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Lesoes No Tenis

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Por:   •  22/5/2014  •  1.642 Palavras (7 Páginas)  •  617 Visualizações

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As principais lesões no tênis

Saiba reconhecê-las para poder prevenir e tratar adequadamente

Um estudo realizado em 2012 reuniu todas as lesões ocorridas em tenistas participantes do US Open desde 1994 até 2009 e confirmou a lesão muscular como sendo a mais freqüente durante o torneio. A taxa de mazelas em membros inferiores foi superior às de tronco (coluna) e membros superiores, sendo o tornozelo as articulações mais acometidas, seguidas por joelho e pé.

Uma revisão epidemiológica publicada em março deste ano teve o objetivo de investigar as principais lesões no tênis e ressaltou a dificuldade de se estabelecer um padrão para tal definição, pois cada estudo classifica o termo “lesão” de diferentes modos e avalia diferentes grupos de praticantes (por exemplo, atletas recreativos, amadores ou profissionais). Mesmo assim, esse tipo de estudo nos fornece informações valiosas que serão descritas a seguir.

LESÕES NO TÊNIS

Como dito anteriormente, a incidência e prevalência de lesões podem variar consideravelmente devido às diferentes definições para lesão, idade do grupo estudado, ou até mesmo pelo nível do praticante (recreativo, amador, profissional).

Em atletas de alto rendimento com idade inferior a 18 anos, a taxa de lesões varia de dois a 20 a cada 1.000 horas de prática do esporte. Quando considerados todos os níveis de atletas, a incidência de lesões é de três por 1.000 horas de prática, levando-nos a acreditar que atletas mais jovens sofrem mais lesões do que os que praticam há mais tempo o esporte devido à baixa experiência.

LOCALIZAÇÃO DAS LESÕES

A maioria das lesões acontece em membros inferiores (entre 31% e 67%), seguido pelos membros superiores (20% – 49%) e por último, o tronco (3% – 21%). As regiões mais atingidas dos membros inferiores foram o tornozelo e a coxa, com a entorse de tornozelo sendo a mais específica ocorrida. Já nos membros superiores, o ombro e o cotovelo foram as articulações mais acometidas, com a epicondilite lateral sendo a mais prevalente.

Algo importante a se ressaltar é que a maioria das lesões em membros inferiores é de característica aguda e mais freqüente, enquanto as em membros superiores são de caráter crônico com menor incidência.

Prevalência de lesões específicas no tênis

O backhand com duas mãos pode ajudar uma criança em relação à força e também evitar o temido Tennis Elbow (cotovelo de tenista), mas tênis não é força e sim técnica. O backhand com duas mãos, quando executado com os braços encolhidos junto ao tronco, pode sobrecarregar a coluna a ponto de provocar uma fratura por estresse. Portanto, cuidado.

OMBRO

Um estudo com atletas de alto rendimento entre 12 e 19 anos mostrou que a dor no ombro está presente em 24%, aumentando em até 50% dos praticantes quando chegam à meia idade, ou seja, um número bastante expressivo e preocupante. Quando consideramos todos os níveis de atletas, as lesões de ombro variam de 4% a 17%.

Essas mazelas normalmente ocorrem por uso repetitivo e podem estar relacionadas com o movimento anormal da escápula, chamadas de discinesia escapular; lesões do manguito rotador, que é um conjunto de músculos que atuam como a principal estabilização do ombro; ou pelo chamado GIRD (Glenoumeral Internal Rotation Déficit), que é a diminuição ou déficit do movimento de rotação medial do ombro dominante em relação ao membro não dominante. Por isso é importante para os fisioterapeutas conhecer tais fatores de risco para um tratamento compatível com as lesões de ombro.

DOR LOMBAR

A dor lombar (lombalgia) é muito freqüente em atletas ativos, atingindo até 85% de praticantes de forma aguda ou crônica, podendo afastar o praticante das quadras e de torneios.

As causas da dor lombar são inúmeras, mas, quando falamos de tênis, o saque parece ser um dos principais fatores, devido à sobrecarga da coluna de forma repetitiva. Estudos mostram que o serviço com topspin sobrecarrega mais a lombar em comparação ao com slice (underspin) e ao flat (sem efeito). Por isso, ensinar o topspin para atletas muito novos pode aumentar o risco de dor e lesões lombares, como a espondilólise (fratura por estresse de uma parte das vértebras) ou espondilolistese (escorregamento vertebral).

LESÕES MUSCULARES

Está entre as lesões musculares mais freqüentes no tênis a da panturrilha, ou perna do tenista (tennis leg). Além dessas, as lesões dos músculos relacionados ao ombro, quadril e lombar também são freqüentes.

EPICONDILITE LATERAL

A epicondilite lateral é uma das lesões mais comuns no tênis, caracterizada pela sobrecarga de tendões, principalmente em jogadores recreativos. Não há diferença entre gêneros, ou seja, homens e mulheres parecem ser acometidos na mesma proporção.

A incidência dessa lesão vai de 35% a 51% e, apesar de não estar cientificamente comprovado, acredita-se que ela ocorre em menor número de praticantes que realizam o backhand com as duas mãos, pois permite que as mãos não dominantes absorvam mais impactas, diminuindo o risco de falhas mecânicas do punho.

Acredita-se que o uso de antivibradores diminuía a incidência de epicondilite lateral no tenista, no entanto, estudos não suportam essa hipótese. O que vem sendo associado a ela é a experiência do tenista, já que a prevalência é maior em praticantes menos experientes e que não possuem uma boa técnica.

QUADRIL

As lesões de quadril correspondem de 1% a 27% de todas as lesões em tenistas. Estudos reportam incidência de 0,8 por 1.000 exposições e prevalência de 1,3 lesão a cada 100 tenistas juvenis competitivos.

Uma pesquisa investigou o tamanho de músculos do quadril em tenistas profissionais e encontrou diferenças no trofismo (tamanho) deles quando comparado o lado dominante com o não dominante do atleta. Foi possível observar que o lado não dominante possui músculos com maior trofismo, e que isso pode levar a dores no quadril a partir de bursites e tendinites. Concluindo, tenistas estão mais susceptíveis a lesões no quadril não dominante em relação ao dominante.

Além disso, foi encontrada uma correlação entre jogadores de tênis e osteoartrite (doença progressiva e degenerativa de desgaste da cartilagem óssea, popularmente conhecida como artrose) de quadril. Um grande estudo verificou que ex-atletas

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