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Historia Da Musica

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Por:   •  8/3/2015  •  446 Palavras (2 Páginas)  •  573 Visualizações

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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA

ANA MARIA SALVADOR KUERTEN

KARINE CUNHA DELFINO

TRABALHO DE CONCLUSÃO

DA DISCIPLINA

“TEORIAS DA ARTE”

Tubarão,

2013.

“A condição humana” - René Magritte (1933)

A obra acima, intitulada “A condição humana”, de René Magritte, traz uma discussão a respeito da forma como vemos o mundo e o aspecto ilusório da arte. Sobre este quadro o próprio artista colocou:

“Eu coloquei em frente de uma janela, vista do interior dum quarto, uma pintura representando exatamente a parte da paisagem oculta pela própria pintura. Portanto, a árvore representada na pintura escondia a árvore localizada por trás dela, fora do quarto. Ela existia para o espectador, desta forma, ao mesmo tempo dentro do quarto na pintura e fora do quarto na paisagem real. Que é como nós vemos o mundo: nós vêmo-lo como existindo fora de nós próprios, mesmo que seja apenas uma representação mental sua do que nós sentimos dentro de nós”. (MAGRITTE, apud LARKIN, 1972)

Magritte discute então, nesta obra a natureza humana de criar símbolos, representações do real. Mostra-nos que o modo como vemos o mundo já é de alguma forma ilusório, já que o vemos a partir da representação mental que temos do que seria o real.

Sendo assim, o artista, enquanto ser humano, cria suas obras a partir de apreensões simbólicas, o que faz com que possamos descrever a arte como uma ilusão, já que tratasse de uma representação da representação mental que se tem do objeto real.

Assim, ainda que ela, a obra, retenha em si a aparência de uma paisagem ou mesmo apenas de uma árvore, ela é em verdade só uma representação, a ilusão de ser o objeto. Isto porque ela dissimula materialmente ser o que de fato era imaterial e, portanto, não passa de um simulacro ilusório, capaz de evocar na imaginação do público formas emocionais semelhantes as que sentiu o artista.

Entretanto, o acobertado de parte da paisagem desencadeia no espectador a expectativa de desvendar a paisagem real, aquela fruto de sua representação mental, do que seja uma árvore; ou mesmo se ela existe ou se o artista realizou essa interferência no sentido de enriquecer a sua obra. Num segundo momento a condição humana revela as diferentes formas de se relacionar com a natureza na forma de concebê-la, de imaginá-la.

Assim sendo, o caráter ilusório da obra em questão, de trazer a paisagem para fora da paisagem, substitui o mundo real e institui outra realidade, levando a reflexões filosóficas relativas à representação do real, pois permitem ao observador uma experiência sensorial e emocional.

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