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Arte Moderna

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Por:   •  27/5/2014  •  4.153 Palavras (17 Páginas)  •  463 Visualizações

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Anita Catarina Malfatti

Nasceu em São Paulo, em 1896, e seus primeiros estudos artísticos foram orientados pela mãe, pintora amadora. Em 1912 foi enviada para a Alemanha, a fim de cursar a Academia de Belas-Artes de Berlim, após curto estágio em Dresden. A própria artista, em depoimento de 1939, assim descreveu esses primeiros tempos na Europa: "Em Berlim continuei a busca e comecei a desenhar. Desenhei seis meses dia e noite. Um belo dia fui com um colega ver uma grande exposição de pintura moderna. Eram quadros grandes. Havia emprego de quilos de tintas, e de todas as cores. Um jogo formidável. Uma confusão, um arrebatamento, cada acidente de forma pintado com todas as cores. O artista não havia tomado tempo para misturar as cores, o que para mim foi uma revelação e minha primeira descoberta. Pensei: o artista está certo. A luz do sol é composta de três cores primárias e quatro derivadas. Os objetos se acusam só quando saem da sombra, isto é, quando envolvidos na luz. Tudo é resultado da luz que os acusa, participando de todas as cores. Comecei a ver tudo acusado por todas as cores. Nada neste mundo é incolor ou sem luz. Procurei o homem de todas as cores, Louis Corinth, e dentro de uma semana comecei a trabalhar na aula desse professor." Após uma curta passagem pela Alemanha se dirigiu a Paris e retornou ao Brasil em 1914 quando realizou sua primeira exposição individual. Em 1917 após estudos feitos nos Estados Unidos realizou outra exposição. Criticas feitas ao seu trabalho por reacionário como Monteiro Lobato a desestabilizaram e sua obra declinou logo após. Seus trabalhos foram expostos na Semana de Arte Moderna de 1922 e em outras exposição onde foi premiada e consagrada.

Para Mário de Andrade, outro expoente do modernismo brasileiro: "foi ela, foram os seus quadros, que nos deram uma primeira consciência de revolta e de coletividade em luta pela modernização das artes brasileiras."

Emiliano Augusto Cavalcanti de Albuquerque Melo - Di Cavalcanti

Possível autor da iniciativa de 1922, Emiliano Augusto Cavalcanti de Albuquerque Melo, artisticamente conhecido como Di Cavalcanti, nasceu e morreu no Rio de Janeiro. Teve seu trabalho publicado pela primeira vez em uma revista, em 1914. Realizou sua primeira mostra individual em 1917, como desenhista; era então na opinião de Mário de Andrade, "o menestrel dos tons velados", e utilizava como meio de expressão predileto o pastel, evocando figuras femininas "de angelitude então em voga". Em 1921 realizou sua primeira exposição de pinturas e em seguida presenciou a Semana de Arte Moderna, ao que parece originada de uma sugestão de Di Cavalcanti e Paulo Prado. Compareceu com 12 obras nas quais se observa certa persistência de tendências passadas, como o Impressionismo e o Simbolismo, temperadas com algumas pitadas de Expressionismo. As críticas, como de costume a qualquer forma de mudança na arte da época, foram intensas e arrasadoras. Após a Semana, Di Cavalcanti embarcou para a Europa onde se dedicou exclusivamente à pintura e onde sofreu muitas influências no trabalho. Retornando ao Brasil realizou nova mostra e uma exposição individual. Mário de Andrade não poupou elogios aos seus trabalhos e à maneira explendida como mostrou o Brasil como ele é. Suas coisas, sua gente, sua alegria. A década de 40 foi o apogeu do talento de Di Cavalcanti, que se tornou um dos mais notáveis pintores brasileiros gerados pelo modernismo.

Flávio de Resende Carvalho

Pioneiro da arquitetura moderna brasileira, pintor desenhista, escritor, Flávio de Resende Carvalho estudou na Inglaterra e sempre se distinguiu pelo arrojo e pelo ineditismo de sua atuação. Foi um inovador, acostumado, desde o princípio, a nunca pisar caminhos já sulcados. Sua originalidade revelou-se, por exemplo, no Bailado do Deus Morto, quando realizou cenários luminosos para uma sinfonia coreográfica de seu amigo Camargo Guarniere. Ou ainda em sua ridicularizada tentativa de impor, aos brasileiros, um traje mais adequado ao clima do país, desfilando com um saiote pelas ruas de São Paulo. Grande pintor e desenhista ligado ao Expressionismo, teve na figura humana seu tema favorito, sendo famosos os retratos que fez de personalidades da vida cultural brasileira, como Mário de Andrade e José Lins do Rego. Mas foi nos desenhos da Série Trágica, realizados junto ao leito de morte de sua mãe, em 1947, que Flávio de Carvalho atingiu o auge de sua arte. Sobre esses trabalhos, escreveu Almeida Sales: "Não sabendo expressar-se mais profundamente

do que por intermédio de sua gagueira de traços acumulados sobre a folha alva, ousou transformar o quarto da mãe morrendo em ateliê de registro do estranho fato. Saiu da alcova trágica como um deus que tivesse detido o processo inexorável da morte. Debaixo

do braço, folhas riscadas com carvão guardavam, indelevelmente, a mais extraordinária fotografia de todos os tempos: os últimos estertores da vida de uma anciã entrando na morte, fixado pelo homem nascido de suas entranhas".

Alberto da Veiga Guignard

Ainda adolecente, Alberto da Veiga Guignard, seguiu com sua família para a Europa onde cursou as academias de Arte de Florença e Munique, e expôs por duas vezes no Salão de Outono, em Paris. Referindo-se a si mesmo na terceira pessoa,

Guignard disse, em 1960, que " de acadêmico passou a moderno , após ter visto uma exposição de arte moderna alemã: o modernsmo o fascinou." Em 1929, retornou ao Rio de Janeiro e lecionou na Fundação Osório e na Antiga Universidade do Distrito Federal, além de montar seu ateliê. De meados da década de 30 até o final da vida, Guignard evoluiu gradativamente, sempre concedendo primordial importância ao desenho.

Em 1944, mudou-se para Minas Gerais a convite de Juscelino e foi como paisagista que atingui seu apogeu sobretudo das séries Jardim Botânico, Itatiaia, Parque Municipal de Belo Horizonte, Lagoa Santa, Sabará e Ouro Preto. Guignard era dotado de excelente técnica, pintando em camadas finas, que se sucediam umas sobre as outras, à maneira dos antigos. Sua pintura é, preferentemente, lisa, ignorando o empaste.

Ismael Nery

Descendente de índios, negros e holandeses, Ismael Nery, tinha dois anos de idade quando sua família se fixou no Rio de Janeiro; aos 15, matriculou-se na Escola Nacional de Belas-Artes, da qual foi aluno rebelde e displicente. Ao contrário de Di Cavalcanti, Tarsila e Vicente do Rego Monteiro,

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