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Espaço Sideral

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Por:   •  13/4/2014  •  1.688 Palavras (7 Páginas)  •  448 Visualizações

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Conceituações[editar | editar código-fonte]

Em astronomia, usa-se a denominação "espaço exterior" ou "espaço sideral" para fazer referência a todo espaço que transcende o espaço englobado pela atmosfera terrestre. O espaço sideral é frequentemente subdividido em três subespaços:

Espaço interplanetário - designação usada sobretudo para se referir aos espaços existentes entre os planetas do nosso próprio sistema solar. Por extensão, inclui as distâncias entre os eventuais planetas de qualquer sistema estelar, inclusive o nosso.

Espaço interestelar - designação usada para se referir às porções de quase vácuo existentes entre as estrelas. Refere-se sobretudo aos espaços entre as estrelas da nossa própria galáxia: a Via Láctea.

Espaço intergaláctico - designação usada para se referir às desoladas vastidões existentes entre as galáxias. Da Via Láctea à sua galáxia satélite mais próxima, a Grande Nuvem de Magalhães, esta vastidão é da ordem de 152 mil anos-luz de distância. E, da Via Láctea até Andrômeda (que é sua galáxia irmã e a mais próxima com forma e tamanho similares), são cerca de 2 milhões e 200 mil anos-luz de distância. A partir daí, as distâncias são imensamente maiores.

O espaço não é propriamente vazio, ele contém infinitesimais quantidades de partículas subatómicas vagando a velocidade da luz, mais predominantemente: um plasma de hidrogénio e hélio, assim como radiação eletromagnética, campos magnéticos e neutrinos. E à medida que se afasta de uma estrela, este quase vácuo tende a ser mais rarefeito ainda.

O espaço também é adensado por ondas gravitacionais e radiações de toda espécie, desde o rádio, a micro-ondas, o infravermelho, a luz visível, a ultravioleta, os raios-X e os raios Gama. Tudo isso sem considerar as micropartículas, a poeira cósmica, gases primordiais ou oriundos de estrelas, micrometeoritos, além dos corpos espaciais bem conhecidos.

Fatos conhecidos[editar | editar código-fonte]

Observações recentes, constataram que o espaço também contém matéria escura e energia escura. A temperatura padrão, estabelecida pela radiação cósmica de fundo em micro-ondas, é de apenas 2,7 kelvin. Plasma com densidade extremamente baixa (menos de um átomo de hidrogênio por metro cúbico) e alta temperatura (milhões de kelvin) no espaço entre galáxias, constitui a maior parte da matéria do espaço exterior; concentrações eventuais, foram se condensando em estrelas e galáxias. Espaço inter galático, constitui a maior parte do volume do Universo. Mas mesmo as galáxias e os sistemas solares, consistem, em sua maior parte, de espaço vazio.

Não existe uma fronteira exata de onde o Espaço começa. No entanto, a Linha de Kármán, a uma altitude de 100 km acima do nível do mar, é usada por convenção como sendo o início do espaço exterior no contexto de tratados sobre o espaço e estabelecimento e manutenção de recordes. As bases para leis internacionais sobre o espaço foram estabelecidas com o Tratado do Espaço Exterior, aprovado pelas Nações Unidas em 1967. Esse tratado previne qualquer pretensão de soberania, permitindo que qualquer nação explore o espaço livremente. Em 1979, o "Tratado da Lua", tornou a superfície de corpos como os planetas e o espaço ao redor desses corpos, jurisdição da comunidade internacional. Resoluções adicionais a respeito do uso pacífico do espaço exterior têm sido propostas pelas Nações Unidas, mas elas ainda não impedem o envio de armas ao espaço exterior, incluindo armas antissatélite.

O homem iniciou a exploração física do espaço no século 20, com o surgimento dos voos de balão, seguidos pelo desenvolvimento de foguetes lançadores mono e multi estágios. O primeiro homem a atingir a órbita terrestre, foi Iuri Gagarin da União Soviética em 1961, e espaçonaves não tripuladas têm alcançado todos os planetas conhecidos do sistema solar desde então. Alcançar a órbita terrestre baixa, requer uma velocidade mínima de 28.000 km/h, muito mais rápido que qualquer avião. O espaço exterior, representa um ambiente desafiador para a exploração humana devido aos seus dois principais perigos: o vácuo e a radiação. A microgravidade, gera efeitos importantes na fisiologia humana, resultando em atrofia muscular e osteopenia. Viagens espaciais tripuladas, até o momento estão limitadas à órbita terrestre baixa ou à Lua. Viagens não tripuladas, já ultrapassaram os limites do sistema solar. O restante do espaço exterior conhecido, permanece inacessível, a não ser por observações através de telescópios cada vez mais potentes.

Descoberta[editar | editar código-fonte]

Em 350 A.C., o filósofo Grego Aristóteles sugeriu: nature abhors a vacuum, um princípio que ficou conhecido como: horror vacui. Este conceito, construído sobre uma argumentação ontológica do século 5 AC do filósofo grego Parmênides, que negava a possibilidade de existência de vácuo no espaço.2 Baseado nessa ideia de que o vácuo não podia existir, no ocidente, por muitos séculos, se acreditou que o espaço não poderia ser vazio.3 No século 17, o filósofo francês René Descartes argumentou que todo o espaço deveria ser preenchido.4

Na China antiga, existiam várias escolas de pensamento a respeito da "natureza dos céus", algumas das quais se assemelham ao nosso entendimento moderno. No século 2, o astrônomo Zhang Heng, ficou convencido que o espaço devia ser infinito, se estendendo muito além do "mecanismo" de sustentação do Sol e das estrelas. Os livros remanescentes da escola Hsüan Yeh, dizem que os céus não tinham limites, "vazio e desprovido de substância". E continuando: "o Sol, a Lua e o conjunto de estrelas, flutuam no espaço vazio, estando parados ou em movimento".5

O cientista italiano Galileu Galilei, sabia que o ar tinha massa e portanto estava sujeito à gravidade. Em 1640, ele demonstrou que uma força estabelecida resistiu à formação de vácuo. No entanto, coube ao seu pupilo, Evangelista Torricelli, criar um aparelho que iria produzir vácuo em 1643. Este experimento resultou no primeiro barômetro de mercúrio que foi a sensação científica na Europa da época. O matemático francês Blaise Pascal, argumentou que se a coluna de mercúrio era envolvida pelo ar, a coluna deveria ficar menor em grandes altitudes, onde a pressão do ar é menor.6 Em 1648, seu irmão adotivo, Florin Périer, repetiu o experimento na montanha de Puy de Dôme na região central da França, e constatou que a coluna de mercúrio era 7,6 cm menor. Essa diminuição

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