TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

O REALISMO NO BRASIL

Monografias: O REALISMO NO BRASIL. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  12/11/2014  •  1.860 Palavras (8 Páginas)  •  542 Visualizações

Página 1 de 8

Obras do Realismo e Naturalismo

Veja algumas obras do Realismo e Naturalismo, com seus autores e respectivos livros:

Dom Casmurro

Por Machado de Assis

Realismo. A história toda se passa no Rio de Janeiro do Segundo Império e conta a história de Bento e Capitolina, esta sendo descrita por José Dias, agregado da mãe de Bento, como tendo "olhos de cigana"; a infância, onde surge a paixão com Capitu, primeiro estranha e depois mais bem definida, a juventude de Bento no Seminário ao lado de Escobar, seu melhor amigo até a morte deste por afogamento, o casamento de Bentinho e Capitu, após a mãe deste cumprir a promessa de enviar um rapaz ao serviço da Igreja mandando um "enjeitadinho" ao seminário no lugar de Bento e a separação devido ao ciúme de Bentinho por Capitu com Escobar, mesmo depois deste morrer.

Ele manda então a esposa e seu filho para a Europa por causa do ciúme, quase matando-os antes envenenados. Seu encontro com o filho, muitos anos mais tarde, é frio e distante, já que a todo o instante ele o compara com Escobar, seu melhor amigo que ele achava o ter traído e ser o pai do então já jovem estudante de Arqueologia, que falece, meses depois numa escavação no estrangeiro, sem jamais ver o pai novamente.

Um romance psicológico, sob o ponto de vista de Bentinho, nunca se tem certeza de que Capitolina traiu-o ou não. A favor da tese da traição existe o fato que Bento sempre parece falar a verdade, as semelhanças achadas por Bento entre seu filho e Escobar e o fato que os outros descreviam Capitu como maliciosa quando esta era jovem. Contra a tese existe que Capitu reclamou de seu ciúme e nunca efetivamente fez muita coisa que desse motivo de suspeita, exceto uma vez em que manteve um segredo com Escobar, que era casado. Este humilde escritor acha que Bento não foi traído, mas isso é essencialmente pessoal.

Memórias Póstumas de Brás Cubas

Por Machado de Assis

Realismo. A história é narrada por Brás Cubas, um defunto autor que após narrar sua morte e funeral começa a contar a sua vida. Conta a infância, as travessuras, o primeiro namoro com Marcela (interesseira e bela, fica pobre e feia), um namoro com Eugênia (que acaba pobre) e mais tarde seu noivado com Virgília. Como Virgília casa com outro eles mais tarde se tornam amantes.

O romance era ajudado por Dona Plácida (que também morre pobre) e acaba quando esta vai para o Norte com o marido. Conta então seu reencontro com o amigo Quincas Borba (primeiro na miséria, depois rico, depois miserável e louco), que lhe expõem sua filosofia, o Humanitismo. Cubas passa seguir o Humanitismo. Já deputado, não se reelege ou se torna ministro e funda um jornal de oposição baseado no Humanitismo. Mais velho se volta para a caridade e morre logo após criar um emplasto que curaria a hipocondria e lhe traria fama.

Quincas Borba

Por Machado de Assis

Realismo. Continuação de Memórias Póstumas de Brás Cubas, Quincas Borba conta a história do ex-professor primário Pedro Rubião de Alvarenga, que após cuidar do filósofo Quincas Borba até a morte, recebe dele toda a fortuna sob a condição de tomar conta do cachorro, que também tem o nome de Quincas Borba. Rubião muda-se então para o Rio. No caminho conhece o casal Sofia e Cristiano Palha.

Apaixonado por Sofia e ingênuo, Rubião vai sendo explorado e aproveitado por todos os amigos, que lhe tomam dinheiro emprestado, lhe pedem favores, jantam em sua casa mesmo quando ele não está, etc. Vai envolvendo-se sem sucesso com a política e perdendo muito dinheiro com gastos exagerados e empréstimos.

Cristiano e Sofia (que não corresponde o amor) vão se aproveitando dele muito mais, subtraindo-lhe a fortuna, saindo do estado original de dívidas para um de opulência no final. A medida que o tempo passa, a decadência material e o desespero de não ter correspondido seu amor leva Rubião a enlouquecer. Enquanto no começo travava "discussões" com Quincas Borba (o cão), depois começa a pensar ser Napoleão III e Sofia sua esposa Eugênia. Passa a nomear todos nobres e generais, ter visões, falar sozinho. Quando ao final é internado num manicômio, sua fortuna não é mais 1% do que antes fora. Ele foge do manicômio e volta para Barbacena, de onde saíra após enriquecer, levando apenas Quincas Borba.

Enlouquecido e pobre, é recolhido pela comadre e morre louco, corando-se Napoleão III, repetindo incessantemente nos seus últimos dias a célebre frase "Ao vencedor, as batatas!" Narrado em terceira pessoa, cheio de ironia sofisticada, uma personagem feminina dissimulada, uma dúvida constante (Quincas Borba é o título por causa do cão ou do filósofo?), esta é uma das melhores e mais famosas obras de Machado de Assis.

Esaú e Jacó

Por Machado de Assis

Realismo. Contada como que por um autor que teve acesso ao Memorial do Conselheiro Aires, usa o volume último de seus cadernos. Começa contando a história de Natividade que, grávida de gêmeos em 1871, consulta uma vidente. Esta lhe diz que seus filhos, apesar de estarem brigando em seu ventre, terão grande futuro. Ao sair, de tão feliz, dá uma esmola grande a um mendigo ("para as almas", mas ele guarda o dinheiro).

Desde quando nascem os jovens Pedro e Paulo tornam-se contrários. As disputas uterinas tornam-se políticas já que Paulo é republicano e Pedro monarquista, Pedro tornar-se-á advogado, Paulo médico. Eles estudam separados (Paulo em São Paulo, Pedro no Rio) e conhecem em 1888 a filha de um casal de políticos, Flora, pela qual se apaixonam. E ela corresponde o amor aos dois. Assim os irmãos desunidos unem-se e competem pelo amor de Flora.

O Conselheiro Aires, amigo das duas famílias, trabalha junto com os pais dela para que ela escolha um ou nenhum, mas escolha. Assim transcorre o tempo com os irmãos discutindo a política desde a Abolição, passando pela Proclamação da República e a queda de Deodoro (os pais de Pedro e Paulo e os de Flora são políticos e nunca parecem saber quem estará no poder).

A distância por vezes separa o trio, mas eles permanecem (des)unidos. Flora é cortejada por outras, incluindo Nóbrega, o mendigo de 1871 enriquecido

...

Baixar como (para membros premium)  txt (11.1 Kb)  
Continuar por mais 7 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com