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Por:   •  12/6/2013  •  5.501 Palavras (23 Páginas)  •  309 Visualizações

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A aprendizagem em e-learning: o papel do professor online é de facilitador ou de co-gerador de conhecimentos?

Lucio Teles, Faculdade de Educação, UnB

Publicado em Fredric Michael Litto e Marcos Manuel Maciel Formiga (Organizadores, 2008) EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA - O ESTADO DA ARTE. São Paulo: Editora Pearson.

Índice

1. Introdução 2

2. Ambientes colaborativos online 5

3. Mudanças no papel e funções do professor 6

4. Funções do professor online 7

4.1. Pedagógica 7

4.2. Gerenciamento 8

4.3. Social 9

4.4. Suporte técnico 11

5. Metodologia: Análise de transcrição 11

5.1 Codificando as funções 13

5.2 Disciplina: Dançando no ciberespaço 14

5.3 Disciplina: Introdução à estatística 15

5.4 Disciplina: Enfermagem psiquiátrica 16

6. Resultados 16

6.1. Atos pedagógicos 17

6.2. Atos de gerenciamento 18

6.3 Atos de suporte social 19

6.4 Atos de suporte técnico 20

6.5 Uma análise quantitativa: Distribuição dos códigos 21

7. Conclusões 24

8. Bibliografia 25

1. Introdução

Nas últimas três décadas o aumento da comunicação humana mediada pelo computador para fins educativos levou a uma proliferação de tecnologias com o propósito de oferecer ambientes educacionais online. Desde o e-mail até os chats e às plataformas de aprendizagem educacionais, a comunicação humana mediada pelo computador tem sido uma ferramenta de uso crescente no ensino superior. Esta inovação trouxe de volta a discussão do papel do professor no processo de ensino e aprendizagem.

A noção de ensino e seu significado mais profundo, assim como o papel do professor neste processo, são temas importantes na discussão das últimas décadas sobre o papel dos atores (professor e estudante) no processo educacional formal. Mais recentemente alguns pedagogos voltaram a tratar do tema. Em “A Arte de Ensinar”, Kenneth Eble afirma que ensinar é fazer com que os seus estudantes “pensem” (Eble, K., 1988). Assim, para Eble, o processo reflexivo iniciado pelo professor junto aos estudantes tem uma importância central na sua noção de ensino. Para Schön (1983), a “reflexão-na-ação”, ou seja, levar os estudantes a esta reflexão enquanto exercitando a prática docente, é essencial para sua formação como um bom educador. Para Freire (1996) o ensino tem uma natureza afetiva e implica em promover a noção da autonomia do indivíduo no processo de aprendizagem.

Com a introdução de sistemas de comunicação mediada pelo computador, novas práticas de ensino emergem, as quais nos levam a novas reflexões sobre o papel do professor no processo de ensino/aprendizagem. Na sala de aula virtual, o ambiente é diferente do presencial, pois não existem fisicamente as quatro paredes, o quadro negro, a disposição das cadeiras, geralmente todas voltadas para o professor. Também mudam as noções de espaço geográfico e de tempo: o acesso pode ser feito de qualquer lugar do planeta com Internet, e o tempo é expandido a uma ou mais semanas ou dias, diferente da hora regular da sala de aula tradicional que requer um determinado horário especifico, isto é, das 14:00 às 18:00 horas, por exemplo. Como é o processo de ensino neste novo ambiente e qual é o papel do professor nele?

O ensino presencial e o ensino online parecem requerer técnicas de ensino diferentes, devido à introdução desta nova noção de tempo e espaço, da mídia, e também da pedagogia apropriada aos ambientes colaborativos online. Este artigo explora a aprendizagem online, focando no papel do professor. São apresentados os resultados de uma pesquisa que realizei no Canadá, como pesquisador do projeto “Centros de Excelência em Teleaprendizagem”, um consórcio de várias universidades, empresas e governos provinciais e o federal, com o propósito de expandir o uso do ensino online.

Uma parte importante das primeiras pesquisas sobre ambientes online enfocava a descrição dos aplicativos da nova tecnologia educacional e de seu potencial para promover ambientes de aprendizagem onde estudantes colaborem com os demais e assumam uma responsabilidade crescente no seu próprio processo de aprendizagem (Harasim, Hiltz, Teles & Turoff, 2005; Moore & Kearsley, 1995).

Ainda que na literatura sobre aprendizagem virtual se use a terminologia e os conceitos de aprendizagem colaborativa, é importante ressaltar que a sala de aula online não é colaborativa por natureza. Os ambientes colaborativos online que tiveram sucesso são gerenciados pelo professor, mas os estudantes têm uma participação bastante ativa, independente da usabilidade da tecnologia (Wang & Teles, 1998; Wideman & Owston, 1999). McCabe (1998), Berge (1996) e Eastmond (1995) discutem casos de salas de aula online que são modeladas a partir da sala de aula tradicional. Neste caso, o tipo de sala de aula online criada pelo professor é determinado pelas mesmas variáveis que o professor desenvolveria na sala de aula presencial. É a sua filosofia subjacente de ensino aquela que lhe dará os referenciais de seu desenho da sala de aula virtual. A importância do desenho da disciplina pelo professor e o gerenciamento que ele faz da sala de aula têm um papel determinante no tipo de experiência de aprendizagem de seus alunos.

O foco do presente trabalho é no papel do professor na criação desta experiência online para seus estudantes. Com o propósito de pesquisar o papel do professor em ambientes colaborativos, selecionamos disciplinas nas quais a participação dos estudantes nas tarefas de aprendizagem era significante, assim como na sua avaliação final.

Vários artigos e livros publicados sobre o papel do professor online estabelecem um guia e oferecem recomendações para ajudar esse novo tipo de professor a estruturar e gerenciar a sala de aula virtual (Berge, 1995). Ainda que esses guias

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