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Os Fundamentos da crise estrutural do capital

Por:   •  16/1/2018  •  Artigo  •  3.118 Palavras (13 Páginas)  •  200 Visualizações

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OS FUNDAMENTOS DA CRISE ESTRUTURAL DO CAPITAL

Adriana Soares dos Santos¹

Maria Caroline de Medeiros Monteiro da Silva¹

Natércia Nascimento Lourenço¹

RESUMO

Este artigo com base teórica crítica, apresenta o sistema contraditório do capita, que rege a sociedade capitalista, na qual vivemos, onde há o predomínio do modo de produção capitalista, que sobrepõe seus interesses para a contínua dinâmica das dimensões internas do sistema, não se preocupando com as consequências advindas de sua produção destrutiva que atinge tanto os recursos naturais como os recursos humanos, além de pôr em risco sua própria lógica, já que as estratégias para manter a produção e o consumo de mercadorias, não estão lhe proporcionando o acúmulo de capital almejado, entretanto, apresenta-o a uma crise estrutural.

Palavras-chave: Produção Destrutiva, recursos naturais, recursos humanos, crise estrutural.

RESUME


This article critical theoretical basis, presents the adversarial capita system, which governs the capitalist society in which we live, where there is a predominance of the capitalist mode of production, which overrides their interests for dynamic continuous internal dimensions of the system, not worrying the consequences arising from their destructive production that achieves both natural resources and human resources, as well as endangering their own logic, since the strategies to maintain production and consumption of goods, are not they providing capital accumulation desired, however, presents it to a structural crisis. 


Keywords: Destructive production, natural resources, human resources, structural crisis.


INTRODUÇÃO

Compreender o sistema capitalista que impera em nossa sociedade conforme a concepção de autores que tiveram como ponto de partida o livro de Mészáros – Para Além do Capital: rumo a uma teoria de transição, é entendê-lo em sua totalidade, desvelando todas as contradições como na seguinte afirmação: “nenhuma das sociedades anteriores à sociedade capitalista alcançaram um alto nível de produção de riqueza social”, certamente que não.

Ainda segundo o raciocínio de Mészáros apud Paniago (ano e capítulo), crise estrutural a qual vivenciamos deriva do modo de produção, da maneira como se organiza a produção de bens de consumo até a sua forma de ser consumida. Atualmente suas consequências atingem todo o mundo, atingindo também as relações sociais. É essa dominação global que mantém a desumaniza a sociedade fazendo o mundo entrar em colapso, atingindo todas as esferas das relações sociais.

Está na composição desta sociedade vigente o capitalismo em seu modo de produção visar o lucro acima de tudo. Não tendo limites para sua exploração infinda, tendo em sua gênese as desigualdades em sua lógica. Impulsionando uma produção destrutiva atingindo a classe trabalhadora e a si próprio, não na mesma proporção, os impactos são diferenciados, entre as classes fundantes, mas contribui para sua autodestruição.

Entretanto, cabe destacar que independe de toda a riqueza social que vem sendo produzida, a mesma não é distribuída igualmente, ou seja, o modo de produção capitalista ao mesmo tempo em que produz riqueza, produz desigualdades, a riqueza concentrasse nas mãos de poucos (classe burguesa) e os muitos (classe trabalhadora), estão sujeitos a vender sua força de trabalho para em troca receber um salário e buscar sobreviver dentro dos ditames dessa lógica contraditória.

É importante destacar que toda essa compulsão da lógica capitalista, envolve a classe trabalhadora ao ponto de manipulá-los, de tal maneira que não percebem que estão sendo tragados pela globalização, dilacerando gradativamente seus sonhos, suas habilidades, sua subjetividade, sem que ao menos, se deem conta do processo de desumanização que o modo de produção capitalista os impõe.

Na medida em que o capital evolui, os trabalhadores em meio ao desenvolvimento de suas forças produtivas passam por um processo de alienação, próprio do sistema, que na tentativa de se manter empregados reproduzem cada vez mais, a lógica do capital enfatizando o que é de grande interesse para os donos dos meios de produção, se adequando a flexibilização de sua força de trabalho para atender as novas exigências do capital, que cada vez mais se utiliza de novas formas de extração da mais-valia através da utilização da tecnologia, desvalorizando a força de trabalho e diminuindo o número de trabalhadores, em busca do aumento de seu lucro.

No entanto, em seguida aprofundaremos a discussão sobre a dinâmica do capital ao qual busca de todas as maneiras dar possibilidades para sua perpetuação na sociedade capitalista, de maneira a utilizar de estratégias para que em meio a uma crise estrutural consiga manter seu patamar em alto nível de acumulação.

1. OS FUNDAMENTOS DA CRISE ESTRUTURAL DO CAPITAL

Paniago (2012) apresenta-nos a partir da concepção de Mészáros em Para Além do Capital, que, por ser modo de operação do sistema do capital, um estimulador desenfreado da expansão universal da produção de mercadorias e de igual modo, do consumo das mesmas, não há no mesmo a preocupação com as consequências que lhe poderão sobrevir, já que para atender as exigências para a perpetuação da dinâmica de sua lógica de produção utiliza-se dos recursos naturais e dos recursos humanos, proporcionando uma produção destrutiva destes, visto que, são finitos.

Embora, o capital se depare com a ausência de critérios reguladores que venham limitar a prevalência de sua lógica, Paniago (2012) ressalta que estamos vivenciando o esgotamento da dinâmica expansionista, não há novos territórios para a ampliação dos mercados, no entanto, reduz a durabilidade das mercadorias com a produção destrutiva, é uma estratégia que contribui para a retomada das pessoas ao consumo de novas mercadorias em um curto espaço de tempo, colaborando para o aumento do nível de acumulação do capital.

É importante ressaltar que, a dinâmica contraditória d capital, não encontra mais as mesmas condições de reprodução. Seu caráter de abrangência universal da produção de consumo de mercadorias, não está se realizando como nos anos anteriores a década de 70. A não concretização de seus objetivos o estendeu a uma crise estrutural que afeta todas as suas dimensões fundamentais. (Paniago, 2012). Ou seja, como o capital não impõe limites a sua compulsão que visa desordenadamente produzir, colocar em risco além da humanidade e dos recursos naturais, sua própria existência.

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