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O Fazer Científico E As Definições De método

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Por:   •  20/4/2014  •  1.297 Palavras (6 Páginas)  •  193 Visualizações

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O FAZER CIENTÍFICO E AS DEFINIÇÕES DE MÉTODO

Elielda da Costa Barbos de Souza

Márcia Kellen Tavares Gomes

Acadêmicas do segundo semestre do Curso de Psicologia na Universidade Federal do Ceará, Campus Sobral. Contatos respectivamente:

elielda_souza@hotmail.com;

mk.tavares@yahoo.com.br.

O presente trabalho tem por objetivo comparar os vários sentidos de método científico dentro das diferentes áreas das ciências e ampliar o olhar do entendimento que uma ciência apresenta sobre a execução do método científico em outra. Para isso, foram realizadas duas entrevistas com pessoas de distintas áreas, no caso, um professor das ciências humanas e um estudante das ciências exatas. As perguntas feitas foram voltadas para o entendimento que cada um possuía sobre o método científico na própria área e em outros campos da ciência.

Nas duas entrevistas houve algumas respostas similares em relação à variedade de métodos existentes. Na entrevista com o profissional das ciências humanas, o professor comparou a variedade de métodos a um “arco-íris”, exaltando a importância de utilizar do método correto e adequado levando em consideração o objeto de estudo. Segundo Dalberio (2011, p.201) “O importante é sabermos que existem várias formas pelas quais podemos perceber a realidade (objeto de estudo) e as informações necessárias que responderão às nossas preocupações humanas”. Assim também, as respostas do estudante de engenharia elétrica concordaram com o professor no que diz respeito à utilização de instrumentos adequados para pesquisas específicas.

Mas também houve discordâncias, lembrando que ambos estudam em campos diferentes das ciências, assim sendo, respostas distintas já eram esperadas, pois cada um falou sobre o método característico da sua área. Por exemplo, ao questionar a definição de método científico ao aluno de engenharia elétrica, obtivemos como resposta: “É algo exato”. E já o professor de psicologia respondeu: “[...] criado a partir das ideias positivistas ou que guarda semelhança com essas ideias: observação, previsão, regularidade de fenômeno, rigor, etc.” Cada um definiu o método científico geral como o método utilizado em suas respectivas áreas.

Também foi percebido por meio das entrevistas o conhecimento que cada entrevistado apresentava sobre os métodos utilizados em seus respectivos campos de atuação e como eles se caracterizavam. Enquanto o engenheiro em formação classificou os métodos de seu campo como exatos, ou seja, em geral quantitativos, o professor de psicologia percebeu a imensa quantidade de métodos dentro da própria psicologia. Este último afirmou a associação inseparável que havia entre a escolha do método e o objeto de estudo, sendo necessário optar por um método quantitativo, qualitativo ou “quanti/quali” dependendo do resultado que se deseja conseguir. Por exemplo, se o pesquisador deseja obter generalizações, seria mais fácil trabalhar com estatísticas para a realização de comparações, já se o pesquisador deseja obter resultados aprofundados de determinadas condições, provavelmente ele escolheria trabalhar com o método qualitativo, o qual busca as causas e soluções de determinada problematização.

Além disso, foi comprovada a falta de informação de outras áreas referente ao fazer científico nas ciências humanas, pois ao questionar o estudante de engenharia elétrica sobre o que ele achava da execução de métodos dentro das ciências humanas, ele respondeu: “Eu penso que nas ciências humanas é utilizado o conhecimento acumulado. Acho que tem um ‘quê’ de tradição. Com realização de teste e novas aplicabilidades na educação. Mas acho que são mais testes mesmo.” Dessa forma, é possível notar a falta de conhecimento de como se dá as pesquisas das áreas de humanas.

De acordo com Lakatos e Marconi apud Dalberio (1992, p.41-42), o método científico é conceituado como “[...] o conjunto das atividades sistemáticas e racionais que, com maior segurança e economia, permite alcançar um objetivo – conhecimentos válidos e verdadeiros – traçando o caminho a ser seguido, detectando erros e auxiliando as decisões do cientista”. Essa afirmação comprova a declaração do aluno de engenharia elétrica, o qual se referiu ao método como detector de erros que exige a repetição do mesmo procedimento várias vezes para a confirmação do resultado correto e comprovação cientifica.

Na concepção da ciência atual, o método é visto como forma essencial de desenvolvimento da ciência em geral, pois, “A pesquisa científica e técnica comanda diretamente o desenvolvimento econômico.” (JAPIASSU, 1977) Dessa forma, o saber científico está diretamente ligado ao poder, assim sendo, todo o processo de pesquisa dentro da ciência influencia e aprimora descobertas e inovações técnicas para o desenvolvimento econômico. Também auxiliando para afirmação de uma nova ciência caracterizada pela comprovação de suas verdades através de experiências aplicadas e normatizadas, até que surja uma nova verdade, ou seja, uma nova teoria a ser comprovada.

Nessa perspectiva, podemos concluir que não existe apenas um método científico geral utilizado em todo o campo da ciência como muitos impulsionados pelo senso comum pensam, e sim, muitos método científicos com diferentes instrumentos de comprovação e constatação de resultados, além daqueles apropriados para pesquisas de campo. Alguns dos métodos mais utilizados nas ciências são: o método da dialética, utilizado por importantes pensadores como Aristóteles e por Marx na sociologia, o método experimental, o qual revolucionou a ciência no século XVII com as descobertas de Galileu, o Método Estatístico, o qual consiste em utilizar

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