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A IMPORTÂNCIA DA CHAMADA “PRAGA”: OS CUPINS

Por:   •  28/8/2018  •  Artigo  •  3.655 Palavras (15 Páginas)  •  280 Visualizações

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A IMPORTÂNCIA DA CHAMADA “PRAGA”: OS CUPINS

Francisco Mateus de Freitas

RESUMO

Este artigo tem a finalidade de mostrar a importância ecológica dos cupins, onde muitos não sabem de tal. Esse ser vivo tem vestígios de sua existência há milhares de anos atrás, antes dos seres humanos. O quanto esse inseto pequeno é capaz de fazer, seja na cadeia alimentar, seja no solo, são coisas que a maioria das pessoas desconhecem. Com isso o artigo vem mostrar através de diversas informações um pouco de tudo que os cupins fazem. Na natureza, esses animais são fonte de alimento para diferentes organismos, entre eles o tamanduá. Seus ninhos, os cupinzeiros, servem de abrigo para alguns animais. Este inseto é capaz de consumir celulose, consumindo madeiras e outras matérias. Os cupins estão divididos em diferentes espécies e classificações, onde o artigo vem dar informações à respeito dessas classificações. O fato de serem chamados de pragas desconsidera suas importâncias, porém, o artigo traz consigo dados e informações que aumentam a credibilidade deste ser vivo. Em relação ao solo, os cupins, através dos seus cupinzeiros, quando construidos no solo, distribuem nutrientes que ajudam na fertilização, aeração, entre outros. O cupim pode não ser exageradamente importante, mas o artigo tem como foco ampliar o conhecimento para que esse inseto não seja visto apenas como praga, mesmo que contenha informações diversas a respeito do mesmo. Esse animal traz uma abundância que torna seu papel fundamental para o equilíbrio da natureza.

  1. INTRODUÇÃO

O cupim, também conhecido como térmita, é um inseto pertencente ao filo Arthropoda, à Classe Insecta e à Ordem Isoptera, onde existem no total mais de 2.200 espécies de cupins distribuídas em diferentes famílias. Seu comprimento é de no máximo 2,5 cm e as vezes menos de 5,5 mm. É considerado muito importante devido a sua grande abundância e impacto no ambiente, onde tem um papel fundamental na cadeia alimentar e na estrutura e fertilidade do solo.


Esses indivíduos organizam-se em castas, onde cada uma delas tem funções específicas, como reprodução, defesa da colônia, coleta de alimentos, entre outras. Cada casta possui indivíduos com uma morfologia específica, de acordo com a função desempenhada na colônia. Os cupins são seres vivos inteligentes e eficientes, porém, pouco se sabe sobre sua importância ecológica. Quando se fala em cupim, sempre há uma certa rejeição, resultado da falta de informações sobre o animal. Afinal, qual a sua verdadeira importância na cadeia alimentar e para o solo?

De acordo com Paulo Cristaldo (2016), os cupins não devem ser considerados somente como pragas. “A atividade do cupim no meio ambiente, através da escavação do solo e ciclagem de nutrientes, atrai outras espécies que acabam chegando ao local. Devido a isso, ocorre o aumento da quantidade de plantas, de animais e de invertebrados que podem coabitar no mesmo ninho”.

De modo geral, os cupins são capazes de digerir celulose, consumindo alimentos como madeira, papéis e outros derivados de celulose, couro, lã, vegetais vivos e matéria orgânica. Durante seu ciclo, constroem seus ninhos, os chamados cupinzeiros, que podem localizar-se em peças de madeira, nas paredes de construções, em madeiras estruturais e no solo. Os cupinzeiros são feitos com uma mistura de solo, partículas de madeira, saliva e fezes. Muitos animais, sejam de diversas espécies, usam esses ninhos como abrigo. Além disso, os cupins servem de alimento para um grande número de organismos.

Os cupins que se alimentam da madeira das casas, na verdade, não são capazes de digerir a celulose. Para isso, conta com a ação de protozoários que vivem em seu aparelho digestório, que também se alimentam do material ingerido pelos cupins. (UNIFESP-2002)

Em relação à fertilização, quando constroem seus cupinzeiros no solo, vãos e pequenos canais são feitos, o que faz com que o solo seja aerado e drenado. O mover dos cupins faz com que as partículas no solo circulem em quantidade maior. Outras importantes funções seriam a de descompactação, a de manutenção da porosidade e distribuição de matéria orgânica, onde mostra-se um papel na estruturação tanto física quanto química do solo. Também têm eficácia nos processos


de decomposição, ciclagem de nutrientes, fixação de nitrogênio, fluxo do carbono, incorporação de matéria orgânica e condicionamento do solo.

Este artigo teve como objetivo buscar informações à respeito dos cupins tratando da importância do mesmo para o meio ambiente, apesar da sua denominação de “praga”. “Cupins exercem poderosa ação benéfica no solo, canalizando-o numa proporção bem maior do que as minhocas”. (HENRIQUE O.)

  1. REFERENCIAL TEÓRICO

A existência dos cupins na Terra marca um período de mais de 55 milhões de anos, antes que o homem. A denominação "cupim" é mais antiga que o Brasil, tendo sua origem na língua Tupi e significa "montículo", em referência ao formato do ninho de uma determinada espécie de cupim encontrado no interior do Brasil. A denominação térmita, por sua vez, é originada do latim "Termes" e era utilizada pelos romanos ao se referirem ao "verme da madeira", seu significado em latim, dada a aparência que os mesmos apresentam quando infestando uma estrutura de madeira. Os cupins são encontrados abundantemente em países tropicais e amplamente distribuídos nas regiões temperadas (CREFFIELD, 1996). Cerca de 2.860 espécies de cupins são conhecidas hoje no mundo. O Brasil tem uma das termitofaunas mais diversas do mundo, com mais de 290 espécies (CONSTANTINO, 1999). Os cupins estão entre os poucos insetos que são capazes de utilizar a celulose como fonte de alimento. De acordo com Oliveira et al. (1986) a madeira, devido ao alto teor desse polímero, é o alimento preferido de um grande número de espécies de

cupins.

[pic 2]

Figura 1:Cupim(Fonte:http://dedetizacaodecupins.com/wpcontent/uploads/2012/04/cupim.gif)


  1. Crescimento

Como em todos os artrópodes, o processo de crescimento do cupim se dá através da ecdise, que consiste na perda temporária do exoesqueleto quitinoso, que limita o tamanho do animal. Com a ecdise, a membrana intestinal onde se alojam os microrganismos simbiontes é eliminada e os cupins perdem parte de sua fauna intestinal. Para recuperá-la, esses insetos desenvolveram um comportamento denominado trofalaxia anal, que consiste na troca de alimentos proveniente do intestino entre os indivíduos da colônia.

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