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A Origem E Historia Da Contabilidade

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Por:   •  27/8/2014  •  4.626 Palavras (19 Páginas)  •  675 Visualizações

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A ORIGEM DA CONTABILIDADE

Introdução

Os primeiros vestígios de atividade contábil situam-se em por volta de 8.000 A.C a qual era efetuada através de sinais feitos em paredes de cavernas e tabuletas de argila, como conseqüência de um levantamento físico feito nos bens, principalmente em rebanhos, sem avaliação monetária, pois ainda não existia parâmetros para troca ou seja a moeda. A época correta em que se iniciou a história da Contabilidade não dá para precisar, pois não há provas concretas para sustentar o seu surgimento. Por isso da divergência de alguns autores com relação ao início.

Uruk, cidade da antiga Mesopotâmia, no território atual do Iraque, Uruk era um centro da civilização sumeriana e os primeiros registros contábeis nessa cidade constituíam-se em fichas de barro, guardadas em receptáculos de barro, que eram utilizadas na contagem do patrimônio. Por exemplo, uma ficha de barro poderia representar um boi. Se esse boi fosse transferido para outra pastagem, ou fosse mandado para ser tosquiado, ou fosse emprestada, a sua ficha seria igualmente transferida para um outro receptáculo de barro, registrando dessa forma a transação e auxiliando o controle do patrimônio por parte do proprietário. Dessa forma, um único evento contábil (por exemplo, um empréstimo de um boi) envolveria dois receptáculos de barro, um que forneceria uma ficha e outro que receberiam esta ficha.

Após a criação das fichas de barro para o controle da contabilidade, houve a criação de tábuas com escritos cuneiformes, para a contabilização de pão, cerveja, materiais e trabalho escravo, em Uruk e Ur, também na Suméria.

Antônio Lopes de SÁ (1995:237-238) comenta: Uma das arcaicas de Ur contém um inventário de cabras; algumas tabuletas de Fara têm como objeto de escrita os cereais e alguns outros diversos elementos. Entre as quais se dedicam aos vários objetos encontrados há as que se referem a: animais de carga destinados também ao cultivo da terra, divisão de terras alugadas, contas de pagamentos, contas dos inventários dos animais, contas de entradas e saída de metais e utensílios, contas dos bens consumidos ou sacrificados etc. Tais tabuletas, a fim de evitar adulterações, já tinham o "selo de sigilo" do templo, alcançando-se desta forma, mais uma fase de evolução no controle e mais um progresso nas administrações.

O maior desenvolvimento foi em torno das diversas anotações conforme as necessidades e condições da época. Somente com o surgimento da escrita, moeda e aritmética os registros contábeis puderam ser efetuados com a concepção de valor, sem pictografias como indicação de contas e feitas em material menor e adequado, o qual dava maiores condições de serem anotados e avaliados os componentes do patrimônio tanto das pessoas físicas como das jurídicas e naturalmente surgindo outros períodos na contabilidade. Dessa forma, a invenção da escrita pelo homem está intimamente ligada à contabilidade. O antigo Egito também contribuiu com grandes avanços na ciência contábil, principalmente devido à necessidade do governo de organizar a arrecadação de impostos. Os antigos egípcios inovaram ao efetuar os registros contábeis utilizando valores monetários, no caso o shat de ouro e prata. É importante lembrarmos que naquele tempo não havia o crédito, ou seja, as compras, vendas e trocas eram à vista. Posteriormente, empregavam-se ramos de árvore assinalados como prova de dívida ou quitação. O desenvolvimento do papiro (papel) e do cálamo (pena de escrever) no Egito antigo facilitou extraordinariamente o registro de informações sobre negócios.

Na antiga Grécia, a burocracia da cidade de Micenas mantinha arquivos que registravam, em placas de barro, lançamentos de impostos, propriedade territorial, reservas agrícolas, inventários de escravos, de cavalos, de carros de guerra e de peças desses carros.

Com o desenvolvimento da democracia grega, os governantes eleitos passaram a ter que prestar contas de como utilizavam os recursos públicos, através de demonstrações contábeis inscritas em pedra. Os antigos romanos se preocupavam em registrar cuidadosamente o seu patrimônio pessoal, utilizando tábuas de cera gravadas com estiletes pontiagudos para rascunhos, que em seguida eram transcritos para papiros ou pergaminhos. Em nível de administração governamental, os romanos tinham a figura do Contador Geral do Estado, que controlava as finanças imperiais, e era um dos mais importantes funcionários.

À medida que as operações econômicas se tornam complexas, o seu controle se refina. As escritas governamentais da República Romana (200 a.C.) já traziam receitas de caixa classificadas em rendas e lucros, e as despesas compreendidas nos itens salários, perdas e diversões. No período medieval, diversas inovações na contabilidade foram introduzidas por governos locais e pela igreja. Mas é somente na Itália que surge o termo contabilitá.

1. Origem da Palavra Contabilidade

O termo Contabilidade, hoje tão sólido e reconhecido em nosso idioma é muito antigo. A História registra palavras, cada uma em cada idioma, com a sua própria forma etimológica, mas, para nós em português, o conceito sobre esse conhecimento específico parece ter proveniência de uso da expressão na península Ibérica há cerca de meio milênio. Há muitos milênios atrás, quando se realizavam registros em argila, na Suméria , nasceu à própria escrita que daria origem ao registro de todas as expressões. Foi à escrita contábil que gerou as escritas comuns, segundo os mais famosos historiadores e especialistas, como Godoy. A Suméria era uma região rica, de comércio intenso, existindo, pois, profissionais que se dedicavam a escriturar os fatos comerciais e industriais, inclusive, segundo descobertas arqueológicas, possuindo escolas de escrituração contábil. O mesmo ocorreu na Grécia e em Roma. Tudo indica, entretanto, que se ligavam às expressões pertinentes ao fato de "registrar”. O conhecimento de escriturar era uma especialidade respeitada e destacada nas sociedades antigas. Pelos estudos e pesquisas que realizamos entendemos que as origens do termo Contabilidade e Contador, são de berço Ibérico. Tão distintos eram os conceitos de Contas e de Contadores, logo de Contabilidade também, que em 10 de julho de 1554, o Imperador Carlos, de Espanha, edita outra Ordenança, já adotando as expressões «Contadores de Contas», «Contadoria Geral da Fazenda», «Contadores Principais» e «oficiais da Contadoria Tais termos consagrados na Espanha, com provas históricas desde

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