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História Da Arte

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Por:   •  3/4/2013  •  2.732 Palavras (11 Páginas)  •  1.298 Visualizações

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1. INTRODUÇÃO

É através da arte que pensamentos tomam forma e ideais de culturas e etnias têm a oportunidade de serem apreciados e conhecidos pela sociedade como um tudo. Dessa forma, o conceito de arte está diretamente ligado com a história do homem e até do mundo, porem, esse mesmo conceito não esta preso a uma época ou a um povo, ele é abrangente e essencialmente mutável.

A Arte está ligada a fatores históricos e sociais, mas dialoga ativamente com nossa sociedade, criando os estilos de época, e acompanhado a evolução do homem e da tecnologia. A arte foi sinônima da expressão de sentimentos, emoções, revoltas, traumas, etc. Nossa forma de ver a arte ou de fazer arte revela a compreensão que temos do mundo em que vivemos.

2. COMO A ARTE INFLUENCIOU AS SOCIEDADES

Desde a pré-história, o homem sempre produziu arte. Mas as formas de expressão de expressão criadas pelo homem variam radicalmente, em épocas e lugares diversos, sob a influência de diversas circunstancias culturais e sociais. Representações, decorações, músicas e histórias já estão enraizadas na vida da sociedade.

Sempre se presume que a arte na antiguidade expressasse crenças ou exercesse algum papel em rituais dos mais variados. Com o surgimento de nações com uma hierarquia clara, nas civilizações da Mesopotâmia e do Egito, a arte assumiu uma posição a serviço dos ricos e poderosos, embelezando palácios e glorificando o prestígio e as conquistas dos governantes. Ela também serviu aos propósitos das religiões organizadas difíceis de se distinguirem do poder secular, como decoração em templos, retratando os deuses e recontando os mitos religiosos por meio de imagens. Essa arte é coletiva: a ideia de estilo individual e inovação não existe, ou certamente é invisível aos nossos olhos. Ainda assim ela é, em geral, feita com delicadeza e sutileza e até mesmo com um excesso de detalhes, como se vê nas cenas de batalhas assírias ou nas representações egípcias de aves e animais.

Costuma-se dizer que o individualismo moderno tem origem nos povos agrícolas e comerciais do Mediterrâneo: gregos, fenícios, etruscos e romanos. Artistas como Praxíteles (em atividade em meados do século IV a.C.) foram celebrados por suas realizações. Prédios públicos, importantes para atividades civis ou religiosas, eram embelezados e os governantes e seus triunfos, celebrados, mas também surgiu uma classe mais ampla de consumidores de arte, exemplificados pelos prósperos cidadãos de Pompeia e Herculano. Vários gêneros pinturas de paisagens, retratos, naturezas-mortas, animais e temas mitológicos evoluíram para embelezar as residências e registrar a aparência desses patronos. Nossa noção da arte dessa época é distorcida pelos caprichos da sobrevivência afrescos e mosaicos foram conservados, mas não a maioria dos painéis de madeira.

A partir do século IV d.C., a arte bizantina evoluiu da arte romana, transformada pelo cristianismo. A arte esteve a serviço da Igreja ou da fé particular. Na forma de ícones, as imagens adquiriram um inerente valor espiritual, com o visível simbolizando o invisível. Mas os ícones foram combatidos com violência pelos iconoclastas, que acreditavam que o visível estava suplantando o invisível. O islamismo, que nasceu nesse mesmo mundo do Mediterrâneo oriental, tendeu para crenças iconoclastas semelhantes, mas juntamente com uma arte geométrica e caligráfica que também deu origem a uma tradição de um realismo estilizado refinado. Apesar de a arte islâmica ter se desenvolvido com base nos estilos bizantino e romano, ela recebeu também influências da arte sassânida da Pérsia pré-islâmica. O período sassânida testemunhou algumas das realizações mais importantes da civilização persa, e as formas e os temas dessa arte seguiram para o leste, infiltrando-se na Índia, no Turquistão e na China.

No século I a.C., a imagem do Buda foi esculpida pela primeira vez em pedra na cidade de Gandhara, no atual Paquistão, estabelecendo o modelo para a arte budista posterior. Enquanto o budismo se disseminava a partir do subcontinente indiano pela Ásia e pelo restante do mundo, ele exercia sua própria influência no fomento às artes da China, do Japão e da Coreia. À medida que a religião evoluía em cada país, ela incorporava novas formas, como estatuários e esculturas de monumentos. A arte primitiva japonesa estava ligada ao budismo, mas, a partir do século IX, enquanto o país se afastava da influência da China, as artes seculares ganharam importância e a pintura acabou se tornando a tradição artística predominante. Numa sociedade em que as pessoas escreviam com pincel, em vez de caneta, havia um entendimento intuitivo da estética da pintura.

A remota Europa ocidental passou por uma lenta e intermitente transformação entre os séculos XII e XIII, depois que o desenvolvimento do comércio e a criação de novos territórios agrícolas geraram excedentes, a princípio usadas na construção de prédios religiosos, muitos deles delicadamente decorados com pinturas e esculturas. Houve uma notável evolução estilística em direção ao realismo tridimensional, mas ainda não havia muita diferença entre a obra de Giotto (c.1270-1337) ou Simone Martini (c.1285-1344) e a arte bizantina. Com o dinheiro da Igreja e do comércio, cidades como Florença, Bruges e Veneza se tornaram centros de uma produção artística na qual a exatidão na representação dos detalhes, possivelmente ligada ao avanço das ciências ópticas, era valorizada pelos patronos. A espiritualidade da arte religiosa foi, em parte, suplantada por temas da mitologia clássica e a celebração do luxo é vista na representação das roupas e dos móveis. As próprias pinturas, itens cada vez mais portáteis, feitas com tinta a óleo, eram objetos de luxo, ainda que menos valorizadas do que as tapeçarias.

A arte ocidental, durante o que mais tarde foi chamado de Renascimento, representou apenas uma das muitas direções que a pintura tomou ao redor do mundo nos séculos XV e XVI. A arte renascentista não pode se considerar superior ou mais sofisticada do que, digamos, as miniaturas persas ou as paisagens chinesas. Uma dinâmica cultura popular urbana no sul da China impulsionou o desenvolvimento das técnicas de impressão mecânica de imagens, o que também aconteceu no sul da Alemanha (e, posteriormente, aconteceria no "Mundo Flutuante" do Japão do período Edo). No entanto, existe uma notável diferença na tradição ocidental. Não apenas técnicas representativas inovadoras como a perspectiva linear foram exploradas pelos artistas como também os patronos passaram a ansiar por novas estratégias e estilos de representação. Ao mesmo tempo,

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