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Goma De Mascar: Produção, História E Teor De Goma-base

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Por:   •  18/5/2014  •  2.417 Palavras (10 Páginas)  •  1.206 Visualizações

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ETEC GETÚLIO VARGAS

GOMA DE MASCAR

Produção, história e teor de goma-base

Nomes: Carla Pequini

Felipe Tamashiro

Victor Xavier

São Paulo

2013

Introdução

Este trabalho tem como intuito caracterizar o chiclete, desde seu histórico até como ele é feito atualmente, para dar uma base no entendimento do experimento feito em laboratório, durante a disciplina de Química dos Alimentos. No experimento relacionaremos o decaimento da massa da goma de mascar com o tempo de mastigação da mesma, no intuito de observar a duração não só do chiclete em si, mas de sua doçura e flavor.

Chiclete

Chicle é o nome do látex extraído do sapotizeiro, árvore que dá uma fruta conhecida como sapoti.

Chicle ou goma de mascar, segundo a ANVISA, é o produto constituído por base gomosa, elástica, mastigável e não deglutível. O acréscimo de outros ingredientes, tais como recheio ou cobertura, é permitido contanto que não descaracterize o produto. Este último constituído basicamente por uma mistura de goma base, glicose, glicerina ou sorbitol, aromas e corantes. Apesar disso, suas fórmulas variam dependendo dos custos, preço de venda, tamanho da peça, forma, tipo de máquina de embalar, clima e hábito do local.

Goma Base: Os ingredientes comuns da goma base são o látex (que pode ser de vários tipos de plantas), polietileno, acetato polivinílico e carbonato de cálcio. Há dois tipos de chiclete, goma de mascar e goma de bola, as que não fazem e as que fazem bola, respectivamente. Ambas estão disponíveis na forma neutra e ácida. A forma neutra usa carbonato de cálcio, no intuito de reagir com o acidulante da fruta cujo chiclete tem sabor, neutralizando, e consequentemente ocasionando o desaparecimento do sabor azedo do chiclete e liberando dióxido de carbono, que ocasiona, por sua vez, o inchaço da goma, dando-a mais volume. A forma ácida é produzida com talco alimentício em vez do carbonato.

Sacarose: O açúcar usado na produção do chiclete necessita ser moído até tornar-se um pó muito fino, pois sua granulometria, geralmente de 4% retido na malha 200, determina a consistência do produto final. O tamanho das partículas influencia na dureza da goma no início da mastigação, e principalmente na sua flexibilidade se estiver em fitas. Partículas muito finas produzem uma goma dura e quebradiça, enquanto que partículas grandes fazem a goma ficar macia e flexível. Além disso deve ser reduzido o período de estocagem entre o moinho e o misturador, devido a sua higroscopia.

Glicose: A glicose liquida é obtida através da hidrolise parcial, pois se for completa haverá geração de dextrose no estado sólido, do amido. Para se medir o ponto de finalização dessa hidrolise é feita a análise da dextrose equivalente (D.E.), cujo uso mais comum é 42 D.E.. O uso de 38 D.E. gera gomas com menor aderência, enquanto o uso de gomas 44 D.E. ou mais gera gomas macias e pegajosas. A faixa de variação de D.E. de lote a lote deve ser de 2 unidades, para que não seja necessário a correção na formulação e no processo do próprio chiclete. Para se medir o teor de água na glicose líquida é acrescentado o baumé. Pouco baumé resulta em um chiclete mais macio, enquanto muito baumé resulta em um chiclete mais firme. O índice comum de baumé em chicletes planos é de 45°Bé, porém essa glicose é muito viscosa à temperatura ambiente, devendo ser aquecida até no máximo 65ºC para ser manuseada, porém não por um período muito prolongado, pois pode perder sua qualidade. E no intuito de branquear e conservar a glicose é utilizado dióxido de enxofre, mas em pequenas quantidades pois, além de ter um sabor desagradável, descora os corantes e altera alguns aromas. O teor deve ser menor do que 40 ppm, pois durante o processo não é utilizado nada mais para remover o dióxido já colocado.

Aromas: São compostos de óleos essenciais cujo uso é para conferir sabor e uma camada plastificante, influenciando na textura da goma. Esses óleos são absorvidos pela goma e liberados aos poucos durante a mastigação, por isso sua quantificação é extremamente importante na constituição da textura da goma.

Umectantes: São a glicerina ou o sorbitol, cuja função é impedir a interação da goma com a umidade ambiente, que, se baixa deixa o chiclete duro, e se alta deixa o chiclete mole e escuro. A umidade relativa utilizada sem umectante é de 55%, ou seja, sob umidade acima de 55% a goma torna-se úmida, e sob umidade abaixo de 55% torna-se seca. A adição de um umectante diminui esse ponto central. A concentração de glicerina normalmente utilizada é de 0,3 a 0,5%, mas em gomas mais macias e bem embaladas, chega até a 2,0%.

Acidulantes: São ácidos cítricos, tartáricos, málicos e fumáricos, em níveis variando na faixa de 0,3 a 1,2%, geralmente em forma de pó, cujo objetivo é de ressaltar o aroma das frutas refrescantes, tais como laranja, limão, morango, uva ou cereja. Seu uso gera problemas, pois, em gomas já acidas, ele causa a inversão do açúcar para levulose, a qual é higroscópica, aumentando o nível de absorção de umidade. E em gomas não acidas, o acidulante impede a absorção de umidade, sendo então utilizadas embalagens herméticas. Eles ainda podem descaracterizar ou até mesmo descolorir a goma.

Corantes: Variam de acordo com a regulamentação do pais, porém sua função é apenas identificar e caracterizar o aroma da goma. Os corantes solúveis são dissolvidos na agua e depois adicionados a goma do chiclete, garantindo boa distribuição da cor e máxima intensidade, por isso mais usados. Os corantes insolúveis são precipitados adicionados nos primeiros estágios de mistura da fabricação do produto para melhor homogeneização.

Plastificantes e/ou emulsificantes: Facilitam a homogeneização dos componentes imiscíveis através do balanceamento hidrofílico-lipofilico e melhoram a distribuição do aroma no chiclete. Os plastificantes mais usados são as lecitinas e os óleos vegetais de milho ou girassol, em proporções entre 0,2% a 0,5% sobre o peso do chiclete. Chicletes cujo aromas são de morango, cereja, uva, maçã verde, melancia, framboesa e abacaxi, costumam não apresentar óleos essenciais em sua composição, sendo comum utilizar lecitinas, que aumentam

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