificamos as razões da escolha do tema, a importância do estudo, definimos os objectivos que pretendemos atingir, as hipóteses referentes a susceptibilidade da depressão pós-acidente vascular cerebral e a importância da assistência psicologia, tal como a limitação e a delimitação do estudo.

• O segundo capítulo refere-se a fundamentação teórica que, nas suas diferentes secções procuramos abordar as principais teorias sobre a depressão, e as abordagens que explicam o surgimento e desenvolvimento da depressão pós-acidente vascular cerebral.

• O terceiro capítulo faz alusão à metodologia utilizada para a realização deste trabalho. Enfatizamos os métodos utilizados, a população e a amostra, as variáveis a controlar, as técnicas e os instrumentos utilizados na recolha dos dados, o modelo de pesquisa, os procedimentos e as dificuldades encontradas ao longo da realização deste trabalho.

• O quarto capítulo faz uma abordagem da parte prática da pesquisa, onde fizemos a apresentação, a análise e interpretação dos resultados que nos permitiram confirmar ou infirmar as nossas hipóteses.

A realização deste estudo permitiu-nos concluir que: os pacientes pós-AVC em domicílio apresentam sintomas significativos e nível grave de depressão tendo como o principal sintoma a fatigabilidade é o sintoma da depressão mais predominante entre os pacientes. Este estudo também demonstrou que assistência psicológica ao domicílio contribui para o reajustamento psicológico dos pacientes pós-AVC.

CAPÍTULO I: PROBLEMA

1.1. Formulação do problema

A área da saúde obteve grandes avanços tecnológicos e científicos, desse modo o homem busca retardar a morte, prolongando seu tempo de vida por meio da investigação de doenças.

As pessoas acometidas por doenças crónicas (principalmente às doenças incapacitantes) sofrem mudanças em seu estilo de vida e, muitas vezes, perdas importantes, sejam elas nas esferas social, económica e pessoal.

Saber exactamente como a pessoa apresenta sua depressão é uma questão complexa. As manifestações depressivas são muito variadas e extremamente dependentes da personalidade de cada um.

A depressão costuma estar associada à maioria dos transtornos emocionais, ora aparecendo como um sintoma de determinado estado emocional, ora apenas coexistindo com quadros ansiosos, outras vezes como causa de determinados transtornos.

É bem verdade que quando se trata de uma infecção ou uma doença incapacitante como é o caso do acidente vascular cerebral, é mais provável que o diagnóstico da depressão se torne mais fácil, em virtude das inúmeras queixas que o paciente apresenta.

As dificuldades psicossociais apresentadas por pacientes vítimas de AVC têm sido alvo de interesse crescente nas últimas décadas. Isto decorre principalmente da ênfase cada vez maior dada à qualidade de vida desses indivíduos.

A depressão, assim como o AVC, têm sido consideradas doenças que se apresentam como grave problema de saúde pública, estando os mesmos em lugares cimeiros nas estatísticas de causa de incapacidades e morte no mundo. Diversos estudos de validação do BDI têm sido realizados com o objectivo de se determinar o nível de significância e a predominância de sintomas depressivos em diferentes pacientes.

Assim sendo, este estudo tem como objectivo verificar a prevalência de sintomas depressivos em pacientes pós-AVC por intermédio do inventário de depressão de Beck, e demonstrar a importância da assistência psicológica a nível do domicílio.

Procurar voltar a normalidade, é o que os pacientes mais prezam. E quando esta necessidade não é satisfeita, os mesmos desenvolvem sintomas significativos com maior realce na depressão onde a perca de auto-estima, a ideação suicida e o pessimismo assumem lugar de maior destaque na sua vida.

Em situações de crises ou traumatismos, muitas delas são levados ao hospital a fim de receberem a assistência médica. Como o paciente pós-AVC não pode permanecer dentro do âmbito hospitalar, gerando gastos desnecessários e correndo grande risco de infecção hospitalar, recebem alta hospitalar e vão fazendo a medicação em casa sem um atendimento domiciliar por parte de um psicólogo ou um assistente social, o que

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