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METILAÇÃO E EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL

Por:   •  9/1/2021  •  Trabalho acadêmico  •  419 Palavras (2 Páginas)  •  144 Visualizações

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EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL E METILAÇÃO

Introdução: A primeira evidência de doença relacionada a exposição ocupacional ocorreu em 1556, onde o autor Georg Bauer produziu a primeira obra associando uma doença respiratória ao trabalho na mineração. A partir deste estudo, vários outros foram publicados e hoje contribuem para a informação e cuidado com a Saúde do Trabalhador. A maioria dos processos de geração de produtos ocasiona exposição a algum tipo de substância química, colocando os trabalhadores em exposição a gases e vapores. Estima-se que cerca de 2,8 milhões de trabalhadores morrem por ano por acidentes e doenças relacionados ao trabalho e o câncer é considerado um agravo para esse número de mortes. De acordo com o INCA, no ano de 2018, cerca de 10,8% dos casos de cânceres em homens e 2,2% em mulheres, estão associados a exposição ocupacional. Muitos estudos correlacionam a exposição ocupacional, principalmente a pesticidas e hidrocarbonetos policíclicos, como por exemplo o benzeno, que é classificado como grupo A1 da International Agency for Research on Cancer (IARC), a metilação de genes específicos que podem estar associados ao desenvolvimento do câncer e ao dano oxidativo ao DNA por alterar o perfil de expressão de genes importantes. Objetivo: Avaliar a relação entre exposição ocupacional, principalmente a hidrocarbonetos policíclicos aromáticos e a metilação de genes envolvidos no processo cancerígeno. Metodologia: As buscas foram realizadas em duas bases de dados, Pubmed e Scielo, e os 10 artigos selecionados foram publicados de 2012 a 2020, escritos em inglês e português. Resultados e discussão: De acordo com a análise dos artigos selecionados, genes importantes no processo cancerígeno apresentaram alteração no padrão de metilação. O gene p15, supressor tumoral, em frentistas e policiais de rua expostos ao benzeno no ar, apresentou hipermetilação, que está correlacionada com a supressão do gene. Os genes F2RL3 e AHRR, que são associados ao câncer de pulmão, apresentaram hipometilação nos trabalhadores que atuam na limpeza de chaminés e estão em contato com creosote, sendo expostos a hidrocarbonetos policíclicos aromáticos. O gene CYP1A1, em trabalhadores de fábricas de coqueria, expostos a hidrocarbonetos policíclicos aromáticos, apresentaram hipometilação, aumentando o risco de dano oxidativo no DNA. Os genes p14 e p15 apresentaram hipermetilação em trabalhadores de petroquímicas expostos a baixos níveis de Benzeno, favorecendo a inativação desses genes, que são importantes na supressão de tumores. Conclusão: A exposição ocupacional aos hidrocarbonetos policíclicos aromáticos tem forte relação com a metilação de genes importantes no processo cancerígeno e favorece o desenvolvimento de diversos tipos de câncer nos trabalhadores.

Palavras-chave: exposição ocupacional; hidrocarbonetos policíclicos aromáticos; metilação; câncer; DNA.

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