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Metabolismo Do Osso

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Por:   •  27/11/2014  •  1.972 Palavras (8 Páginas)  •  774 Visualizações

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METABOLISMO DO OSSO

A fisiologia do metabolismo de cálcio e fosfato, a formação de osso e dentes, bem como a regulação da vitamina D, do paratormônio (PTH) e da calcitonina estão intimamente interligados. A concentração extracelular do cálcio iônico, por exemplo, é determinada pela interação entre a absorção intestinal, a excreção renal e a captção/liberação óssea deste elemento. A regulação precisa dos estoques corporais de cálcio e da concentração de cálcio junto aos compartimentos extra e intracelular é definitivamente importante pelos seguintes motivos: o cálcio é o principal componente mineral do esqueleto; exerce papéis fundamentais na transmissão neurológica, contração dos músculos esqueléticos, cárdicos e liso e coagulação sanguínea; e atua como sinal intracelular ubíquo. Um aumento na concentração desse elemento iônico acima do normal causa hipercalcemia, provocando depressão progressiva do sistema nervoso; enquanto declínios nessa concentração causa hipocalcemia, induzido a maior excitação desse sistema. Encontra-se no plasma dois tipos de fosfatos inorgânicos: HPO4 e H2PO4. Se houver um aumento total de fosfato no líquido extracelular, ocorre o aumento dos dois íons fosfato. Se o pH se tornar mais ácido, há um aumente e um declínio relativo no HPO4 e H2PO4, se ocorrer o oposto o meio se torna alcalino. Se houver uma mudança nos níveis de fosfato no líquido extracelular, não provoca efeitos imediatos sobre o organismo, no entanto leves aumentos ou quedas do íon cálcio no líquido extracelular podem causar efeitos fisiológicos extremos imediatos. A hipocalcemia causa excitação do sistema nervoso e tetania: a concentração do íon cálcio no liquido extracelular está abaixo do normal, o sistema nervoso torna-se progressivamente mais excitável (permeabilidade da membrana neuronal a íon sódio), desencadeamento natural de potenciais de ação. A concentração plasmática do íon cálcio chega a 50% abaixo do normal, as fibras nervosas periféricas tornam tão excitáveis a ponto de iniciar descargas espontâneas, desencadeando uma serie de impulsos nervosos; que são transmitidos até os músculos esqueléticos periféricos, provocando a contração muscular tetânica. A hipocalcemia causa tetania, e ocasionalmente crises epiléticas, devido a sua ação de aumento da excitabilidade no cérebro. Uma hipocalcemia muita extrema pode causar dilatação acentuada do coração, alterações nas atividades enzimáticas celulares, aumento na permeabilidade da membrana em algumas células (além do neurônio) e distúrbio na coagulação sanguínea. Concentração sanguínea normal 9,4 mg/dl, hipocalcemia cerca de 6 mg/dl, letal 4 mg/dl. A hipercalcemia deprime o sistema nervoso e a atividade muscular: o nível de cálcio eleva-se acima do normal, o sistema nervoso torna-se deprimida e as atividades reflexas do sistema nervoso central mostram-se mais lenta. Diminui o intervalo QT do coração e provoca falta de apetite e constipação. O nível sanguíneo do cálcio eleva-se para 12 mg/dl, podendo passar para 15 mg/dl, se ultrapassar de 17 mg/dl ocorre precipitação dos cristais de fosfato de cálcio por todo o corpo. Absorção intestinal e excreção fecal de cálcio e fosfato: os valores usuais de ingestão estão ao redor de 1.000 mg/dia de cálcio e fósforo separadamente (quantidades presentes em um litro de leite), normalmente o íons cálcios são mal absorvido a partir dos intestinos, entretanto a vitamina D promove pelos intestinos a absorção de cerca de 35% (350 mg/dia) do cálcio ingerido, o cálcio remanescente no intestino é excretado nas fezes. Cerca de 250 mg/dia de cálcio ingressa nos intestinos por meio dos sucos gastrointestinais secretados pelas células da mucosa descamada; aproximadamente 90% (900 mg/dia) da ingestão diária de cálcio são excretada nas fezes. Quase todo o fosfato da dieta é absorvido no sangue a partir do intestino e depois excretado na urina. Excreção renal de cálcio e fosfato: aproximadamente 10% (100mg/dia) de cálcio ingerido é excretado na urina. Quando a concentração de cálcio se encontra baixa, quase nenhum cálcio é perdido na urina, mas se houver um aumento insignificante acima do normal na concentração sanguínea eleva a excreção deste elemento. O PTH representa o fator mais importante responsável pelo controle dessa reabsorção de cálcio no rim, e também pela velocidade de excreção do mesmo. A excreção renal do fosfato é controlada por um mecanismo de transbordamento, uma concentração abaixo do valor crítico de fosfato no plasma, ocorre à reabsorção total e nenhuma perda na urina. Se houver uma elevação de fosfato no plasma, sua perda é proporcional ao aumento. O osso compõe-se de uma matriz orgânica resistente, fortalecida por depósitos de sais de cálcio. Osso compacto 30% de matriz e 70% de sais. Matriz orgânica óssea: apresenta fibras colágenas 90% a 95%, e o restante de um meio gelatinoso homogêneo denominado substancia fundamental (liquido extracelular acrescido de proteoglicanos, especialmente sulfato de condroitina e acido hialurônico. Sais ósseos: composto de calcio e fosfato, conhecido como hidroxiapatita. Os íons magnésio, sódio, potássio e carbonato, também estão presentes entre os sais ósseos. Os cristais de hidroxiapatita não conseguem precipitar em tecidos normais exceto no osso, apesar do estado de supersaturação dos íons (inibidor pirofosfato não deixar ocorrer precipitação). Calcificação óssea: secreção de moléculas de colágeno (monômeros) e da substancia fundamental por osteblastos. Os monômeros de colágeno sofrem rápida polimerização, formando fibras colágenas; o tecido resultante transforma-se em osteóide, parecido com a cartilagem, mas distinto devido à fácil precipitação dos sais de cálcio sobre ele. O osteóide vai se formando e certa quantidade de osteoblasto vem a ser encarcerada no osteóide e torna-se quiescente (formando o ostéocitos). Após a formação do osteóide, os sais de cálcio começam a precipitar sobre as superfícies das fibras colágenas, que se multiplicam e se desenvolvem em alguns dias, até formar os cristais de hidroxiapatita. Pode ocorrer uma precipitação de cálcio anormal em tecidos normais além dos ossos, por exemplo, a arteriosclerose, que levam as artérias a se transformarem em tubos semelhantes os ossos. Do mesmo modo que sais de cálcio frequentemente se depositam nos tecidos em processo de degeneração ou nos coágulos sanguíneos antigos. Os inibidores nesses casos desaparecem dos tecidos, permitindo a precipitação do cálcio. Intercâmbio de cálcio entre o osso e o liquido extracelular: se houver uma elevação de cálcio por via intravenosa, essa concentração de cálcio volta ao normal dentro de 30 min. a 1 hora, ou mais; do mesmo modo que se forem

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