Kandinsky

KANDINSKY

Em 1910 Kandinsky inicia sua obra abstrata,iniciando o ciclo histórico da arte não figurativa,intencionalmente um rabisco.

Pode-se comparar com uma criança de dois (02) ou três (03) anos quando ganha instrumentos para desenhar,pelos traços,rabiscos ,espaço utilizado,etc.

As famosas obras “Improvizações”, a partir delas, a imagem se torna cada vez mais complexas, ritmos motores mais controlados, o interesse pelo rabisco infantil desaparece.

Após perceber que essa experiência estética não leva ao conhecimento intelectual do objeto, mas sim a uma atividade prática sobre a própria realidade preceptiva,Kandinsky pretende demonstrar que essa experiência pode ter desdobramentos muito intensos e importantes; levando até a uma experiência global da realidade.Sendo que, essa experiência é por meio de procedimentos práticos, e não especulativos.Comparando-se com a sociedade moderna, levada pelos modos de produção/consumo industrial predominando atividade prática sobre a especulativa.

Para ele, a arte não condena nem exclui o comportamento do homem do sistema industrial, como algo humilhante, mas sim, resgata-o no limite de sua instrumentabilidade,indicando em que tipo de experiência global da realidade é possível para ele,enfim, dissolver-se.

Sua influencia na Bauhaus

Kandinsky possuía ao mesmo tempo a aptidão para as experiências eidéticas e sinestésicas, a experiência de um espaço pictórico impressionava Kandinsky profundamente e foi muito importante para a formação de seu conceito de síntese. Seus livros teóricos estão cheios de critica permanente e inovadora à herança intelectual do século XIX: critica ao pensamento positivista e materialista, à decomposição do que se relaciona, à especialização motivada pela economia e ao progressivo isolamento de todas as esferas vitais.

Isso se percebe em seu sistema de ensino e formação profissional, onde, segundo ele, “as escolas superiores produzem especialistas com formação completa e pessoas absolutamente incultas. Tendo um numero infinitamente grande de áreas de formação especificas, mas que não se encontram vinculadas entre si, nem se relacionam com uma formação no geral. [...] O estudante ... deve alcançar, fora a formação especializada, uma formação sintética o mais ampla possível. Idealmente, o estudante deve ser preparado não apenas como especialista,mas também como o novo homem, pois não existem questões especializadas que possam ser reconhecidas ou solucionadas isoladamente, visto que tudo, em última analise, está encadeado entre si e mantém relações de dependências mútua.

Ao assumir suas atividades docentes a Bauhaus tinha a esperança de que com Kandinsky produzi-se novos impulsos por meio do desenvolvimento de um “baixo continuo” plástico, e por meio de um ativo fomento a uma síntese de todos os gêneros artísticos.

[...] Para os alunos, Kandinsky era um conceito. Alguns de nós tínhamos lido

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