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Inseticidas organofórficos

Projeto de pesquisa: Inseticidas organofórficos. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  21/4/2014  •  Projeto de pesquisa  •  3.600 Palavras (15 Páginas)  •  361 Visualizações

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Resumo

No Brasil os agrotóxicos têm sido usados desde 1920, quando os seus efeitos maléficos para a saúde ainda eram pouco conhecidos. Primeiramente no combate a vetores e controle de parasitas, por profissionais de saúde e em seguida, a partir de 1960, passou a ser usado intensamente na agricultura e embora existam muitas pesquisas para desenvolvimento de novos praguicidas mais seletivos para a praga e menos danosos ao homem, ou que seja, menos prejudicial ao organismo que os atuais, ainda há o uso de produtos muito tóxicos nas lavouras brasileiras e em quantidade muitas vezes superiores a quantidades permitidas por lei, como revelaram estudos da Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), em 2010. Além disso, as intoxicações também podem ocorrer devido ao manejo inadequado na aplicação, fabricação, uso doméstico ou de várias outras formas. Hoje o Brasil é um dos maiores consumidores desses produtos que resultam em muitos problemas tanto para a saúde da população como para o meio ambiente. Este trabalho teve como objetivo apresentar uma revisão bibliográfica das conseqüências da intoxicação por inseticidas organofosforados, carbamatos, organoclorados e piretróides, que, embora sejam, na maioria das vezes, muito eficientes para o controle de pragas, são potenciais causas de problemas para a saúde do homem provocando intoxicação aguda ou crônica. Nos casos crônicos vários estudos indicam participação no surgimento de câncer e de infertilidade.

INTRODUÇÃO

Com o aumento da população ouve também um aumento da demanda por alimentos e para satisfazer essa necessidade foi necessária a introdução de novas tecnologias no mercado agrícola, como o uso de adubos sintéticos e praguicidas. Foi com o objetivo de atender essa demanda que na década de 1960 a revolução verde introduziu na agricultura insumos sintéticos e surgiram as monoculturas com pouca diversidade biológica e grande uso de inseticidas sintéticos.

Apesar de esses inseticidas ter provocado um aumento da produção de alimento especialmente de grãos, também foram criadas estratégias para o uso mais seguro dentro dos princípios de manejo integrado de pragas, a falta de profissionais técnicos especializado e o aumento das pulverizações e aplicações acima do recomendado pela legislação tem colaborado para proporcionar efeitos maléficos para o meio ambiente e os seres humanos (Inseticidas Botânicos, 2005).

A população em geral pode estar exposta a essas substâncias em resíduos contidos nos alimentos, (tanto vegetal como animal), por exposição dérmica na aplicação da substância em lavouras, por inalação de “spray” no uso doméstico, na própria indústria produtora do inseticida, trabalhadores do transporte e comércio, de empresas desinsetizadoras e trabalhadores de saúde publica. Dessa forma a exposição humana é quase sempre crônica que pode ser tão prejudicial à saúde quanto à exposição aguda, pois existe evidência de que o uso em longo prazo, alguns podem causar danos ao sistema reprodutor, neurológicos e até câncer (Bedor, 2005)

OBJETIVOS

Este trabalho teve como objetivo sistematizar informações sobre as conseqüências da intoxicação por inseticidas organofosforados, carbamatos, organoclorados e piretróides e sua capacidade de provocar Câncer com enfoque sobre seu modo de ação, intoxicação a aguda, crônica e teratogenese.

METODOLOGIA

A metodologia constitui de revisão bibliográfica da literatura cientifica, sobre as intoxicações por inseticidas, com enfoque nos seus efeitos sobre a saúde humana. Para tanto foram utilizados bancos de dados eletrônicos, livros e artigos científicos.

Inseticidas organofosforados

São compostos orgânicos derivados do ácido fosfórico, do ácido tiofosfórico ou do ácido ditofosfórico. Os organofosforados tiveram suas propriedades inseticidas foi evidenciado por Gerhad Schrader, Alemão ”conhecido como pai dos inseticidas organofosforados”, que sintetizou , em 1937,o Tabune, o Sarinno e no mesmo ano e em 1941 o OMPA (octametilpirofosfato), em 1943 o TEPP (tetraetilpirofosfato), e em 1944 Paration etílico (Larini, 1999). Alguns compostos tiveram inclusiva utilização na segunda guerra mundial, como por exemplo, sarin, somam e tabun, por causa de sua volatilidade e alta toxicidade para o sistema nervoso. São moléculas orgânicas derivas do ácido fosfórico e seus homólogos que tem um átomo de fósforo pentavalente (FARIA, 2009).

Possui maior toxicidade aguda, se comparados aos inseticidas carbamatos e clorados, no entanto, não se acumulam em tecidos gordurosos e degradam-se rapidamente. Atua na inibição da acetilcolinesterase, enzima que degrada acetilcolina, potencializando os efeitos da Acetilcolina (ACh) devido ao seu acúmulo nas junções neuromusculares (COSTA; ROLHFS, 2010)

Principais características dos Organofosforados

Essas moléculas são absorvidas pelo trato gastrointestinal, pelas vias respiratórias, via dérmica e por mucosas. As intoxicações acidentais acontecem principalmente com crianças, ou pode acontece em adultos que consomem alimentos e água contaminada ou ingestão intencional como é o caso de suicidas ou homicídio. Esse tipo de intoxicação também pode ser observado em indivíduos, que durante a aplicação do produto, faz uso de cigarro ou colocam a mão com resíduos do produto na boca (ECOBICHON, 1996).

Esses inseticidas são absorvidos principalmente por via cutânea, e geralmente o envenenamento e ocupacional e pode acometer os indivíduos que aplicam o produto ou os que trabalham na plantação após a aplicação do mesmo, que tem sua absorção aumentada com a elevação da temperatura ou quando existem lesões de pele. Além de ser aumentada por compostos contidos na formulação (LARINI, 1999).

Pela via respiratória a inalação pode ocorrer principalmente por aqueles que trabalham na indústria de formulação, na aplicação sem o uso de equipamento de proteção individual (EPI) adequado ou nas residências sob forma de aerossóis (“spray”), onde se usa frequentimente inseticida clorofosforado (LARINI, 1999).

Depois que esses compostos caem na corrente sanguínea, é rapidamente distribuído para os tecidos de todo o organismo. No organismo são atacados por enzimas que os degrada e formam substâncias tóxicas para humanos e para insetos, porém, possuímos enzimas que hidrolisam rapidamente os análogos desses metabólitos tóxicos (OGA, 2003).

Os

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