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Coordenação da articulação da água do Nordeste

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Por:   •  9/12/2014  •  Projeto de pesquisa  •  2.333 Palavras (10 Páginas)  •  162 Visualizações

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Uso da semente do gênero moringa

Mario Augusto de Almeida Neto

Coordenação da Articulação Água Nordeste

E-mail: adriano@plug.com.br

Resumo

Tradicionalmente, em diferentes países do continente asiático, africano e sul-americano, varias plantas estão sendo utilizadas como coagulantes ou floculante natural. O objetivo deste processo é precipitar os colóides presente nas águas destinadas principalmente ao consumo humano. Devido principalmente à presença de partículas argilosas e de matéria orgânica, estas águas não apresentam os padrões qualitativos para o consumo tanto do ponto de vista físico (turbidez alta) como da contaminação microbiológico. O gênero MORINGA, e particularmente as espécies M olerifera e M stenopetala, destacam-se como um dos mais promissores coagulantes naturais. Além desta propriedade de coagulação contida nas sementes, estas arvores de médio porte apresentam outras funções (farmacêutico, alimentar, melífera) valorizadas nos numerosos países tropicais onde este gênero esta presente.

1. ALGUMAS INFORMAÇÕES SOBRE O GÊNERO “MORINGA”

1.1 ALGUNS DADOS BOTÂNICOS

A pequena família Moringaceae, da ordem papaverales, conta com apenas um gênero (Moringa). Das 14 espécies conhecidas, 9 são originarias da África, 2 de Madagascar, 1 da Arábia e 2 da Índia. O efeito coagulante foi demonstrado para 6 espécies, porem somente 2 foram objetos de pesquisa mais intensa: a M. oleifera Lam. Originaria da região noroeste da Índia que esta difundida em muitos países tropicais e a M. stenopetala originaria da Etiópia (Al azharia Jahn, 1998).

São plantas arbóreas de crescimento rápido, caducifólias, com casca de cor clara, atingindo até 10 metros de altura. O fruto seco, capsular, de seção triangular se abre em 3 valvas. As sementes possuem 3 asas.

1.2 HISTÓRICO DA DIFUSÃO

A difusão da Moringa oleifera está ligada aos impérios colonialistas do século XIX. Os funcionários ingleses levaram a semente da Índia para a África do leste, principalmente no Sudão. Inicialmente, o uso desta arvore era principalmente ornamental. A descoberta das propriedades do óleo contido nas sementes, deu um valor comercial a esta planta e, consequentemente uma difusão mais ativa por parte dos ingleses, mas também dos franceses e holandeses. No final do século XIX, foi introduzida na América Central (Guatemala) a parti do Haiti (Cárceres et al.). No Brasil, a introdução da arvore foi tímida e limitou-se a objetivos de ornamentação nos parques públicos (Brandão Joly, 1977).

1.3 CARACTERÍSTICAS AGRONÔMICAS

Segundo uma pesquisa de Mayer et al. No sul da Etiópia, M. stenopetala se adapta bem as condições climáticas tanto do clima semi-árido como sub-úmido com altitude inferior a 2000 metros. As exigências assimilam-se às da M. stenopetala: uma pluviometria mínima da ordem de 600 a 700 mm, temperaturas ótimas entre 24 e 30 ºC e solos bem drenados. Segundo um estudo edáfico dos mesmos autores, a planta não apresenta exigências especificas em termos de tipos de solo a não ser a impossibilidade de se desenvolver em solos encharcados.

A propagação da semente da M. oleifera não apresenta dificuldades qualquer que seja escolhido o método. Plantio direto, produção de mudas a partir de sementes ou de estacas.

Segundo vários autores, a melhor taxa de germinação da moringa obtém-se depois de deixar a semente 24 horas na água a temperatura ambiente. O plantio em viveiro (bolsa de polietileno) é realizado imediatamente depois. Os resultados mostraram uma taxa de germinação da ordem de 90% com sementes de até 9 meses (Cárceres et al).

1.4 CARACTERÍSTICAS FENOLÓGICAS:

1.4.1 Primeira frutificação:

A idade da arvore na primeira frutificação é variável; em geral, considera-se que a Moringa oleifera frutifica no primeiro ano nas condições ideais de manejo. Nas regiões semi-áridas da África, considera-se que a M. oleifera frutifica a parti do segundo ano (Wolfrom Nigg, 1993).

1.4.2 Floração/Frutificação:

A floração acontece geralmente no final da estação úmida, a perda das folhas ocorre no inicio do período seco. As observações de vários autores mostraram que freqüentemente existem vários estados fenológicos ao mesmo tempo numa arvore: folhas, flores e frutos mais ou menos maduros.

1.4.3 Produtividade em vagens

• Comprimento das vagens:

Segundo Al Azharia Jahn, o comprimento das vagens da M. oleifera é muito variável e pode ser classificado em três grupos:

• Vagens curtas com um comprimento variando entre 15 a 25 cm;

• Vagens médias com um comprimento variando entre 25 a 40cm

• Vagens longas com um comprimento variando entre 50 a 90 cm

• Número de vagens por arvore:

O número de 300 vagens por arvore foi apresentado como um máximo no Egito, Sudão e Quênia por B. Durand citado por Wolfrom Nigg. porem, na Índia, Al Azharia Jahn, chegou a calcular produção de 1.000 até 1.600 vagens por arvore.

• Numero de sementes por vagens:

Pode-se considerar que o numero satisfatório de sementes oscila entre 10 e 20 por vagem.

• Estimação da produção anual de sementes

A mesma autora classificou o nível de produção anual das M. oleifera em três níveis:

• Baixo - 1,5 a 2.000 sementes/planta

• Médio - 6 a 8000 sementes/planta

Elevado – 20 a 24000 sementes/planta

Na bibliografia consultada, os números de produtividade apresentam grandes variações segundo os autores, os países, o clima (sobretudo, a disponibilidade de água) más também o manejo da arvore.

2. UMA PLANTA DE USO POLIVALENTE

• COAGULANTE PRIMÁRIO:

Várias pesquisas no mundo mostraram que os cotilédones

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