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AMEBIASES MATIAS

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Por:   •  25/11/2014  •  2.870 Palavras (12 Páginas)  •  840 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Em todo o mundo muitas pessoas morrem diariamente de casos de amebíases. A pesquisa do tema recai no facto de que o trabalho contribua para o conhecimento por parte da população sobre a amebíase intestinal, de modo a minimizar os índices de prevalência e incidência da amebíases intestinal, Já que esta doença se manifesta ou pode ocorrer esporadicamente em qualquer parte do mundo onde o fornecimento de água, o saneamento básico, a segurança alimentar e a higiene não são adequados.

JUSTIFICAÇÃO

Este estudo é resultado de quatro anos do curso médio de enfermagem e durante o estágio curricular nas áreas de saúde essencialmente no Hospital Municipal da Mitcha, no consultório Pediátrico onde passei e verifiquei que a maioria das crianças apareciam com as DDA, como resultado laboratorial as amebíases intestinais.

Amebíases Intestinal é uma infecção dos intestinos causada pelo parasita histolytica de Entamoeba. Histolytica de Entamoeba podem viver no intestino grosso (cólon) sem causar dano ao intestino. Porém, às vezes, invade a parede de cólon, enquanto causando colites, disenteria aguda, ou a longo prazo (crónico) diarreia. A infecção também pode esparramar pelo sangue ao fígado e, raramente, para os pulmões, cérebro, ou outros órgãos.

OBJECTIVOS

OBJECTIVO GERAL

Do ponto de vista geral, o presente trabalho pretende verificar e visa conhecer os níveis de prevalência da Amebíase intestinal em crianças dos 0-5 anos.

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS De acordo com o problema apresentado, forão alcançados os seguintes objectivos:

1- Mencionar as causas, sintomas, bem como o diagnóstico e o tratamento da amebíase intestinal;

2- Identificar o índice de Prevalência da amebíase intestinal, a partir dos livros de registos.

TIPO DE ESTUDO

Para este trabalho fez-se um estudo documental

LOCAL DE ESTUDO

O estudo foi feito no Hospital Municipal da Mitcha

METODOLOGIA.

Este estudo descritivo simples baseou-se em dados recolhidos na estatística do Hospital Municipal da Mitcha - Ana Paula, durante o primeiro trimestre de 2014. Esta instituição é do nível secundário.

POPULAÇÃO E AMOSTRA

O universo implicado nesta investigação foi constituído por números de pessoas que já sofreram desta patologia, no primeiro trimestre do ano 2014 do Hospital Municipal da Mitcha (Ana Paula), num total de dados estatísticos de 350 pacientes. A amostra é de 50% da população que pré faz 175 crianças dos 0-5 anos de idade.

1-REFERÊNCIA TEÓRICA

1.1-HISTÓRIA DA AMEBIASE

A amebíase é uma doença que acomete o homem, causada pelo protozoário Entamoeba histolystica (figura 2),. É transmitida de individuo para individuo, pela ingestão de alimentos ou água contaminada pelos cistos do parasito. Tem como foco primário o intestino causando desinteria, colite e enterocolite amebiana; podendo atingir outros órgãos e tecidos através da corrente sanguínea causando processos inflamatórios e necrose (REY, 2001)

CUNHA (1975) mencionou que Hipócrates chegou a relacionar a incidência das epidemias disentéricas no verão, em cidades quentes e húmidas. A doença foi descoberta e descrita por Lösch em 1875, contudo, há relatos na história desde os tempos mais remotos de indivíduos que apresentaram diarreias com material esbranquiçado contendo sangue associados à icterícia e ulcerações intestinais (FÉLIX, 1947; CUNHA, 1975)

BECKER (1977) relatou que Brumpt, em1925, causou grande polémica na comunidade cientista com sua hipótese da existência de outra espécie de ameba, devido ao elevado número de pacientes assintomáticos. Porém esta não foi aceita na época, só mais tarde na década de 80, com o avanço dos estudos isoenzimáticos, imunológicos e genéticos evidenciaram as diferenças entre as espécies de ameba de pacientes sintomáticos e assintomáticos. Esta nova espécie

Contudo a Organização Mundial de Saúde (OMS, 1997) reconheceu a Entamoeba díspar como espécie infectante do homem.

Doença de difusão mundial, com distribuição cosmopolita que representa risco a saúde nos países em desenvolvimento no qual o abastecimento de água é precário e as acções sanitárias são insatisfatórias.

1.1.1-FISIOPATOLOGIA

De acordo com Neves (1978) a patogeniada Entamoeba histolytica tem sido estudada amplamente por vários autores, principalmente a virulência a influência das bactérias e a nutrição do hospedeiro.

Segundo Rey (2002) a infecção amebiana ocorre quando os cistos maduros da Entamoeba histolytica são ingeridos por um indivíduo suscetível, pois nem todos desenvolvem a doença. Depois de ingerido os cistos atravessam o estômago sem ser afetados desencistando-se no intestino delgado. O processo de invasão tecidual tem localização preferencial no cecoe no retossigmóide (NEVES, 1978), sendo iniciado pelo reconhecimento de uma molécula do epitélio intestinal pelo parasito (SANTOSE SOARES, 2008).

A Entamoeba histolytica tem dificuldade em penetrar na mucosa íntegra, acredita-se que a ameba penetre inicialmente nas regiões intraglandulares, em seguida ocorre o processo de adesão celular com a formação de um espaço intracelular denominado foco de adesão, onde as amebas secretam enzimas proteolíticas: hialuridases, proteases e mucopolissacarideases (SILVA e GOMES, 2005).

Ao penetrar nos tecidos crescem e se multiplicam produzindo extensas lesões necróticas em condições assépticas (REY,2002). Uma vez invadida a mucosa, os trofozoítos se multiplicam por divisão binária e prosseguem penetrando nos tecidos formando microulcerações em direção à muscularis mucosae. Na submucosa as amebas progridem em todas as direções liberando enzimas e substancias tóxicas (PESSOA,1978), determinando inicialmente uma ulceração atípica chamada “botão de camisa” ou“colo de garrafa”, as ulceras variam muito de tamanho e forma podem estender-se a grandes proporções do intestino grosso (SILVA e GOMES, 2005).

As amebas podem penetrar nos vasos sanguíneos e, através da circulação porta, atingir primeiramente o fígado, que é o principal órgão com acometimento extra-intestinal, formando abscessos “necrose coliquativa” (SILVA e GOMES, 2005).

Os parasitas mudam os seus antígenos de superfície durante seu ciclo de vida no hospedeiro vertebrado. No caso da Entamoeba histolytica, a eliminação do antígeno é feita de modo espontâneo ou depois de se ligarem ao anticorpo específico tornando-se resistente ao mecanismo efetor (ABBAS et al, 2005).

1.1.2-PERIÓDO DE INCUBAÇÃO

O período de incubação é muito variável, tendo sido registrado casos com sete dias até quatro meses. Esse período aparentemente depende da quantidade de material infectante ingerido pelo hospedeiro e as condições de seu aparelho digestivo (REY, 2002; SILVA etal, 2005).

1.1.3-CAUSAS

A entamoebahistolytica pode viver no intestino grosso (cólon), sem causar doença. No entanto, às vezes, ela invade a parede do cólon, causando colite, disenteria aguda ou diarreia constante (crônica). A infecção também pode se espalhar através do sangue para o fígado e, raramente, para os pulmões, cérebro ou outros órgãos.

A amebíase ocorre em todo o mundo, mas é mais comum em áreas tropicais com alta concentração populacional e falta de saneamento. África, México, partes da América do Sul e Índia têm problemas de saúde significativos associados à amebíase.

A entamoebahistolytica é transmitida através de alimentos ou água contaminados com fezes. Essa contaminação é comum quando dejetos humanos são usados como fertilizante. Também pode ser transmitida de pessoa para pessoa - especialmente pelo contato com a boca ou área retal de uma pessoa infectada.

1.1.4-SINTOMAS DE AMEBÍASE

A maioria das pessoas com essa infecção não apresenta sintomas para a amebíase. Quando aparecem sintomas, eles são vistos de 7 a 10 dias após a exposição ao parasita.

1.1.4.1-Sintomas leves da amebíase incluem:

• Cólicas abdominais

• Evacuação de 3 a 8 fezes semiformadas por dia

• Evacuação de fezes pastosas com muco e sangue ocasional

• Fadiga

• Gases em excesso

• Dor retal durante evacuação (tenesmo)

• Perda de peso involuntária

1.1.4.2-Sintomas graves da amebíase:

• Sensibilidade abdominal

• Evacuação de fezes líquidas, às vezes com sangue

• Evacuação de 10 a 20 fezes por dia

• Febre

• Vómitos

Os sintomas mais graves se atenuam após o quarto ou quinto dia, passando para a fase crônica ou subaguda. A taxa de mortalidade é alta se não medicada podendo ocorrer entre o sétimo e o décimo dia (REY, 2001). No exame físico do paciente pouco se acrescenta, a não ser a evidencia de sinais de desidratação, dor abdominal difusa ou localizada em fossa ilíaca direita com aumento de ruídos intestinais (SILVA etal, 2005).

1.1.5-DIAGNÓSTICO LABORATORIAL

O diagnóstico laboratorial baseia-se fundamentalmente nos exames parasitológicos de fezes e em testes sorológicos (VERONENSIS, 1997), mas exames parasitológicos em fezes frescas são realizados com objetivo de encontrar cistos ou raramente trofozoítos. Sua execução é simples e barata e não exige equipamentos sofisticados.

1.1.6-TRATAMENTO

O tratamento depende da gravidade da infecção. Geralmente é administrado metronidazol por via oral por 10 dias.

Se apresentar vómito, pode ser preciso administrar medicamentos através da veia (via intravenosa), até que possa tomá-los por via oral. Medicamentos antidiarreicos geralmente não são prescritos porque podem piorar o quadro.

Após o tratamento da amebíases, as fezes devem ser reexaminadas para ter certeza de que a infecção foi eliminada.

1.1.7-PROFILAXIA

Silva et al (2005) relatou que embora existam tratamentos eficazes contra a amebíase ainda sim não é suficiente para reduzir os índices de mortalidade nos locais endémicos. Isso devido à falta de condições adequadas de moradia, saneamento básico e precariedade no abastecimento de água potável, falta de alimentação adequada e ignorância nos princípios básicos de higiene pessoal.

1.2-TIPO DE ESTUDO

Para este trabalho fez-se um estudo documental

1.3-LOCAL DE ESTUDO

O estudo foi feito no Hospital Municipal da Mitcha

1.4-METODOLOGIA.

O estudo foi desenvolvido com uma abordagem descritiva simples, e levantamento de dados disponíveis nos livros de registos do Hospital Municipal da Mitcha ’’ Ana Paula’’ .

1.5-POPULAÇÃO

O universo implicado nesta investigação foi constituído por números de dados estatísticos do Hospital Municipal da Mitcha, onde houve 350 casos da população total que já sofreram desta patologia, no primeiro trimestre do ano 2014.

1.6-OBJECTIVOS

1.6.1-OBJECTIVO GERAL Do ponto de vista geral, o presente trabalho pretende verificar e mencionar os motivos ou razões do grande aumento da prevalência da Amebíase intestinal em crianças dos 0-5 anos.

1.6.2-OBJECTIVOS ESPECÍFICOS De acordo com o problema apresentado, deverão ser alcançados os seguintes objectivos:

3- Mencionar as causas, sintomas, bem como o diagnóstico e o tratamento da amebíase intestinal;

4- Identificar o índice de Prevalência da amebíase intestinal, a partir dos livros de registos.

1.6-MÉTODOS TEÓRICOS

1.6.1-Análise; Se aplicou ao fazer a pesquisa, buscando todas as fontes disponíveis, com os elementos teóricos necessários a fundamentação desta investigação.

1.6.2-Síntese: Depois de haver-se obtido os resultados das análises dos elementos teóricos, possibilitou formular as generalizações e conclusões, contribuindo no processo de ensino-aprendizagem; se fez um resumo sobre os diferentes aspectos, sobre o objecto de estudo.

1.7-POPULAÇÃO

Para realizar a investigação de uma forma objectiva, encontrou-se na estatística do Hospital Municipal da Mitcha, um número de 350 doentes da população que já sofreram esta patologia no primeiro trimestre.

1.7.1-TABELA 1-CARACTERIZAÇÃO DE CRIANÇAS INFECTADAS TOTAL

Nº total de crianças

Doentes

350 Casos

Essa amostra de doentes apresenta as características etárias que a tabela 2 mostra com clareza e na qual se vê que o intervalo de idades dos mesmos varia entre os 0 aos 5 anos de idade.

1.7.2-TABELA 2- CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO DE CRIANÇAS INFECTADAS MENSAL E POR IDADE

Meses RN 1A -11M 2-5 Anos Total

Janeiro 2 43 60 105

Fevereiro -- 44 50 94

Março 1 68 82 151

Total 3 155 192 350

CONSIDERAÇÕES FINAIS

1- Os resultados encontrados demostram que a população tem conhecimentos insuficientes acerca da amebíases intestinal e suas consequências.

2- O governo deve priorizar, principalmente nas periferias, o saneamento básico, o abastecimento de água potável.

3- -É dever dos governantes propiciar alimentação adequada, educação sanitária e ambiental.

SUGESTÕES

1- Sugere-se o ministro da Saúde em colaboração com o ministro da Educação, organizem palestras a população, e não só, sobre a prevenção contra a amebíase intestinal.

2- Deve-se incentivar as pesquisas, principalmente os estudos dos mecanismos fisiopatológicos, que aumentam a virulência do parasito, para que uma possível vacina seja desenvolvida diminuindo ou erradicando essa doença.

BIBLIOGRAFIA

CASTIÑEIRA, T. M. P. P.; MARTINS, F. S. V. Infecções por helmintos e enteroprotozoários.Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2000.

CORDEIRO, T. G. P.; MACEDO, H. W. Amebíase. Departamento de patologia, Universidade Federal Fluminense. Revista de Patologia Tropical v. 36 (2)119-128. Maio-Agosto 2007.

COURA, J. R. Síntese das doenças infecciosas e parasitárias. Ed. GuanabaraKoogam, Rio de Janeiro. 2008.

CUNHA, A. S. Patogenia da Amebíase. Tese de concurso para professor titular do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais, 1975.

NEVES, J. Diagnóstico e tratamento das doenças infecciosas e parasitária, 1978. GuanabaraKoogan, Rio de Janeiro.

PESSOA, S. B.; MARTINS, A. V. Parasitologia médica. 10 ed. GuanabaraKoogan, Rio de Janeiro.1978.

SANTOS, F. L. N.; SOARES, N. M. Mecanismo Fisiopatogênico e Diagnóstico Laboratorial da Infeccção pela Entamoebahitolystica. Jornal Brasileiro Med. Lab. V. 44, n° 4, p. 249-261 agosto. 2008.

SILVA, E. F.; GOMES, M. A. Parasitologia humana. Atheneu Editora, São Paulo. 11 ed. 2005.

SILVA, E. F.; SALLES, J. M. C.; SALLES, M. J. C.; CIMERMAN, B.; CIMERMAN, S. Parasitologia humana e seus fundamentos gerais. Editora Atheneu, São Paulo. 2 ed. 2005.

SILVA, E. F.; NEVES, D. P. Parasitologia humana. 9 ed. Editora Atheneu 1997.

Nº total de crianças

Doentes

TABELA 1-CARACTERIZAÇÃO DE CRIANÇAS INFECTADAS TOTAL

TABELA 2- CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO DE CRIANÇAS INFECTADAS MENSAL E POR IDADE

Meses RN 1A -11M 2-5 Anos Total

Janeiro

Fevereiro

Março

Total

Figura 1

Figura 2

...

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