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ARTE E TEATRO

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Por:   •  13/6/2013  •  861 Palavras (4 Páginas)  •  646 Visualizações

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ARTE E CULTURA

O Casamento

Personagens

Rosinha (noiva)

Zequinha (noivo)

D. Lucrecia (mãe de Zequinha)

Seu Chico (pai de Zequinha)

D. Filó (mãe de Rosinha)

Seu João (pai de Rosinha)

D. Carlota (beata)

Padre Bento

D. Lucrecia: eita noís cumadre, parece que foi onti que nosso mininu tava ai correndo por esse pasto.

D. Filó: é memo muié, quem diria que eles iam se gosta.

D. Carlota (entrando): eita noís, parece que ocês vão num interro!

D. Lucrecia: i cumadre, não é interro não, é que é muito dificir ver seu fiote saindo de casa.

D. Carlota: eu sei muié, mais daqui uns dia eles vão da um monte de cria e vão enche a casa de ocês de novo.

D. Filó: é o que eu quero, por que essa danada laço meu fio de jeito.

D. Lucrecia: que história é essa cumadre? Ou ocê num ta lembrada que quem tiro a pureza da minha minina foi o seu fio.

D. Carlota: mai cumadres o que dianta briga pur issu agora? O importante é que os dois vão é casa!

(entra Seu Chico)

Seu Chico: tarde!

(as três juntas): tarde!

Seu Chico: ó Lucrecia, ocê viu minha pexera? Preciso mata o porco pra mode nóis faze a festa do casório dus mininu.

D. Lucrecia: ora home, ta na gaveta da cozinha, onde sempre fica. Mais por que mata o porco agora se o casório é só daqui a 3 dia?

Seu Chico: é que eu quero mostra pra quele amostrado do João que eu sei mata um porco mió qui ele.

D. Lucrecia: arra home, pra que isso?

Seu Chico: ora muié para di pergunta. Eu quero minha faca e pronto ora!

(Seu Chico sai de cena)

D. Filó: arra, eu num gosto quando Seu Chico e João fica nessa disputa. Até parece que vão ganhar uma prenda.

D. Carlota (pensativa): isso me faz pensar no meu Agenor, arra que saudade do meu véio. Quiria qui ele tivesse aqui pra ver o casório da afilhada que ele tanto queria bem.

D. Lucrecia: arra muié, e onde se infio o Agenorzinho?

D. Carlota: iii, muié, é um causo sem fim. Dispois de Rosinha ter disfeito casamento, Agenorzinho disse qui ia pra cidade grande. Disse que ia pra São Paulo procurá futuro qui na roça ele num ficava mais não.

D. Filó: eu sempre qui achei Agenorzinho um bom partido pra minha cria.

D. Lucrecia: arra muié, ta si disfazendo du meu mininu?

D. Filó: longe de mim cumadre, é que Agenorzinho é um ótemo rapaiz, ce ocê tivesse cria muié, ocê ia sabe o que eu to dizendo.

D. Carlota: pois intão foi pra cidade, e tudo o que faço é rezar pra ele todo dia. Tão dizendo no rádio que a cidade ta é muito bagunçada!

D. Lucrecia: ei cumadres, vamo dexa a prosa e faze os doce da festa, tem que fica pronto cedo pra prova da noiva.

(As 3 saem de cena)

(entra Rosinha e Zequinha)

Zequinha (tentando olhar por debaixo do vestido de Rosinha): arra venha’qui minha prenda.

Rosinha: arra home si sigura, farta menos de 3 dia pra Lua – de – Mer.

Zequinha: mais o que é de mais importante a gente já fez, por que isso agora?

Rosinha: e é por tua curpa, curpa desse teu fogo qui eu num vo mi casa de branco!

Zequinha: arra, quando um num qué dois num briga home!

Rosinha: arra qui eu num sei, mais eu so moça direita. E se ocê quisé, vai te qui esperá.

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