Incontinencia Urinaria

MUDANÇAS FISIOLÓGICAS QUE AFETAM A CONTINÊNCIA

 Mudanças relacionadas com a idade ocorrem no trato urinário inferior de homens e mulheres;

 Com a idade a capacidade da bexiga diminui, e esta é capaz de conter uma quantidade menor de urina;

 O tônus muscular diminuído reduz a capacidade de postergar a eliminação de urina. Uma fraqueza no esfíncter uretral faz a urina vazar;

 Certas medicações como os B-bloqueadores podem piorar a incontinência, porque agem para relaxar os músculos lisos do esfíncter urinário;

 O volume residual, a quantidade de urina que permanece na bexiga após a eliminação de urina, aumenta de um valor normal de 50 ml até 100 ml. Também parece haver uma percepção demorada da sensação da necessidade de urinar;

 Os jovens excretam a maior parte da urina nas horas que estão acordados, e muitos idosos tendem a excretar uma boa parte da urina durante à noite.

 Isso resulta em pelo menos 2 episódios de nictúria. Isso se deve a mudança do ritmo circadiano do hormônio anti-diurético e do sistema renina-aldosterona;

TIPOS DE INCONTINÊNCIA URINÁRIA

 A incontinência é classificada de acordo com a duração dos sintomas, a presença de sintomas específicos ou por anormalidades fisiológicas;

 Algumas crises de incontinência têm começo recente ou são passageiras, mas outras são crônicas;

 Algumas pessoas não conseguem controlar o esfíncter uretral externo, causando uma perda de urina contínua ou intermitente;

Incontinência funcional: ocorre em conseqüência de prejuízo da mobilidade, mudanças cognitivas ou barreiras ambientais. Com a incontinência funcional o desejo de urinar é forte, mas a pessoa é incapaz de alcançar o banheiro antes que a urina seja excretada;

Incontinência por desejo premente: é a incapacidade de conter voluntariamente a urina após sentir um forte desejo de urinar. Pode ser causada por contrações da bexiga decorrentes de um processo de doença como ITU;

Incontinência por estresse: é um vazamento e urina, resultante dos músculos perineais enfraquecidos, combinados com maior pressão intra-abdominal. Nestes casos, tossir, espirrar, rir ou pegar uma sacola de compras pode resultar em vazamento da urina;

Incontinência por refluxo: também denominada bexiga neurogênica, é o tipo de incontinência associada à lesão da coluna vertebral, que causa falta de consciência que a bexiga está cheia, e, portanto, ocorre a eliminação voluntária de urina;

Incontinência total: é a perda descontrolada e contínua de urina, em virtude de múltiplas causas, tais como ITU, instabilidade do detrusor ou lesão neurogênica;

APLICAÇÃO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM

 Ao avaliar a incontinência urinária é necessário obter um padrão preciso de eliminação de urina. Comparar a quantidade de urina excretada com a quantidade de líquido ingerido;

 Pedir as pessoas que falem sobre o seu padrão de eliminação de urina:

-Você sente necessidade de urinar com mais freqüência do que o normal?

-Você tem de levantar à noite para urinar?

-Com que freqüência urina durante o dia?

-Você consegue reter a urina depois que sente vontade de urinar?

-Você consegue prender a urina quando tosse ou espirra?

-Depois que sente vontade de urinar, você consegue chegar no banheiro a tempo?

-Você urina em quantidades pequenas?

-Avaliar sempre a mobilidade e estado mental do idoso. Determinar se o cliente está atento e é capaz de compreender o plano de tratamento e onde se localiza o banheiro;

PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO

 Depois de identificar o tipo de incontinência, desenvolve-se um plano de cuidado;

 Talvez o componente mais importante seja a cooperação do paciente e sua determinação em recuperar o controle;

 Envolver o paciente e família no desenvolvimento de um plano de cuidado individualizado pode ser a diferença no êxito ou fracasso na recuperação da continência;

MÉTODOS PARA PROMOVER A CONTINÊNCIA URINÁRIA

 Exercícios de Kegel: fortalecem os músculos do assoalho pélvico. Esses músculos são enrijecidos para impedir o escape de urina. São exercícios importantes para mulheres que têm incontinência por estresse.

 Dever ser realizados para aumentar o controle da interrupção de urina e fortalecer a emissão do jato durante a eliminação de urina;

 Treinamento da bexiga: é usado como auxílio para restaurar a eliminação normal de urina. É eficaz para os idosos lúcidos que sofrem de incontinência por desejo premente;

 Neste caso, permita que o paciente ajude na manutenção do registro e planejamento das eliminações de urina programadas;

 Analise

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