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CAMUNDONGO NUDE/SCID

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Por:   •  6/4/2014  •  1.046 Palavras (5 Páginas)  •  3.827 Visualizações

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Elisangela Souza de Oliveira

CAMUNDONGOS NUDE E SCID

São Paulo

2013

CAMUNDONGO NUDE

Os camundongos nude possuem uma característica genética denominada nu, a qual é controlada por um gene recessivo autossômico do cromossoma 11. Não está definido se a perda dos pelos e a deformidade no timo são causadas pelo mesmo gene. Porém, acredita-se na possibilidade de que dois genes, ambos muito próximos, dominem esses defeitos, apesar de não estarem relacionados, surgem juntos nesses camundongos mutantes (KINDT; GOLDSBY; OSBORNE, 2008).

Esse modelo animal é resultante do acasalamento entre o entre macho nu/nu (homozigoto) e a fêmea nu/+ (heterozigota), as fêmeas devem se heterozigotas porque a ausência de pelos evita que conservem os filhotes aquecidos e a produção do leite é bem menor. Nesta forma de acasalamento são produzidos 50% de heterozigotos e 50% de homozigotos recessivos, onde os machos homozigotos e as fêmeas heterozigotas são aproveitados para os próximos acasalamentos. (CHORILLI; MICHELIN; SALGADO, 2007).

Essa espécie de animal não sobrevive facilmente e quando são utilizados para fins experimentais, devem ser mantidos sob condições que os deixem o máximo possível protegidos de infecções. As medidas de prevenção às infecções incluem o uso de alimentos, água, gaiolas e forragens esterilizados. Sendo que, as caixas devem ser protegidas do pó sendo colocadas em capela de fluxo laminar ou pela utilização de filtros de ar nas caixas individuais (KINDT; GOLDSBY; OSBORNE, 2008).

O camundongo nude é caracterizado pela falta de pelos e por possuírem um timo rudimentar, apresenta-se como um modelo animal da imunodeficiência das células T e isso ocorre devido a uma falha na diferenciação do epitélio tímico, tem uma falha hereditária em determinadas células epiteliais da pele e do revestimento do terceiro e quarto arcos faríngeos, causando respectivamente, a falta de pelos e a hipoplasia do timo. Esse distúrbio é consequência de uma mutação no gene FOXN1, também conhecido como WHN, o FOXN1 é imprescindível à diferenciação do epitélio tímico de um timo funcional e para o crescimento de determinados tipos de células provindas do ectoderma (MURPHY; TRAVERS; WALPORT, 2010; ABBAS; LICHTMAN; PILLAI, 2008).

Em humanos, especialmente na síndrome de DiGeorge, ocorre um fenômeno semelhante ao que acontece em camundongos nude, em ambos os casos, o timo não se forma, consequentemente o indivíduo produz linfócitos B, mas poucos linfócitos T (MURPHY; TRAVERS; WALPORT, 2010).

Camundongos nude são bastante utilizados, como animais naturalmente timectomizados para o estudo sobre o papel do timo nas respostas imune. Portanto, a deficiência na produção de linfócitos T, faz com que a linhagem nude não rejeite transplantes de outras linhagens e seja mais suscetível às infecções. Esse modelo animal vem sendo empregado em estudos relacionados ao crescimento de tumor humano, e são imprescindíveis nas etapas iniciais de estudos pré- clínicos para desenvolvimento de fármacos antitumorais. É importante ressaltar a aplicabilidade deste camundongo nas pesquisas e no estudo de doenças auto- imunes, como o lúpus eritematoso. (CHORILLI; MICHELIN; SALGADO, 2007).

CAMUNDONGO SCID (IMUNODEFICIÊNCIA COMBINADA SEVERA)

A mutação recessiva autossômica em camundongos que origina à imunodeficiência severa em linfócitos maduros, foi descrita em 1983 por Melvin, Gayle Bosma e colegas. A essa característica, eles deram o nome de SCID por causa da sua semelhança com a imunodeficiência severa humana (KINDT, GOLDSBY & OSBORNE, 2008).

Esses animais são de uma linhagem mutante de camundongos que possuem células B e T precoces, mas que não se diferenciam em linfócitos T e B maduros. As outras células, como hemácias, monócitos, e granulócitos estão presentes e funcionais no camundongo SCID (KINDT, GOLDSBY & OSBORNE, 2008).

Diferente do camundongo nude, apesar da falta de linfócitos T e B maduros, o camundongo SCID apresenta, mesmo que com um décimo

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