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A História da língua portuguesa

Por:   •  19/5/2018  •  Trabalho acadêmico  •  474 Palavras (2 Páginas)  •  286 Visualizações

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CASTRO, I. Curso de história da língua portuguesa. Colaboração de Rita Marquilhas e de J. Léon Acosta. Lisboa: Universidade Aberta, 1991. p. 86-87; 154-159.

O latim tardio é a variedade empregada do século V até quase o século XVIII como segunda língua. Escolas romanas existiram na Península Ibérica até o século VIII, ao passo que, na Gália, extinguiram-se ainda no século IV.

Segundo Hall (1974, p. 107 apud CASTRO, 1997, p. 97), “Dependendo do grau de escolaridade e da oportunidade de expor a língua de prestígio, cada indivíduo falaria a língua vernácula intercalando mais ou menos empréstimos (palavras, sintagmas, mesmo frases completas) das fontes literárias que estudou.”

O latim das escolas medievais não é uniforme, caracterizando-se antes pelas interferências da língua dos escreventes, resultantes das diferenças entre a sua língua materna e o latim aprendido na escola.

Na Idade Média, o latim era empregado nos campos da religião, sendo a língua oficial do Cristianismo, das atividades administrativas e judiciais, a diplomacia e a medicina. Enfim, as atividades profissionais “de prestígio”.

(...)

Para a Idade Média, fala-se em

afloramentos não-latinos em textos que, pelo menos graficamente, eram latinos (a chamada documentação pré-literária, designação mais correta que a de latim bárbaro) e mais tarde em textos concebidos numa grafia deliberadamente românica (os mais antigos textos portugueses datam do século XIII, mas em França já os havia desde o século IX). (CASTRO, 1991, p. 154-155)

ILARI, R. Introdução à linguística românica. 3. ed. São Paulo: Ática, 1999. p. 61-63.

No que concerne ao uso do latim vulgar e do literário na Idade Média, Ilari (1999, p. 61) diz que o latim literário é extremamente estável, como língua escrita e mesmo falada em situações de maior formalidade, diferentemente do latim vulgar, incessantemente inovador, assumindo cada vez mais feições regionais, ao ponto de, próximo ao ano 1000, configurarem-se os diferentes romances, que evoluiriam para as línguas românicas atuais.

Com o tempo, as línguas novilatinas assumiram as funções antes exercidas pelo latim, inclusive as relacionadas à escrita, sempre com interferências recíprocas (ILARI, 1999, p. 62).

Sobre a inevitável influência do vulgar no latim escrito (os chamados vulgarismos), mais numerosa com o passar do tempo, cabe lembrar que os escreventes pensavam em vulgar, desconheciam os modelos clássicos e tinham parco domínio do latim culto (ILARI, 1999, p. 62).

No século IV d.C., a pedido do Papa Dámaso, a igreja decidiu produzir textos cristãos em uma linguagem mais acessível ao povo, fato de que resulta, por exemplo, a tradução do Novo Testamento na Vulgata, realizada por São Jerônimo. Também representa este ideal linguístico da igreja a famosa declaração de Santo Agostinho: “antes ser repreendido pelos gramáticos do que não ser compreendido pelo povo” (ILARI, 1999, p. 62-63).

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