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Etapas da Apoptose

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Por:   •  1/5/2014  •  Artigo  •  821 Palavras (4 Páginas)  •  755 Visualizações

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APOPTOSE

A apoptose é o evento de morte celular, geneticamente programada, que envolve uma série de alterações morfológicas no citoplasma e núcleo, levando à inativação e fragmentação da célula apoptótica, ao final de seu ciclo celular, sem extravasar conteúdo tóxico para o meio extracelular, portanto, sem causar dano tecidual, o que resultaria em necrose, e levaria à uma reação inflamatória. Os fragmentos celulares, resultantes do processo, são fagocitados por macrófagos teciduais, sem risco de dano químico ou toxicidade para as demais células do tecido.

Este processo que encerra o ciclo de vida das células, é fundamental em uma série de eventos normais nos tecidos dos organismos eucariontes. É uma forma natural de remoção de células envelhecidas ou alteradas, abrindo espaço para o surgimento, por Mitose ou migração, de células jovens e sadias que irão recuperar e preservar a funcionalidade do tecido ou órgão. É importante na remoção de células e remodelação de tecidos durante a embriogênese e o crescimento, na involução normal de tecidos hormônio-dependentes como a próstata, glândula mamária e útero pós-gravídico, na atresia ovariana ao longo de cada ciclo menstrual, na seleção clonal dos linfócitos tímicos e dos demais órgãos linfóides, no descarte de células em tecidos com alta taxa de renovação celular, como pele e intestino.

A apoptose pode ser descrita em uma seqüência de etapas facilmente identificadas ao microscópio de luz:

1ª Etapa:

A cromatina, inicialmente esparsa e em transcrição, começa um processo rápido de condensação e inativação. Formam-se grumos grosseiros de heterocromatina, no interior do núcleo, com alguma alteração do limite nuclear.

A inativação do material genético leva ao desmonte do citoesqueleto e sua desorganização, fazendo com que a célula deforme seus contornos e desfaça suas junções, protegendo as células vizinhas da transferência involuntária de resíduos tóxicos que poderiam causar lesão ou morte.

No citoplasma, progride o empacotamento de organelas pelo retículo endoplasmático e podem surgir vacuolizações.

2ª Etapa:

O transporte celular cessa, a célula retrai, seu citoplasma torna-se cada vez mais denso e mais corado. Seus limites celulares e nucleares mostram-se irregulares.

Há intensa condensação da cromatina. Pode mostrar-se em corpúsculo único e densamente heterocromático, ou assumir posição marginal, em anel ou em forma de capuz. Diz-se que o núcleo está picnótico ou em picnose.

3ª Etapa:

O núcleo colapsa e enruga profundamente, segmentando-se em pequenas esferas, ou corpúsculos heterocromáticos, para o interior do citoplasma, processo este denominado cariorréxis.

4ª Etapa:

O citoplasma da célula inicia uma fragmentação derradeira e progressiva. Engloba os fragmentos nucleares em porções de seu citoplasma que se desprendem da superfície celular, formando os chamados corpos apoptóticos. Essa fragmentação final do material genético no interior de corpos apoptóticos libertos no meio extracelular, é denominada cariólise. Também podem desprender-se porções citoplasmáticas sem fragmentos nucleares, as denominadas bolhas citoplasmáticas.

5ª Etapa:

Segue-se uma remoção dos restos celulares da célula que sofreu apoptose, por fagocitose das células vizinhas, por macrófagos teciduais ou macrófagos das cavidades associadas aos epitélios.

Fotomicrografia de glândula sebácea. Nesta glândula, a apoptose faz parte do processo de secreção. Ao ascender do estrato germinativo basal (EG), a célula secretora sofre modificações. No início, o núcleo é volumoso, eucromático, o citoplasma acumula vesículas de secreção e gotículas lipídicas

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