Movimentos Sociais na Atualidade

MOVIMENTOS SOCIAIS NA ATUALIDADE

1. INTRODUÇÃO

O presente desafio é importante para entendermos melhor o cenário político em que os movimentos sociais se fundam e o histórico das lutas de classe da sociedade civil brasileira.

A leitura da primeira parte do Livro-Texto de Maria da Graça Gohn, possibilita um melhor olhar, uma análise mais detalhada nos permitindo aprofundar na temática dos movimentos sociais e redes de mobilizações e associações no Brasil.

Através desse estudo é possível perceber que muitos desses movimentos respondem ao sentimento de frustração e de impotência das pessoas frente às forças político-econômicas que muitas vezes são ineficazes contra a crise de economia mundial.

Na oportunidade vamos falar um pouco sobre a conquista mais importante já alcançada pelos povos: a democracia. Democracia que desde a antiguidade era exercida, embora de forma limitada, mas hoje se busca cada vez mais exercê-la, pois só assim vamos ter uma sociedade mais justa.

Finalizando, vamos entender melhor a relação entre as ONGS, os movimentos sociais e os mediadores que promovem as mudanças e melhorias sociais.

2. MOVIMENTOS SOCIAS NA ATUALIDADE

A autora Maria da glória Gohn, em seu relato no livro: Movimentos Sociais e Redes de Mobilizações Civis no Brasil Contemporâneo, ressalta os mais diversos tipos de movimentos Sociais, que na atualidade, surgem com uma nova roupagem trazendo um caráter educativo e que na maioria das vezes têm importante papel na cena pública política. Observamos que há uma crescente mobilização das classes na luta por direitos, na defesa dos menos favorecidos, onde a minoria coloca-se como pessoa que deve ser, não só respeitada, como também incluída na sociedade fazendo com que os governantes criem leis no intuito de proteger ou até mesmo resgatar a pessoa que está em posição de risco.

O objetivo de Maria da Graça Gohn é fazer um balanço das ações coletivas contidas nos movimentos sociais que podem ser transformadores da sociedade, pois toda ação seja de pequeno ou grande porte tem o poder de provocar mudanças no cotidiano de uma sociedade. Ao voltarmos no tempo, mergulhando na História do mundo, podemos observar que essas lutas sociais acontecem há séculos, por que é próprio do ser humano querer o melhor para a sociedade em que está inserido e ao estudarmos o homem em seu contexto sociocultural, confirmamos que ele não é um ser que vive isolado, estático. A humanidade, através dos Movimentos Sociais, se emancipa, se integraliza, transforma sua história, sua realidade social.

Os movimentos sociais do passado, levantavam a bandeira da universalidade, pois lutavam pelo “direito a ter direitos” em épocas em que a grande massa da população trabalhadora era sufocada pela minoria dominadora que tinha o poder esmagador.

Os movimentos sociais atuais se diferenciam em relação aos do passado, redefinindo sua identidade, procurando qualificar suas ações, não divagando em pensamentos ideológicos, mas focando nos vínculos de integração com as diversas esferas da sociedade, organizadas de acordo com as necessidades de cada momento, atuando em um cenário contraditório, sendo apoiados pelas políticas públicas, programas, projetos e ONGS. Hoje se busca o reconhecimento e respeito às diferenças, demandas e características particulares, sendo representados por movimentos com identidade própria e isso leva o Estado a repensar sua relação com a sociedade, reconhecendo a importância do SER social, mesmo que gradativamente.

No entanto, segundo Gohn, muitas vezes acontece uma inversão de papéis quando o Estado estabelece relações com os movimentos sociais, passando a exercer uma influência política de cima para baixo, descaracterizando o sentido social em si, fazendo com que a demanda coletiva seja controlada.

Hoje em dia, a nomenclatura “movimento social” vem sendo substituída por “mobilização social”, gerando a sigla MS, voltada para as ações coletivas dando ênfase para a resolução de problemas sociais através do engajamento de pessoas que se empenham, que querem realmente a mudança, onde a dimensão política é esquecida ou negada e a participação da população é construída no intuito de reais mudanças.

As mobilizações sociais passam a ter as redes sociais como uma grande aliada na atualidade. A rapidez com que as notícias correm tem sido um dos pontos mais importantes dessa nova geração de movimentos. As redes sociais estão inseridas em todas as camadas sociais e o que é notícia se espalha em questão de segundos, fazendo com que milhares de pessoas se mobilizem por uma determinada causa.

2.1. PERMANÊNCIAS E MUDANÇAS DOS MOVIMENTOS SOCIAIS

Os movimentos sociais são ações coletivas de extrema importância para a transformação social no meio sócio histórico do Brasil, pois a maioria das conquistas alcançadas pelas grandes massas se deve às organizações e mobilizações da sociedade civil.

É de suma importância compreender a trajetória histórica dos movimentos sociais no Brasil e como se deu todo o processo democrático no país.

Através de muitas lutas, manifestações sociais e mobilizações sociais é que o cidadão brasileiro consegue conquistar seus direitos. As diversas formas de manifestações sociais atraem cada vez mais adeptos interessados em unir forças, clamar por justiça e exigir mudanças. Uma das formas mais bem aceitas pela sociedade em geral é a música, pois se trata de uma linguagem informal, simples e clara e é o meio mais fácil para atingir as grandes massas, por ser de fácil acesso para todas as classes e idades.

A influência dos movimentos sociais, seja através da música, redes sociais ou ajuntamento de pessoas, causam efeitos importantes no cenário político nacional, pois suas ações fazem com que haja mudanças de comportamento por parte dos governantes e novas regras e leis são criadas.

Muito além das mudanças políticas, os movimentos sociais causam grande impacto, transformando a sociedade, envolvendo os atores, fazendo com que os cidadãos se unam em prol de um bem comum, lutando para conquistar os direitos negados ou políticas públicas que não são disponibilizadas pelo Estado.

As práticas cotidianas dos movimentos sociais se fundam nas mais diversas formas de carências, de exclusão, de necessidades sociais