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Sociologia

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Por:   •  28/3/2015  •  781 Palavras (4 Páginas)  •  405 Visualizações

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4- Etnocentrismo

Segundo Everardo Rocha, em O que é Etnocentrismo, trata-se da ?visão do mundo onde o nosso próprio grupo é tomado como centro de tudo e todos os outros são pensados e sentidos através dos nossos valores, nossos modelos, nossas definições do que é a existência. No plano intelectual, pode ser visto como a dificuldade de pensarmos a diferença; no plano afetivo, como sentimentos de estranheza, medo, hostilidade, etc. ?.

Esse autor Rocha nos alerta, ao analisar o etnocentrismo, para a questão do choque cultural. Como ele afirma, ?de um lado conhecemos o "nosso" grupo, que come igual, veste igual, gosta de coisas parecidas, conhece problemas do mesmo tipo, acredita nos mesmos deuses, casa igual, mora no mesmo estilo, distribui o poder da mesma forma, empresta à vida significados em comum e procede, por muitas maneiras, semelhantemente. Aí então de repente, nos deparamos com um "outro", o grupo do "diferente" que, às vezes, nem sequer faz coisas como as nossas ou quando as faz é de forma tal que não reconhecemos como possíveis. E, mais grave ainda, este ?outro" também sobrevive à sua maneira, gosta dela, também está no mundo e, ainda que diferente, também existe.?.

Roberto da Matta, no texto ?você tem cultura?? demonstra que ?essa é a experiência antropológica, buscar compreender a lógica da vida do outro. Antes de cogitar se ?aceitamos? ou não esta outra forma de ver o mundo, a antropologia nos convida a compreendê-la, e verificar que ao seu jeito uma outra vida é vivida, segundo outros modelos de pensamento e de costumes. O fato de que o homem vê o mundo através de sua cultura tem como conseqüência a propensão em considerar o seu modo de vida como o mais correto e o mais natural.

O conceito de cultura, ou, a cultura como conceito, então, permite uma perspectiva mais consciente de nós mesmos. Precisamente diz que não há homens sem cultura e permite comparar culturas e configurações culturais como entidades iguais, deixando de estabelecer hierarquias em que inevitavelmente existiriam sociedades superiores e inferiores?.

Como se percebe nas imagens acima, as representações sobre feminilidade e beleza variam muito entre as chinesas, em especial as da área rural, e mulheres que vivem nas metrópoles ocidentais. Tanto a deformação dos pés, no caso das primeiras, como os problemas ortopédicos decorrentes do uso de calçados de saltos altos, no outro caso, decorrem do atendimento a padrões culturais internalizados pelos indivíduos.

Uma visão etnocêntrica leva a classificar como atrasada a prática cultural chinesa, e a ver como avançada a prática cultural ocidental. Por isso, como nos ensina Roberto da Matta, no supracitado texto, deve-se analisar as práticas culturais no contexto em que são praticadas, permitindo-se, assim, ?traduzir melhor a diferença entre nós e os outros e, assim fazendo, resgatar a nossa humanidade no outro e a do outro em nós mesmos?.

5- Relativismo cultural

É a postura, privilegiada pela Antropologia contemporânea, de buscar compreender a lógica da vida do outro. Ainda segundo Roberto da Matta, ?antes de cogitar se ?aceitamos? ou não esta outra forma de ver o mundo, a antropologia nos convida a compreendê-la, e verificar que ao seu jeito outra vida é vivida, segundo outros modelos

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