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O coronelismo e a revolta da vacina

Por:   •  28/10/2016  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.266 Palavras (6 Páginas)  •  524 Visualizações

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Coronelismo

O Coronelismo ocorreu mais precisamente no período republicano entre o final do século XIX e início do XX. Era um sistema de governo que quem governava eram os coronéis, eles eram homens ricos (latifundiários, fazendeiros e donos de engenho), ou seja, possuíam grande poder aquisitivo. O modelo que compunha esse sistema de governo era oligárquico, onde os coronéis garantiam a perpetuação de um mesmo grupo de políticos no governo.

 O surgimento da figura “coronel” se deu na formação da Guarda Nacional, criada em 1931. Quem fazia a segurança da burguesia era uma milícia civil que era representada pelo poder armado dos proprietários que patrulhavam ruas e estradas em substituição das forças tradicionais, que foram derrubados pelos revolucionários. Para fazer parte dessas milícias, o indivíduo precisava ter posses, que tivesse recursos suficientes para arcar com o custo dos uniformes e as armas necessárias. Esses postos militares eram colocados a venda e quem tinha poder aquisitivo tinham condições de comprar, sendo assim eles adquiriam ainda mais poder, dinheiro e respeito o que fazia ficar ainda mais fácil a subordinação dos trabalhadores.

Esse sistema de governo ficou marcado pelo autoritarismo por parte dos coronéis, e pela subordinação dos trabalhadores e de todo povo que ali vivia. Os trabalhadores recebiam salários baixíssimos e tinham péssimas condições de trabalho. Esses trabalhadores moravam dentro das terras desses coronéis e dependiam de “favores”  dado por eles, favores do tipo: um salário extra, auxilio quando eles adoeciam e ajuda na educação dos filhos.

Além dos coronéis exercerem seu autoritarismo eles também apresentavam uma figura de “pai” na hora sua atuação social. Isso porque ele era visto como as pessoas que podia tudo, era ela que mandava soltar e prender as pessoas, tinha o título de padrinho, promovia festas, etc. Os coronéis não faziam esses  “favores” sem nenhum interesse, eles queriam que em troca os seus submissos votassem nas pessoas que ele estava apoiando na política, quem se negasse a fazer o que ele mandava, sofria violência e tinham seus “favores” retirados. Esse tipo de voto sobre pressão e ameaça ficou conhecida como voto do cabresto, naquele período o voto não era secreto e a corrupção era quase considerada uma regra. Isso facilitava para que os jagunços ficassem de “olho” nas pessoas que estavam votando e se elas estavam cumprindo com as ordens do coronel.

A Força do coronelismo na atualidade.


Acredita-se que o coronelismo é coisa do passado, porque na atualidade existe um sistema político com um nome novo, mas esse sistema é uma forma mascarada de coronelismo. Atualmente o sistema político vigente no Brasil é a democracia, que se diz ser a forma de política mais justa e igualitária, porém é só uma nova nomenclatura que encontraram para iludir a população a continuarem praticando o coronelismo, sem que o povo perceba. Diante disso o atual regime político é imposto de cima para baixo, onde o povo não tem autonomia sobre as decisões que regem a República brasileira. Dessa forma, percebe-se que esse sistema dito democrático não passa de antigas regras impostas pelo sistema coronelista, de forma mascarada.
O que é colocado hoje como democracia não é diferente do que era imposto na República Velha, continuam as formas de autoritarismo, a repressão aos adversários políticos, o abuso do poder. 


A diferença que se encontra entre os dois sistemas:


•    No coronelismo o voto é aberto e restrito (só quem podia votar eram homens maiores de 21 anos, alfabetizados e de boas condições econômicas);


•    No novo sistema a forma do voto é secreto, livre e democrático. 
Uma das práticas políticas do coronelismo que continua acontecendo na atualidade e a prestação de favores e a sucessão do poder.


•    As prestações de “favores” se dão pelas péssimas condições da classe menos favorecida, onde não se encontram assistidos por políticas públicas que lhes deem o mínimo de condições para sobrevivência. Muitas vezes se submetem a vender seu voto em troca de consultas médicas, medicação, ajudas na burocratização de documentos, cestas básicas, facilitação no andamento de alguns projetos e a viabilização de carros pipas, entre muitas outras coisas. A questão é que todos esses direitos já deviam ser garantidos pelo Estado, mas como não são oferecidos e quando são é de péssima qualidade, os governantes se aproveitam das necessidades do povo e proporcionam esses direitos, porém como se fossem favores.


•    A sucessão do poder de forma hereditária e a forma na qual uma família se perpetuava durante décadas na política, hoje se observa que essa pratica é extremamente atuante. Políticos encontram formas para permanecerem no poder lançando seus filhos, parentes próximos, ou fazem acordos políticos com outro candidato para terem uma rotatividade no poder. Ora candidato A, ora candidato B e vice versa. Um apoiando o outro, de forma que continua as oligarquias do sistema coronelista, então o que se tem hoje são as práticas coronelistas de forma moderna, onde as classes menos favorecidas são privadas do conhecimento de forma proposital, pois sem conhecimento não se pode lutar pelo que é seu de direito, e os poucos que tem conhecimento desses direitos e lutam por eles são altamente reprimidos, como antes era feito com o povo que não cumpriam as ordens dos coronéis.

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