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A Importância dos Fungos

Por:   •  13/11/2018  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.658 Palavras (7 Páginas)  •  229 Visualizações

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A importância dos fungos

As milhares de espécies de fungos conhecidas mostram uma grande biodiversidade em função das adaptações a diferentes hábitats. Enquanto muitos fungos crescem indistintamente sobre qualquer tipo de matéria orgânica, outros se restringem a determinados substratos, mas, em qualquer caso, eles desempenham importantes funções nos ecossistemas. Juntamente com as bactérias, são os principais organismos decompositores, garantindo a reciclagem das substâncias nos ciclos biogeoquímicos.

Em geral, as hifas dos fungos se desenvolvem bem em condições de boa umidade, ausência de luz ou luz fraca e temperaturas não muito baixas. Isso explica o grande número de espécies em regiões tropicais.

Além das espécies que se desenvolvem isoladamente, merecem destaque muitas outras que se associam a diferentes organismos, caso das micorrizas e dos liquens, além das que parasitam vegetais e animais.

Os fungos parasitas podem atacar raízes, folhas, frutos e outros órgãos das plantas, causando enormes prejuízos à agricultura. Nos campos, a fácil dispersão de um incalculável número de esporos, pelo ar, pode causar a infestação e a perda de culturas inteiras, plantadas em extensas áreas. Essas doenças, as fitomicoses, são de difícil erradicação, conseguida não só com pulverizações de fungicidas, mas principalmente com a seleção e o plantio de espécies de plantas mais resistentes a elas. Ferrugem do café, podridão e verrugas das batatas, esporão do centeio e carvão dos cereais são exemplos de fitomicoses.

Há muitos fungos que são parasitas humanos, sendo agentes etiológicos de várias doenças, as micoses, tendo, portanto, interesse médico. Algumas micoses são comuns em crianças, como o sapinho (oidiomicose ou candidíase), causado pelo Candida albicans, um fungo normalmente saprófita da mucosa bucal, pois se alimenta de restos orgânicos. No entanto, ele se torna parasita com a queda da resistência orgânica e pelo uso excessivo ou inadequado de antibióticos. Nos últimos anos, essa micose se difundiu muito, especialmente em pessoa portadoras do vírus HIV (causador da AIDS), nas quais se instala uma grave imunodepressão, ou seja, uma grande diminuição da capacidade de defesa, de imunidade. Nesses casos, fala-se em infecções oportunistas.

Outras micoses comuns são as dermatomicoses, que se manifestam na pele; as onicomicoses, que afetam as unhas, e há também micoses que se instalam nos órgãos internos, dos sistemas digestório e respiratório, onde podem formar tumores.

Muitos tipos de alergias que afetam o sistema respiratório (rinites, bronquites e asma) são provocados pelos esporos de Penicillium e Aspergillus, existentes na poeira e que se acumulam em tapetes, cortinas e aparelhos de ar condicionado. Daí a recomendação de casas com recintos bem arejados, ensolarados e limpos.

Em farmacologia, são de grande interesse as micotoxinas, substâncias resultantes do metabolismo dos fungos que se acumulam nos alimentos contaminados, provocando intoxicações agudas e crônicas quando os consumimos. A ergotamina causa grave intoxicação em camponeses que trabalham com o centeio. O fungo Claviceps purpúrea se desenvolve nas espigas do cereal e sua toxina contamina a farinha, que pode matar as pessoas que a consomem. Hofmann (1943), a partir da ergotamina, conseguiu a síntese do LSD (Lisergic-Saure-Diaethyl-amid). O LSD e a psilocibina, outra droga extraída do fungo Psilocybe, são alucinógenos, causando alterações de consciência da realidade, visões acentuadamente coloridas e alucinações.

As aflatoxinas são potentes micotoxinas resultantes do metabolismo de alguns fungos, especialmente o Aspergillus flavus, vindo daí seu nome – A. fla (vus) toxina. Esse bolor, bastante comum, ataca as sementes de muitas leguminosas (feijão, soja, amendoim) e gramíneas (milho, arroz, trigo). As sementes emboloradas usadas na produção de ração animal, torta e farelo têm causado graves intoxicações, lesões hepáticas (cirrose e necrose) e até a morte de aves, porcos e bovinos.

No ser humano, as flatoxinas são potentes micotoxinas resultantes do metabolismo de alguns fungos, especialmente o Aspergillus flavus, vindo daí seu nome – A. fla (vus) toxina. Esse bolor, bastante comum, ataca as sementes de muitas leguminosas (feijão, soja, amendoim) e gramíneas (milho, arroz, trigo). As sementes emboloradas usadas na produção de ração animal, torta e farelo têm causado graves intoxicações, lesões hepáticas (cirrose e necrose) e até a morte de aves, porcos e bovinos.

No ser humano, as aflatoxinas têm efeito cancerígeno, especialmente câncer hepático, constatado em populações com alto consumo de amendoim contaminado pelo bolor.

Outras micotoxinas produzidas por diferentes espécies de Penicillium, Fusarium e Aspergillus, como por exemplo, as ocratoxinas, também se acumulam em diferentes cereais (especialmente o milho), nozes, castanhas, frutas cítricas e maçãs, causando muitos problemas renais, hepáticos e sanguíneos.

Todos esses dados devem despertar a nossa atenção quando preparamos alguns tipos de alimentos que mostram indícios de contaminação por fungos que, com frequência, são bem visíveis, por exemplo: amolecimento, alterações de cor, cheiro, sabor, e crescimento externo das hifas (bolor).

Falando-se em alimentação, cabe um enfoque no grande número de espécies de fungos largamente usados na indústria alimentícias. Muitas espécies de Penicillium são usadas na produção de queijos: Camembert, Roquefort, Brie e Gorgonzola; Rhizopus, um bolor comum do pão, é usado na produção de alguns alimentos fermentados consumidos principalmente no Oriente; Saccaromyces, o lêvedo comum da fermentação alcoólica, é usado na produção de bebidas fermentadas (cerveja, vinho) e destiladas (pinga, conhaque, whisky) e na indústria de panificação. No Brasil, é grande a produção de álcool etílico pela fermentação da cana de açúcar.

Também não podemos nos esquecer do elevado consumo mundial de fungos comestíveis, especialmente o champignon, as caríssimas trufas e os cogumelos em geral. Neste caso, quando colhidos nos campos e no chão das florestas, deve-se ter o cuidado de reconhecer as muitas espécies venenosas, que podem provocar intoxicações agudas, mortais, como é o caso dos multicoloridos e famosos fungos do gênero Amanita.

Na indústria farmacêutica, podemos destacar alguns produtos obtidos de culturas de fungos, por exemplo: antibióticos (penicilina, estreptomicina, tetraciclina), ácidos láctico e cítrico, e enzimas (amilases, proteases).

Finalmente, cabe a citação da grande importância dos fungos em pesquisas de Citologia (estrutura de centríolos, flagelos, parede celular), Genética

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