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Útil e inofensivo

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Por:   •  13/11/2013  •  Artigo  •  606 Palavras (3 Páginas)  •  176 Visualizações

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Útil e inofensivo

Estudo analisa impactos ambientais de formicida natural em ecossistema aquático. Resultados mostram que, nas concentrações recomendadas pelo fabricante, analisadas em laboratório, o produto é inócuo.

Por: Franciele Petry Schramm

Peixe-zebra (‘Danio rerio’), espécie submetida a testes para verificar o potencial tóxico do formicida natural no ecossistema aquático. (foto: Wikimedia Commons/ Marrabbio2)

Os impactos ambientais de um formicida (preparado químico para matar formigas) que apresenta em sua composição apenas substâncias naturais foram avaliados em estudo feito pelo engenheiro ambiental Renan Chiprauski Testolin, da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), em Santa Catarina. Contendo substâncias como cafeína, ácidos graxos e polpa de frutas, o produto revelou baixo impacto no ambiente aquático.

O que levou Testolin a realizar a investigação – no âmbito do Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental da Univali, sob orientação do professor Claudemir Radetski – é o fato de pesticidas em geral, quando carreados da terra para rios e lagos, contaminarem esses corpos d’água. Ele queria saber se com o inseticida natural era diferente.

Os formicidas tradicionais costumam causar impactos nos ecossistemas aquáticos

Os formicidas tradicionais – que se apresentam como pós secos, gases liquefeitos, líquidos ou iscas granuladas – costumam causar impactos nos ecossistemas aquáticos, em razão dos ingredientes ativos que contêm, como fipronile sulfluramida.

O formicida natural foi desenvolvido por uma empresa catarinense para o combate de formigas cortadeiras, como saúvas (Atta) e quenquéns (Acromyrmex). O produto, apresentado na forma de iscas granuladas, é levado pelas formigas para o interior do ninho. Desse modo, dificilmente ele chega a ser solubilizado e arrastado para rios e lagos pela água da chuva. “Mas se a aplicação for feita em áreas muito próximas à margem de rios e lagos, pode haver contaminação”, lembra Testolin.

Espécies analisadas

Para medir o impacto do formicida no ambiente aquático, foram feitos testes de ecotoxicidade (para avaliar efeitos químicos em seres vivos e seu ambiente), analisando-se espécies como o peixe-zebra (Danio rerio), a alga Pseudokirchneriella subcapitata, a bactéria Vibrio fischeri e o crustáceo Daphnia magna.

Foram feitos também testes de fitogenotoxicidade (que verificam se há alterações no desenvolvimento de plantas causadas por efeitos tóxicos sobre o material genético) em uma espécie de fava (Vicia faba), da família das leguminosas.

Fava (‘Vicia faba’), utilizada nos testes de fitogenotoxicidade. A espécie apresentou alterações genéticas quando submetida a concentrações muito elevadas do formicida natural. (foto: Wikimedia Commons/ Rasbak – CC BY-SA 3.0)

A escolha desses organismos se deu em razão de serem todos eles protocolados pela Organização Internacional de Padronização. “Isso garante maior confiabilidade aos resultados das pesquisas que os utilizam”, diz Testolin. Outra preocupação foi investigar espécies de diferentes níveis tróficos. “Partimos da bactéria e fomos até o peixe, passando, intermediariamente, por uma alga e por um minicrustáceo.”

Nos

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