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MOVIMENTOS SOCIAIS - 7º SEMESTRE

Por:   •  21/9/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.662 Palavras (11 Páginas)  •  160 Visualizações

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ATPS DE MOVIMENTOS SOCIAIS - 7º SEMESTRE - SERVIÇO SOCIAL

RELATÓRIO REFLEXIVO

AS COLOCAÇÕES DO LIVRO, E CONVERGENCIAS E DIFERENÇAS DE OPINIÃO.

O Livro Movimentos Sociais e Redes de Mobilizações Civis no Brasil Contemporâneo. GOHN, Maria da Graça. traz-nos uma reflexão que para formar Movimentos Sociais é necessário uma organização, mobilização de recursos e pessoas comprometidas. O livro incita o debate sobre os movimentos organizados, voltados para a transformação da realidade social, destacando a divisão existente entre os movimentos de emancipação e os de controle social. Na primeira parte é realizada uma análise da conjuntura na qual os movimentos estão inseridos, com destaque para as categorias analíticas referentes a essas organizações. Na contemporaneidade os movimentos apresentam ideal civilizado, e nos mostra como podemos construir uma sociedade mais justa, democrática, com igualdade social, para que possamos sonhar em ter uma justiça social. Os movimentos sociais apresentam na sua organização, um caráter educativo de aprendizagem, pois embora sejam novos ou tradicionais encontram-se contextualizados em meio á transformações ocorridas na política, na economia, na sociedade, na expansão dos mercados, marcados pela crise estrutural da economia mundial e do país, pelas mudanças nos modelos de organização da produção do trabalho e da dinâmica social, agravada pela globalização. Na primeira parte são ainda destacados cinco pontos de diferenciação dos movimentos sociais atuais em relação aos do passado:

1 – Houve redefinição na sua própria identidade e na qualificação do tipo de suas ações. Esta mudança está focada mais nos vínculos de integração com esferas da sociedade, organizadas segundo critérios de cor, raça, gênero, habilidades e capacidades, bem como de conscientização e geração de saberes.

• 2 – Os movimentos do passado exerciam um papel essencialmente universal, uma vez que lutavam pelo “direito a ter direitos” (p. 17). Hoje, a busca é pelo reconhecimento, o respeito às diferenças, às demandas e características particulares, representados pelos movimentos identificados.

• 3 – O próprio Estado está renovando as suas relações com a sociedade e gradualmente reconhecendo a existência desses novos sujeitos coletivos. Gohn aponta nisso uma inversão de papéis: os movimentos sociais passam a sofrer forte influência e até mesmo controle das estruturas políticas do Estado, que transformam as identidades políticas dos movimentos, e fazem com que a demanda coletiva seja suplantada por uma série de outras demandas específicas, isoladas e débeis. E, em decorrência, o Estado torna-se o único ponto de integração e convergência.

• 4 – Com a alteração do formato das mobilizações e a ampliação dos sujeitos coletivos, os movimentos sociais estão agora dispostos em redes associativas, graças a fusão de novas tecnologias de comunicação. Isso decorre do alargamento das fronteiras dos conflitos, com a migração e imigração, de acesso a recursos estratégicos, como água, energia, terra, etc.

• 5 – Continuam prevalecendo grandes lacunas na produção teórica e acadêmica acerca dos movimentos sociais, apesar de sua recorrente presença na literatura das Ciências Sociais. Estas lacunas têm dificultado o entendimento e o mapeamento corretos da categoria movimentos sociais, a qual se vê suplantada pela categoria mobilização social, que pode ser entendida como simples participação e cooperação muitas vezes induzidas por estruturas políticas externas a ela.

Queremos registrar que este livro de Maria da Glória Gohn é de importância incontestável tanto para os que desejam ter uma visão ampla dos movimentos sociais do Brasil contemporâneo e de suas características, quanto uma compreensão fundamentada da identidade e da importância destes sujeitos na construção democrática.

AS PRINCIPAIS IDEIAS DO TEXTO E AS DISCUSSÕES COLETIVAS SOBRE O TEMA.

Neste relatório mostramos o que a autora Maria da Glória Gohn, relata no livro Movimentos Sociais e Redes de Mobilizações Civis, sobre diferentes tipos de mobilizações e movimentos sociais, definidos como sendo a reunião de um grupo de pessoas que reivindicam seus direitos, lutando por mudanças ou melhorias para o seu grupo social, ou seja, é uma ação coletiva de caráter contestador, no âmbito das relações sociais, com o objetivo de transformar ou preservar a ordem estabelecida na sociedade ou de um contexto específico. Fazem parte dos movimentos sociais, os movimentos populares, sindicais e as organizações não governamentais (ONGs). Maria da Glória Gohn conceitua que: movimentos sociais são ações coletivas de caráter sociopolítico, construídas por atores sociais pertencentes a diferentes classes e camadas sociais. Eles politizam suas demandas e criam um campo político de força social na sociedade civil. Suas ações estruturam-se a partir de repertórios criados sobre temas e problemas em situações de conflitos, litígios e disputas. As ações desenvolvem um processo social e político-cultural que cria uma identidade coletiva ao movimento, a partir de interesses em comum. “Esta identidade decorre da força do princípio de solidariedade e é construída a partir da base referencial de valores culturais e políticos compartilhados pelo grupo.” (GOHN, 2010). A autora descreve os problemas detectados de acordo com as suas linhas temáticas, assim como os Movimentos e Organizações correspondentes, retratando de forma crítica as suas dinâmicas, de modo que o retrato seja o mais fiel possível.

SUBSOLO: PRESO À LIBERDADE - REGISTROS SOBRE AS PERCEPÇÕES DO CONTEUDO DA MÚSICA AO TEMA ABORDADO.

Na música, “Preso à liberdade” do grupo Subsolo foi observada na letra uma crítica em relação à liberdade, a democracia, a justiça e a participação na sociedade. Direitos estes que estão inseridos na Constituição de 1988 e que são fundamentais para o desenvolvimento do cidadão. Como diz um trecho da música: “A mão pra que será, se eu não posso trabalhar?” Hoje vivemos numa sociedade de grupos com direitos exclusivos no trabalho, na economia e na justiça social, enquanto parte dela sem opção de trabalho, de moradia, de sobrevivência, embora tenha mão sim, tenha coragem e força para trabalhar, mas lhes são vetadas as oportunidades. Outro trecho diz: “Tudo bem, irmão, sou livre, mas até onde? Nesse pequeno detalhe é onde o mal se esconde. Cumpadi, tua liberdade deduzida é vigiada. A grade esta presente

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