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Coleta de Sangue: Boas Práticas em Flebotomia

Por:   •  19/4/2018  •  Relatório de pesquisa  •  1.398 Palavras (6 Páginas)  •  2.199 Visualizações

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INTITUTO FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO

CURSO TÉCNICO EM BIOTECNOLOGIA

TÉCNICAS DE ANÁLISE EM SAÚDE II

PROFª. MARCELLA PORTO

Assunto: Coleta de Sangue: Boas Práticas em Flebotomia

Componentes: Giliaria Andrizen, Letícia de Andrade e Marcella Machado

Introdução

A coleta de sangue deve ser padronizada pelos laboratórios a fim de evitar contagens espúrias e artefatos gerados in vitro. A coleta sanguínea inclui punção venosa, o uso do anticoagulante adequado, a correta homogeneização da amostra após ser transferida para o tubo e, conforme o laboratório, a confecção da extensão sanguínea sem anticoagulante. A punção sanguínea pode ser realizada pelo sistema a vácuo e por seringa e agulha. Na primeira situação, os tubos só devem ser retirados do suporte após o preenchimento total do tubo; isso garantirá uma correta proporção de sangue e anticoagulante. Logo após o tubo ser retirado do suporte, deve-se ser homogeneizado por inversão, garantindo a completa solubilização do anticoagulante e a correta anticoagulação da amostra de sangue. 1

Quando a punção é realizada com seringa e agulha, o sangue deve fluir para o interior da seringa sem que tenha de fazer qualquer esforço para puxar o êmbolo. Quando isso não ocorre, o turbilhonamento ocasionado pelo esforço causa alterações celulares. Terminada a punção, a agulha deve ser retirada da seringa e o sangue passado aos tubos, respeitando a proporção de sangue e anticoagulante. Para a coleta dos exames hematológicos, a preferência é pela coleta do sangue venoso e a partir da punção das veias do antebraço: mediana cubital, cefálica ou basílica (Figura 1). Sempre ambos os antebraços devem ser observados, e a punção realizada na veia mais visível. Antes da punção, deve-se fazer assepsia com álcool 70%. 1

Boas práticas em flebotomia protegem tanto os profissionais de saúde como os pacientes. Uma maneira de reduzir as lesões acidentais e a exposição sanguínea entre os profissionais de saúde é usar dispositivos de segurança (cientificamente construídos) tais como lancetas retráteis, seringas com agulhas cobertas ou retráteis e, quando apropriado, tubos plásticos de laboratório. Outro enfoque é eliminar a recuperação de agulhas a duas mãos e a desmontagem manual de dispositivos, e, em vez disso, descartar o material perfurocortante em um abrigo resistente a punções (ou seja, uma lixeira de segurança) imediatamente após o uso. 2

A boa prática é deitar fora a agulha e a seringa, ou a agulha e o tubo de suporte, como uma unidade única, em um recipiente para material perfurocortante que seja claramente visível e esteja ao alcance da mão. O tamanho da lixeira deve permitir o descarte de todo o dispositivo, e não somente da agulha. As instituições devem efetuar a vigilância de lesões causadas por material perfurocortante e exposição acidental a sangue, para que fatores evitáveis possam ser identificados. 2

Devem também estar disponíveis serviços de apoio para profissionais de saúde acidentalmente expostos a sangue. Tais serviços devem incluir imunização com hepatite B antes de assumir funções que incluam possível exposição a sangue e líquidos corporais, e profilaxia pós-exposição para HIV e hepatite B. Todas as dependências sanitárias devem exibir instruções claras para procedimentos a seguir em caso de exposição acidental a sangue e líquidos corporais. 2

        Nesta prática realizou-se treinamento básico de como funcionam as Boas Práticas em Flebotomia, com discentes que se propuseram a voluntariado para coleta de sangue.

[pic 1]

                           Fonte: adaptada de Mullins

Figura 1 – representação esquemática das veias do antebraço

Objetivo

Aprender e praticar a coleta de sangue e as boas práticas em flebotomia, com o procedimento de punção venosa, utilizando-se uma seringa descartável e uma seringa com sistema a vácuo.

Materiais e Métodos

Utilizaram-se seringas com agulha no tamanho adequado ao procedimento; um garrote; um garrote de gaze estéril; solução de álcool 70 %; luvas de procedimento e; papéis absorventes.

Procedimento Experimental

  • Coleta de sangue por punção venosa com seringa descartável

Primeiramente, formaram-se duplas, limpou-se a bancada e lavaram-se as mãos com água e sabão. Depois, reuniu-se o material e calçaram-se as luvas, posicionou-se o aluno voluntário sentado e com o braço exposto para cima de maneira que se mantivesse confortável e facilitasse a visualização das veias. Escolheu-se a área para realização do procedimento e colocou-se o membro em hiperextensão. Colocou-se o garrote 10 a 15 cm do local, aguardou-se o enchimento da veia, pediu-se ao aluno para abrir e fechar a mão várias vezes e depois mantê-la fechada até segunda ordem, com a finalidade de aumentar a congestão da veia.

Em seguida realizou-se a antissepsia com algodão e álcool a 70%, com movimento “meia-lua”. Logo após, com o polegar da mão não dominante fixou-se a veia esticando a pele abaixo do local da punção, segurou-se a seringa horizontalmente, com a mão dominante e introduziu-se a agulha com bisel voltado para cima no ângulo de 45º em relação à pele e penetrou-se na veia aproximadamente 1 cm, mantendo-a num ângulo de 15º.

Retirou-se o garrote logo após a venopunção, coletando-se o sangue em volume necessário. Retirou-se, em seguida, a agulha do local da punção com movimento único e com 1 compressa de algodão fez-se compressão no local, pedindo-se ao paciente que mantivesse o braço em posição horizontal, sem dobrá-lo. Posteriormente, identificou-se o tubo colocando o nome do aluno e “pescou-se
“ a tampa da seringa com a qual se realizou o procedimento. Como o sague não ia ser utilizado, desprezou-o em local adequado. Limpou-se a bandeja e garrote utilizados com álcool 70%, retiraram-se as luvas e lavaram-se as mãos com água e sabão.

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