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BOVINOCULTURA DE LEITE

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Por:   •  24/11/2014  •  3.293 Palavras (14 Páginas)  •  683 Visualizações

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BOVINOCULTURA DE LEITE

Mitologia e Religião

A nobreza do leite não teve seu consumo restrito à fome dos homens. Sua imagem transcendeu e ganhou os altares, evocando diferentes crenças. A mais conhecida vem da mitologia romana, segundo a qual uma loba teve a missão de amamentar Rômulo e Remo, os fundadores de Roma. Tal dieta lhes deu força e resistência na perseguição imposta pelo rei Amulio. Já no antigo testamento, o profeta Moisés faz alusão à terra prometida, como aquela em que corriam leite e mel, como metáfora para descrever a terra fértil de Canaã. Entre os hebreus, o leite também sempre foi símbolo de vida, fertilidade e fartura.

Leite na saúde e na beleza

Outra utilização muito atual, mas nada recente, aponta o leite em produtos medicinais e cosméticos. Há registros datados de 400 anos A.C., quando o grego Hipócrates, considerado o pai da medicina, receitava leite fresco de vaca como antídoto para casos de envenenamento. De seu receituário, constavam também misturas com outros líquidos, como vinho e mel, para curar inflamações, febre e infecções da garganta. Já no império romano, descobriu-se que o leite tinha propriedades rejuvenedoras. Um exemplo é Pompéia, a esposa do imperador Nero, que tomava prolongados banhos de leite de jumenta para ficar mais jovem e bela, segundo relato do livro "El mundo de la leche" (P. Mastellone).

A colonização e o leite

O uso do leite como alimento é antigo. Pesquisadores afirmam que o hábito tem mais de 10 mil anos, sendo que seu aproveitamento foi se ajustando às diferentes culturas. Ao Brasil, foi trazidos pelos portugueses, que desembarcaram por aqui com algumas vacas, o que significou uma grande novidade para os indígenas nativos. A mesma surpresa foi causada pelos conquistadores espanhóis ao ocuparem o continente. Há registro de que as vacas leiteiras perdiam sua nobre função quando oferecidas às tribos do continente, já que eram abatidas e devoradas tão logo os invasores se afastavam dos animais.

De vaqueiros a padeiros

Uma característica do leite brasileiro era sua distribuição, feita em carroças puxadas por cavalos. Todos os grandes laticínios tinham sua frota devidamente identificada. O historiador Luis da Câmara Cascudo calcula que, por volta de 1950, havia cerca de 100 mil carroças realizando tal função, cumprindo horários fixos e regulares todos os dias da semana. J. C. Dias observa que várias cidades norte-americanas também eram adeptas do mesmo meio de transporte. Só que lá, para a venda noturna de leite, se exigia que as carroças tivessem pneus, e os cavalos, ferraduras de borracha, para não atrapalhar o sono da população.

De encontro ao consumidor

Uma característica do leite brasileiro era sua distribuição, feita em carroças puxadas por cavalos. Todos os grandes laticínios tinham sua frota devidamente identificada. O historiador Luis da Câmara Cascudo calcula que, por volta de 1950, havia cerca de 100 mil carroças realizando tal função, cumprindo horários fixos e regulares todos os dias da semana. J. C. Dias observa que várias cidades norte-americanas também eram adeptas do mesmo meio de transporte. Só que lá, para a venda noturna de leite, se exigia que as carroças tivessem pneus, e os cavalos, ferraduras de borracha, para não atrapalhar o sono da população.

Os sistemas de produção de leite predominantes na região Sudeste, especialmente na Zona da Mata de Minas Gerais, caracterizam-se por apresentar: a) topografia acidentada, com 20 a 30% de meia-encosta e baixada; b) pastagens de capim-gordura (Melinis minutiflora) e capim-braquiária (Brachiaria decumbens); c) suplementação volumosa para as vacas em lactação na época da seca; d) rebanho mestiço, com padrão genético variando de ½ a 7/8 Holandês x Zebu.

Nas áreas da Mata Atlântica, cuja topografia é fortemente ondulada, a degradação das áreas de encosta começou após a eliminação gradativa da vegetação original de floresta para a implantação de cultivos agrícolas e/ou atividades pecuárias. A degradação dessas áreas acentuou-se com o uso inadequado das pastagens naturalizadas de capim-gordura que sucederam as plantações de café, ou das pastagens de capim-colonião estabelecidas em alguns locais dessa região. Atualmente, ao lado de pastagens degradadas, existem outras extensas áreas com alto grau de degradação, em muitos casos, em decorrência do preparo incorreto do solo para o estabelecimento de pastagens ou de cultivos agrícolas.

Entre as propostas disponíveis para reintegrar áreas de pastagens degradadas, o uso de sistemas silvipastoris (SSP) é interessante, por causa do potencial desses sistemas para desenvolver modelos sustentáveis de exploração pecuária. Entretanto, apesar de inúmeras vantagens, manter ou introduzir árvores em pastagens ainda não é prática rotineira em várias regiões do Brasil e em outros países de clima tropical e subtropical, apesar dos benefícios potenciais da arborização para os sistemas de produção animal e para a proteção dos recursos naturais.

Os SSP se caracterizam por integrar componentes lenhosos (árvores e arbustos), herbáceos (gramíneas e leguminosas) e animais herbívoros. As árvores contribuem com produtos, como, por exemplo, madeira e forragem, e com serviços ambientais (conservação do solo e da água, aumento da biodiversidade e armazenamento de carbono).

Na Embrapa Gado de Leite foi desenvolvido um modelo de sistema silvipastoril, como componente de sistema de produção de leite, objetivando recuperar pastagens degradadas em áreas montanhosas da Região Sudeste, principalmente nos locais onde predominam solos de baixa fertilidade, para recria de fêmeas mestiças Holandês x Zebu. O modelo se aplica também para áreas declivosas com solos mais férteis e para locais com topografia ondulada ou plana.

TIPOS DE LEITE

Leite cru- É o leite sem tratamento térmico, obtido e comercializado sem controle sanitário. Quando é vendido diretamente ao consumidor é chamado de leite da carrocinha ou leite informal.

Leite pasteurizado-É leite líquido que foi submetido ao tratamento térmico. Consiste no aquecimento do leite à temperatura de 72 a 75°C por 15 a 20 segundos, e refrigeração à temperatura entre 2 e 5°C sendo envasado em seguida.

Leite Longa Vida-Leite Longa Vida, ultrapasteurizado ou UHT é o leite líquido homogeneizado, que foi submetido durante

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