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A Poliomielite

Por:   •  10/6/2018  •  Artigo  •  1.095 Palavras (5 Páginas)  •  254 Visualizações

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Introdução

Este presente artigo tem por objetivo expor e discutir o conhecimento atual das pessoas acerca da doença contagiosa aguda causada pelo poliovírus (I, II, III) conhecida como “Poliomielite” cuja transmissão ocorre por meio do contato com alimentos infectados e contato direto com as secreções de pessoas infectadas.

Para tanto se faz necessário a título de curiosidade, um breve relato histórico da doença no Brasil, a fim de que se entendam os métodos preventivos que se encontram hoje em nossa sociedade. Segundo historiadores a doença conhecida hoje como Poliomielite se manifesta desde a antiguidade. No entanto somente a partir do século XIX foi considerado um problema realmente significativo passando a ser observada como uma epidemia que merecia empenho da comunidade cientifica.

A nomenclatura Poliomielite tem origem greco-latina, a saber “(pólios)” = cinzento, “(mielos)” = medula e “ite” = inflamação. Uma das primeiras descrições clínicas da doença como nós conhecemos até hoje, foi feita por HEINE, em 1840. Entretanto, em 1887, foi um professor de Estocolmo chamado MEDIN, que primeiro observou uma grande epidemia e descreveu as diversas formas clínicas da doença (CAMPOS, 2003).

Os primeiros casos registrados no Brasil ocorreram no ano de 1911 no Rio de Janeiro em que as pessoas apresentavam sintomas como: febre, mal-estar, dor de cabeça, de garganta e no corpo, vômitos, diarréia, constipação, espasmos, rigidez na nuca e meningite, na forma não paralítica. Na forma paralítica, quando a infecção atinge as células dos neurônios motores, além dos sintomas já citados, instala-se a flacidez muscular que afeta, em regra, um dos membros inferiores.

No Brasil, há referências a casos esporádicos de poliomielite no final do século 19. O primeiro surto da doença foi descrito em 1911. Outro surto em Vila Americana, no estado de São Paulo, em 1917, resultou numa lei que tornou a doença de notificação compulsória. Em 1937, foi registrada uma epidemia em Santos e, em 1953, no Rio de Janeiro, ocorreu a maior epidemia até então registrada no Brasil (SARTORI E FRANÇA).

Estes casos foram acompanhados pelo pediatra Fernandes Figueira, e sucedidos por uma epidemia no estado de São Paulo em Vila Americana cujas ocorrências cresciam assustadoramente e seguiam os parâmetros internacionais de epidemias em que as características se apresentavam de forma singular, pois o vírus fica inativo de 5 a 35 dias, sendo que com mais frequência entre 7 e 14 dias. Com isso, a doença fica no estado assintomático, aumentando os casos de contaminação, uma vez que o vírus é eliminado pelas fezes e secreções e pode contaminar quem tiver contato com elas. A partir de então, mobilizações por parte das autoridades sanitárias promoviam prevenções:

"O isolamento dos pacientes e as mais rigorosas precauções no que diz respeito às secreções nasais e bucais, fazendo desinfetar todos os objetos que por eles tinham sido contaminados e fazendo proceder uma rigorosa polícia de focos ou viveiros de moscas". (Gomes Jr., 1919).

Entretanto, somente na década de 1940 se iniciaram as pesquisas que possibilitariam a elaboração de uma vacina que contivesse a epidemia, porém só se tornou realidade na década seguinte com o surgimento de duas vacinas conhecidas como: a Salk e a Sabin. Não entraremos neste artigo no mérito da discussão a respeito da metodologia dessas vacinas, pois não teríamos como discuti-las nesse breve relato, porém é importante frisar que a vacina utilizada atualmente é a Sabin. Portanto, o que interessa é saber que o controle efetivo só se configura com o método preventivo, em meados de 1980, com os dias nacionais de vacinação.

A vacina Salk inicial, uma versão que utilizava o “vírus morto”, foi substituída poucos anos depois por uma formulação com o vírus vivo, desenvolvida por Albert Sabin [1906-1993] da University of Cincinnati por volta de 1940 (SHLENOFF, 2014).

É interessante ressaltar que a principal causa de transmissão do vírus da Poliomielite está na falta de saneamento básico ou na ausência de medidas de higiene adequadas como, por exemplo, o consumo de alimentos e água sem os cuidados necessários.

A falta de saneamento básico e de medidas adequadas de higiene é a principal causa de transmissão do vírus da poliomielite. A má qualidade da água utilizada para consumo e alimentos preparados sem os cuidados de higiene facilitam a proliferação dos diferentes tipos de poliovírus (VARELLA)

Quanto ao tratamento, os indivíduos acometidos por essa grave enfermidade são tratados com repouso, remédio para manter sobre controle

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