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Morbilidade Por Diabete

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Por:   •  3/6/2014  •  9.992 Palavras (40 Páginas)  •  309 Visualizações

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INTRODUÇÃO A Diabetes Mellitus é uma disfunção do metabolismo. Doença crónica degenerativa que afecta a população em geral, em todo mundo, ao longo de sua vida, sem distinção de idade, sexo, raça ou área geográfica, com impacto de natureza individual, familiar, económico e social, a ponnto de ser considerada uma pandemia, com tendência ascendente ( Kasper 2005). Abrange um grupo de distúrbios metabólicos (Harrison 2006), caracterizado por: Hiperglimia, e anomalias no metabolismo de carbohidratos, gorduras e proteínas ( Terry L Schwinghammer 2007). Os médicos gregos e romanos usaram o termo «Diabetes» para referirem as condições nos quais o principal achado foi um grande volume de urina, e dois tipos foram distinguidos: «Diabetes Mellitus» na qual a urina tinha sabor doce, e «Diabetes Insipido» no qual a urina tinha pouco sabor. Actualmente o termo «Diabetes Insipido» é reservado para condições nos quais haja deficiência de produção e a palavra não modificada «Diabetes» geralmente é usada como sinónimo de Diabetes Mellitus ( Carlos Alberto et Herszterg 2006 ). Dependendo dos motivos do aumento da glicose no sangue, a Diabetes Mellitus é classificada em tipo1 e tipo2. No tipo1,as células do pâncreas que produzem insulina, hormona que ajuda a glicose a entrar nas células, estão destruidas. No tipo2, a produção de insulina é insuficiente ou as células não conseguem aproveita-la de maneira correcta, a chamada Resistência a Insulina. Nos dois casos, o excesso de glicose provoca várias complicações que se não forem controlados, levam a morte ( Samuel R . Nussbaum 1999). A entidade estima que a prevalência da Diabetes deve alcançar 333 milhões de pessoas em 2025. Apesar dos progressos tecnológicos e ciêntificos na área da saúde, Diabetes Mellitus, continua a ser uma doença incuravel, mas que pode ser controlada com tratamento dietético e terapêutico o que permite manter os niveis de glicose no sangue, em normo-glicemico ( Reinaldo Roca Goderich 2002). Neste trabalho pretende-se caracterizar os pacientes diabéticos que internaram no serviço de medicina I e sua evolução médica. O presente trabalho monográfico foi dividido em duas partes: Na primeira apresentamos a revisão bibliográfica e na secunda, a apresentação dos resultados, sua discussão, por ultimo as conclusões, recomendações, referências bibliográficas, apendice e anexos.

Justificação do tema: A escolha do tema, foi de caracter pessoal pois durante o exercício das minhas funções como enfermeiro na secção de medicina I do Hospital Josina Machel∕ Maria Pia, houve uma certa afinidade com a doença, e sera um desafio para posterior especialidade.

I- REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Conceito

Diabetes Mellitus é uma síndrome metabólica caracterizada por hiperglicemia, devido a deficiência absoluta ou relativa de secreção de insulina, ou à redução da eficácia biológica desse hormônio (ou ambos). Tradicionalmente, o Diabetes era classificado deacordo com a idade do paciente por ocasião do início dos sinais e sintomas (início juvenil versus adulto) (( Reinaldo Roca Goderich 2002).

Existem diversos tipos distintos de DM, causados por uma complexa interação de factores genéticos, ambientais e de estilo de vida. Deacordo com a etiologia do DM, os factores que contribuem para a hiperglicemia podem incluir redução da secreção de insulina, diminuição da utilização e aumento da produção de glicose. A desregulação metabólica associada ao DM gera alterações fisiopatológicos secundários em múltiplos sistemas orgânicos, impondo um enorme fardo sobre o indivíduo com Diabetes e o sistema de saúde( Harrison 2006 ). Em 1979 Diabetes Data Grup propôs uma classificação que dividia o Diabetes em dois tipos principais dependentes de insulina e não- dependente de insulina mas essa classificação terapêutica mostrou-se insatisfatória a medida que se acumularam mais informações sobre a patogenia e a etiologia do Diabetes Mellitus. Em 1997 uma comissão internacional de diabetológistas recomendou várias alterações na classificação do Diabetes que foram endossados pela American Diabetes Association e pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Tais alterações são as seguintes: Diabetes Mellitus insulinodependente ( DMID), e Diabetes Mellitus não-insulinodependente (DMNID), foram eliminados porque estavam baseados em aspectos farmacológicos em vez de etiológicos, passou nas seguintes designações: Diabetes Mellitus tipo 1 e Diabetes Mellitus tipo2. Essa doença é mais comum em indivíduos jovens, mas ocorre ocasionalmente em adultos sem obesidade. O DM1 é um distúrbio em que a insulina circulante está praticamente ausente, o glucagom plasmático está elevado e as células B páncreaticas não conseguem responder a todos os estímulos insulinogênicos. Na ausência de insulina, os três tecidos alvos principais da acção da insulina ( fígado, músculos e tecido adiposo) não apenas deixam de captar adequadamente os nutrientes absorvidos, como também continuam a liberar glicose, aminoácidos e ácidos graxos para a corrente sanguínea apartir dos seus respectivos depósitos de armazenamento,que é revertida pela administração de insulina ( Endocrinológia Básica e Clínica 2006 ). Aspecto Históricos da Diabetes Mellitus

A Diabetes Mellitus enfermidade antiga como a humanidade no papiro de Ebers em 1550 a.n.e, no império de Farao (Egipto), se descreveu os sintomas da enfermidade e o seu tratamento. Areteu de Capadócia século II, foi o primeiro a utilizar o nome ―Diabetes „ que significa literalmente ― passar através de„ ou correr através de um sifão ( que em língua grega designa Diabetes), mas adiante Tomás Willis uniu a palavra mellitus que significa mel. Os investigadores como Bernard, Langerhans, Starling, Minkowsky e Merine, colaboraram com intensidade, para que Best, Banting e Beltran Collip consiguirem preparar um extracto de pâncreas que foi aplicado com êxito pela primeira vez em 1921 a um cão, depois a um paciente diabético juvenil e finalmente a uma enfermeira. Com esta descoberta marcou uma data histórica em diabetologia. Jambom e Loubatiere foram os que descobriram nos anos 40 o efeito hipoglicemiante das sulfonilureas, e em 1926 Frank havia modificado a molécula da guanidina, obtendo diguanidina que foi o primeiro antidiabético oral. Em 1954, Franker e Fuchs ambos da Alemanha ensaiaram uma nova sulfonamida, cuja as reacções secundarias estavam os sinais patognomónicos de hipoglicemia. Com a introdução dos antidiabéticos por via oral, entre 1955 à 1956 inícia-se um fecho histórico na era da terapêutica antidiabética, com o lançamento por laboratórios farmacêuticos. O composto carbutamida, foi muito eficaz em diabetes e pouco tempo depois o tolbutamida, que constituiu um medicamento eficaz

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