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Pitagoras

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Por:   •  7/10/2014  •  Resenha  •  429 Palavras (2 Páginas)  •  140 Visualizações

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Pitágoras não e só fundador da tradição religiosa, como também um dos mais ilustres homens de ciência da Grécia. Grego, jônico por sua origem, provavelmente tinha sangue fenício nas veias. Emigrou para o ocidente quando o domínio persa se estendeu até o Egeu, ameaçando a liberdade dos gregos asiáticos. Estabeleceu-se em Crotona, na Itália meridional. Pitágoras nasceu na ilha deSamos, que era, ao tempo, como a cidade de Mileto, berço da ciência grega, uma potencia comercial em crescente progresso. Polícrates, ditador de Samos, destruíra o poder da aristocracia fundiária e governava a ilha com o apoio dos comerciantes. Para conveniência destes, ampliou e melhorou o porto.

Pitágoras tinha 40 anos mais ou menos, quando, no ano 530 a.C., a conquista persa da Jônia alterou seus planos. De Samos fugiu para Crotona. Sem dúvida, antes de tentar a aventura, sabia ele o que encontraria nesta cidade comercial semelhante. Era ele político ativo e é provável que se ligasse a classe dos comerciantes, a qual ocupava, como em toda parte, posição intermediária entre a aristocracia fundiária e os camponeses e trabalhadores. Adquiriu grande influência e reformou a vida política e religiosa da sua pátria adotiva.

Contudo, Pitágoras não foi somente reformador religioso e político, como também homem de ciência. Compreenderemos melhor a sua ciência se tivermos presentes suas idéias religiosas e políticas, que estão intimamente ligadas. A comunidade pitagórica era uma irmandade religiosa dedicada a prática do ascetismo e ao estudo das matemáticas. Os seus membros deviam fazer exame de consciência diariamente, acreditavam na imortalidade e na transmigração da alma. O corpo mortal não era mais do que uma prisão ou tumba onde a alma habitava temporariamente. Tais crenças eram rebatidas pelos adeptos de outras religiões, então difundidas na Grécia. O pitagorismo era, como efeito, uma forma artificial de mistério religioso. A peculiaridade do sistema era encontrar nas matemáticas a chave do enigma do universo e o instrumento da purificação da alma. Dizia Plutarco, como bom pitagórico: “a função da geometria é conduzir-nos do sensível e passageiro ao inteligível e eterno, pois a contemplação do eterno é a finalidade da filosofia como a contemplação dos mistérios é a finalidade da religião.” O paralelo é significativo. Os pitagóricos foram os iniciadores da atitude religiosa para com as matemáticas. A bem dizer, não desprezaram nos primeiros tempos de escola a aplicação prática das matemáticas. A influência pitagórica se deve o plano sistemático das cidades, começando na Grécia neste período; porém o incremento da mística religiosa, baseada nas matemáticas, deve também atribuir-se a tal escola.

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