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Farmacos

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Por:   •  17/9/2013  •  1.301 Palavras (6 Páginas)  •  787 Visualizações

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FARMACOS

2. Introdução

O termo fármaco é derivado do grego phárm que pode tanto significar veneno como remédio. Para a indústria farmacêutica esse termo designa uma substância química conhecida e de estrutura química definida com propriedades farmacológicas. Sua forma popular designa toda substância utilizada em farmácia, com ação farmacológica. De acordo com esta definição, fármaco designa qualquer composto químico que seja utilizada com fim medicinal, o que torna a sua distinção de medicamento bastante sutil.

Pode ser definida de forma geral como uma substância química que interage com uma parte do corpo para alterar um processo fisiológico ou bioquímico existente.

2.1. Histórico dos Fármacos e a Indústria Farmacêutica

Até o século XIX a extração de fármacos era realizada apenas a partir de materiais vegetais e animais, uma produção essencialmente artesanal.

Da Idade Média aos tempos atuais, a Farmácia evoluiu com a própria civilização ocidental.

Durante esse período a primeira grande evolução se deu com em Alexandria quando a produção de fármacos passou a ser uma atividade diferenciada, principalmente por conta de guerras, doenças e envenenamentos.

Neste período, por causa das guerras e epidemias, a farmacologia teve um grande impulso, principalmente para o tratamento de soldados que se acidentavam nas guerras e o cuidado com pessoas que tentavam o envenenamento.

Até o final do século XIX a produção de fármacos se deu de forma artesanal em boticas por profissionais da área.

Apenas a partir do século XX foram implantadas instituições científicas voltadas para a pesquisa e produção de medicamentos, vacinas e soros, momento diferencial para o então surgimento da indústria farmacêutica. Neste período surgiu a síntese química e da fermentação como um processo tecnológico (década de 30).

A indústria farmacêutica surgiu na esteira da 2ª Revolução Industrial, momento de grande estabilidade tanto social quando politica tanto nos Estados Unidos quanto na Europa. A estabilidade então levaria a um crescimento populacional e como até então a expectativa de vida era muito baixa buscou-se a partir do avanço da química e da farmácia uma maneira de melhoras as condições de vida da população e consequentemente beneficiar a economia (mantê-la mais estável).

Esse grande feito foi feito quando John Wyeth & Brother registrou a patente da criação do comprimido em 1877 nos Estados Unidos. Essa invenção apenas foi possível graças a uma outra invenção, feita em 1843 pelo artista plástico inglês William Brockedon: tratava-se de uma pequena máquina manual, cuja finalidade era apenas fabricar minas de grafite de melhor qualidade para os lápis de desenho (Figura 2.1). Ao tomar conhecimento da existência dessa máquina, um funcionário da John Wyeth & Brother imediatamente imaginou utilizá-la para dar aos remédios a forma de pequenos tabletes chamados “compressed tablets”, hoje conhecidos por nós como “comprimidos”.

A máquina de Brockedon foi o marco para que os medicamentos pudessem ser produzidos em grande escala e distribuídos às pessoas.

Voltando ao século XX, durante os anos 40 e 50 surgiu a indústria farmacêutica mundial, ligada ao acontecimento da Segunda Guerra Mundial. Nesse período houve a expansão do mercado e a hegemonia americana na área. Já durante os anos 50 e 60 foi tomada pela grande produção de novos produtos.

E então no atual século XXI encontra-se um cenário mundial caracterizado muito nitidamente pela existência de dois grupos principais de companhias fabricantes de remédios: os grandes laboratórios (todos originários do século 19 e detentores da grande maioria das patentes dos fármacos inovadores) e as chamadas “empresas emergentes”, especializadas na fabricação de fármacos com patente vencida (popularmente chamados de “genéricos”).

2.2. A Indústria Farmacêutica no Brasil

A indústria brasileira surgiu tardiamente se comparada ao seu desenvolvimento na Europa no século XIX. Ela teve seu início no período de 1890 e 1950 e esse desenvolvimento estava intimamente relacionado com a instituição da saúde pública, das práticas sanitárias de prevenção e combate às doenças infecciosas e, em especial, com as instituições de pesquisa básica e aplicada.

O fator importante para esse desenvolvimento industrial farmacêutico foi a incentivo do Estado brasileiro fornecendo recursos e contribuindo para formação de profissionais que foram os responsáveis, posteriormente, pelo desenvolvimento de planos de saúde pública, produção de soros, vacinas e medicamentos, por parte de empresas pioneiras.

Medidas de combate às doenças eram necessárias devido às péssimas condições sanitárias da época.

O pequeno e incipiente parque industrial brasileiro começou por produzir anilinas vegetais, óleos, ceras e medicamentos naturais que tiveram sua redução, após a descoberta e emprego industrial da síntese orgânica na Europa. Outros medicamentos tinham de ser importados.

Algumas empresas nacionais foram bem sucedidas na produção de medicamentos, tanto para o mercado interno quando para o externo. Esse fato pode ser explicado pelas facilidades da época, como o uso de bibliografias dos avanços farmacológicos, que eram de domínio público.

O perfil do segmento farmacêutico no Brasil sofreu uma mudança brusca a partir dos anos 50. A adoção de medidas e planos desenvolvimentistas, como os verificados na gestão do presidente Juscelino Kubitschek e do período militar, abriram as portas do setor às empresas de capital estrangeiro, dotadas de maior know-how e recursos financeiros, que foram responsáveis pela eliminação de boa parte da concorrência dos laboratórios nacionais.

A década de 80 foi marcada pela estagnação econômica e de descontrole inflacionário. Já no período entre 1980 e 2000 as empresas nacionais enfrentaram uma séria de dificuldades como: controle de preços do governo, lei de patentes reforçando os monopólios, dificuldade de acesso à mídia, dificuldades advindas de questões culturais brasileiras, como o baixo prestígio dado aos produtos nacionais em comparação com os importados, ausência de políticas industriais de longo prazo, que poderiam permitir os investimentos em melhoria e dinamização do setor e aumento do grau de exigência na concessão de registros de novos medicamentos

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