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INCONTINÊNCIA URINÁRIA - IU

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Por:   •  14/9/2013  •  2.484 Palavras (10 Páginas)  •  668 Visualizações

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Incontinência urinária é a perda involuntária da urina pela uretra. É um distúrbio mais frequente no sexo feminino, definida também como a saída involuntária da urina em horas e locais inadequados. Ela leva ao isolamento, depressão, perda da auto-estima e má saúde.

A IU é causada pelo aumento da pressão intra-abdominal, ineficácia da musculatura do assoalho pélvico, dentre outros inúmeros fatores. A desinformação torna-se um problema incurável. Estudos relatam que no Brasil cerca de 45% da população tenha IU, desses 50% apresentem Incontinência Urinaria de Esforço (IUE), 20% tenham Incontinência Urinaria de Urgência (IUU) e 30% apresentem sintomas mistos (IUE + Instabilidade Vesical).

A prevalência da incontinência urinária aumenta com a idade, mas não é parte inevitável do envelhecimento. Há sempre uma condição médica subjacente que deve ser identificada e corrigida independente da idade, seja por fisioterapia, medicamentos, cirurgia ou uma combinação desses.

FISIOLOGIA DA MICÇÃO

O conhecimento do funcionamento do trato urinário inferior, bem como dos mecanismos de manutenção da continência urinária são fundamentais para compreensão de tratamento das diversas afecções uroginecológicas, tais como incontinência urinaria de esforço, incontinência urinaria de urgência e outras (BEREK, 1998).

O ato de micção compreende duas fases: armazenamento ou enchimento vesical e esvaziamento ou expulsão, envolvendo funções antagônicas da bexiga e uretra. A micção e a continência urinária estão sob a coordenação de complexos eventos neurológicos entre sistemas nervosos central e sistema nervoso periférico, que garantem o ato miccional (SAMPAIO, 1999). A interação entre sistemas nervoso central, sistema nervoso periférico e trato urinário inferior dá-se através de níveis de controle miccionais, circulatórios neurológicos e reflexos da micção.

Segundo Guyton e Hall (2002), o processo de micção envolve duas etapas principais: 1ª a bexiga enche-se progressivamente, até que a tensão nas suas paredes ultrapasse o nível limiar, o que, então, desencadeia a segunda etapa; 2ª ocorre um reflexo nervoso, denominado reflexo da micção, que esvazia a bexiga, ou, se isso falhar, produz pelo menos o desejo consciente de urinar. Apesar de o reflexo da micção ser um reflexo medular autonômico, ele também pode ser inibido, ou facilitado, por centros situados no córtex cerebral ou no tronco cerebral.

Quando não há urina na bexiga, a pressão intravesical fica em torno de zero, mas quando são acumulados de 30 a 50 ml de urina, a pressão se eleva para 5 a 10 cm de água. Pode ocorrer acúmulo adicional de urina - 200 a 300 ml - apenas com pequena elevação adicional da pressão; esse nível constante de pressão é produzido pelo tônus intrínseco da própria parede vesical. Além de 300 a 400 ml, o acúmulo de mais urina na bexiga provoca rápida elevação da pressão. À medida que a bexiga se enche, começam a aparecer inúmeras contrações de micção superpostas. Essas contrações resultam do reflexo de estiramento iniciado por receptores sensoriais de estiramento da parede vesical, particularmente pelos receptores situados na uretra posterior, quando essa área começa a se encher de urina nas pressões vesicais mais altas. Os sinais sensoriais dos receptores de estiramento vesical são conduzidos até os segmentos sacros da medula espinhal pelos nervos pélvicos e, a seguir, retornam, reflexamente, para a bexiga, por meio das fibras nervosas simpáticas dos mesmos nervos.

O sistema nervoso autônomo (simpático): origina-se na medula espinhal, entre os segmentos T10 a T12 e é representado principalmente pelo nervo hipogástrico, atuando, portanto principalmente na fase de armazenamento. O sistema nervoso autônomo (parassimpático): origina-se na medula sacral entre os segmentos S2 e S4, e é representado principalmente pelo nervo pélvico, atuando, portanto principalmente na fase de esvaziamento vesical.

À medida que a bexiga vai se tornando cada vez mais cheia, os reflexos de micção ocorrem com freqüência cada vez maior, e são cada vez mais intensos.

O indivíduo contrai, voluntariamente, os músculos abdominais, o que aumenta a pressão na bexiga e permite a entrada sob pressão de urina adicional no colo vesical e na uretra posterior, distendendo assim suas paredes. Isso estimula os receptores de estiramento, o que excita o reflexo da micção e, simultaneamente, inibe o esfíncter uretral externo. O cessar voluntário da micção ocorre por conseqüência da contração da musculatura estriada, que eleva a pressão do detrusor por um determinado tempo, e a isto advém à inibição reflexa da contratura deste músculo. (BARACHO, 1999).

A continência urinária é mantida pelo funcionamento adequado e coordenado do detrusor e das estruturas uretrais. Para que seja mantida a continência, devem existir alguns pré-requisitos: uma bexiga complacente; uma uretra intacta, localizada na sua posição normal; inervação intacta da bexiga e integridade dos esfíncteres uretrais e comprimento uretral adequado.

TIPOS DE INCONTINÊNCIA URINÁRIA

• INCONTINÊNCIA POR ESFORÇO (IUE)

Escape de urina, habitualmente em pequenos jatos, causado pelo aumento da pressão abdominal, ocorre durante a atividade física, quando o individuo tosse, espirra, ri, ou levanta um objeto pesado.

 INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE URGÊNCIA (IUU)

Neste tipo de incontinência a perda de urina está associada a uma enorme

necessidade de urinar.

 INCONTINÊNCIA URINÁRIA MISTA (IUM)

Trata-se de uma combinação de ambas as sintomatologias anteriores (IUE + IUU).

• INCONTINÊNCIA EXTRA-URETRAL

A perda de urina por outros canais além da uretra é chamada incontinência extra-uretral. As fístulas entre a bexiga ou uretra e a vagina são mais comumente o resultado de traumatismo na cirurgia pélvica. O tratamento inclui geralmente uma cirurgia reconstrutora.

• BEXIGA HIPERATIVA

Incontinência urinária por bexiga hiperativa ocorre como conseqüência da hiperatividade da musculatura detrusora, onde o músculo detrusor apresenta contração involuntária. Nestas pessoas, inesperadamente surge um desejo súbito e incontrolável de urinar.

Pacientes que não respondem ao tratamento comportamental e/ou medicamentoso tem poucas

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