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Síndrome Do Alcoolismo Fetal

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Por:   •  17/3/2015  •  1.562 Palavras (7 Páginas)  •  628 Visualizações

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O que é Síndrome do alcoolismo fetal?

A síndrome do alcoolismo fetal (SAF) é o conjunto de sinais e sintomas apresentados pelo feto em decorrência à ingestão de álcool pela mãe durante agravidez e durante o período preconcepção. Entre os sintomas encontram-se o déficit de crescimento, alterações em características faciais e atraso no desenvolvimento neuropsicomotor. Atualmente é considerada a maior causa de déficit intelectual prevenível no mundo.

Causas

A causa da síndrome do alcoolismo fetal é a ingestão de álcool em grandes quantidades pela mãe durante a gestação. O nível mínimo de etanol (álcool) que resulta em síndrome do alcoolismo fetal ainda não foi estabelecido. O grau de acometimento dos bebês depende não só do quanto a mãe ingeriu, mas também do período da gestação em que houve este consumo.

SAIBA MAIS

• Problemas do álcool na gravidez

• Hábitos da gestante que prejudicam o bebê

Fatores de risco

Alguns fatores de risco já puderam ser identificados como associados à síndrome do alcoolismo fetal, entre eles temos:

• Consumo de álcool no primeiro trimestre da gestação

• Início precoce da ingestão de álcool

• Idade materna acima de 25 anos

• História de gestação anterior com parto prematuro ou natimorto

• Ter tido três ou mais gestações anteriores

• Ingestão de álcool com frequência de cinco ou mais doses por ocasião e 2 ou mais vezes por semana.

É mais comum estar associado com mulher com baixo padrão sócio-econômico e associadas à depressão e consumo de álcool pelo companheiro ou outros familiares.

sintomas

Sintomas de Síndrome do alcoolismo fetal

São evidentes: o déficit de crescimento e alterações em características faciais, mas observa-se também, atraso no desenvolvimento neuropsicomotor.

As alterações faciais mais comuns são:

• Fissuras palpebrais pequenas

• Fácies plana

• Hipoplasia maxilar

• Nariz curto

• Filtro nasal longo e hipoplásico

• Lábio superior fino.

A criança com síndrome do alcoolismo fetal pode apresentar também:

• Baixo peso ao nascimento

• Baixo ganho de peso

• Microcefalia (cabeça de tamanho pequeno)

• Dificuldade de aprendizagem, linguagem, memória e atenção

• QI baixo

• Alterações na visão e audição

• Dificuldades de socialização

• Distúrbios comportamentais

• Atraso de desenvolvimento cognitivo

• Alterações neurológicas como convulsões, doenças nos rins, osso e cardiopatias congênitas.

Os sinais e sintomas são diversos, pois a passagem do etanol pela placenta e o grau de metabolização do etanol pelo fígado materno são variáveis.

diagnóstico e exames

Diagnóstico de Síndrome do alcoolismo fetal

O diagnóstico da síndrome do alcoolismo fetal pode ser difícil, pois não existe um exame laboratorial que confirme o diagnóstico e, além disso, outros distúrbios, principalmente comportamentais, tem características parecidas.

Leva-se em consideração a história materna de uso de álcool e os sinais e sintomas relatados acima. É feita uma avaliação clínica geral e com base em alterações físicas e relatos familiares comportamentais e do desenvolvimento da criança.

Tratamento de Síndrome do alcoolismo fetal

Não existe cura para a síndrome do alcoolismo fetal, mas o tratamento pode incluir medicamentos para alguns sintomas, terapia comportamental, treinamento dos pais. Essas são as medidas iniciais para um acompanhamento ideal. Já se sabe que, assim como existem fatores de risco, há fatores protetores como relacionamentos familiares estáveis, rotina familiar estável, diagnóstico precoce e acompanhamento especializado.

Sintomas específicos, como convulsões e cardiopatias necessitam de acompanhamento especializado, mas de uma maneira geral, há necessidade de acompanhamento fisioterápico para os problemas de coordenação motora, atendimento psicológico para alterações comportamentais e sociais, acompanhamento psiquiátrico para demais transtornos mentais.

No entanto, todas as terapias envolvidas precisam estar interligadas e com os profissionais multidisciplinares trabalhando em conjunto visando à melhor resposta e inserção destes indivíduos na sociedade.

Complicações possíveis

Nem sempre o diagnóstico da síndrome do alcoolismo fetal é realizado precocemente. Os motivos são vários, entre eles, sinais inespecíficos para o pediatra, a síndrome de abstinência que os recém-nascidos podem apresentar ao nascimento pode cessar e passar despercebida e a negação de uso de álcool pela gestante.

O diagnóstico tardio leva à demora para o início das terapias que melhoram a qualidade de vida da criança gerando maior dificuldade no desenvolvimento motor e cognitivo.

Expectativas

O acompanhamento adequado e especializado pode melhorar o desenvolvimento de uma criança com síndrome do alcoolismo fetal.

Prevenção

A única prevenção possível é a abstinência da ingestão de álcool durante o período pré-concepção (de quatro a seis semanas antes da gravidez) e durante o período gestacional quando o sistema nervoso fetal está em formação.

http://www.minhavida.com.br/saude/temas/sindrome-do-alcoolismo-fetal

O consumo de álcool durante a gravidez é uma questão polêmica, porque, embora a abstenção total de bebidas seja a recomendação oficial do Ministério da Saúde e da maioria dos médicos, na prática muitas grávidas sempre acabam ouvindo de alguém que um pouquinho de cerveja aqui ou uns golinhos de vinho ali não fazem mal nenhum.

Mas, infelizmente, essas medidas "aqui e ali" são subjetivas e podem levar a abusos por parte da mãe e graves consequências futuras para o bebê. O álcool contido em vinhos, cervejas, cachaças, drinques com frutas, uísque e outras bebidas passa facilmente através da placenta para o feto em desenvolvimento, que pode vir a nascer com problemas motores, físicos e mentais, além de de comportamento.

Esse conjunto de distúrbios pode ser diagnosticado como síndrome alcoólica fetal (SAF) ou como um quadro de outros transtornos ligados ao consumo de álcool na gestação. Essas condições existem desde que o mundo é mundo e as pessoas bebem, mas só foram mais recentemente "batizadas" e assim descritas pela comunidade médica internacional, tornando o diagnóstico nem sempre fácil.

Acredita-se que a SAF e esses outros transtornos afetem cerca de 40 mil crianças por ano em todo o globo, mais do que a síndrome de Down, distrofia muscular e espinha bífida somadas, segundo a organização não-governamental The National Organization on Fetal Alcohol Syndrome (Nofas).

"Há uma estimativa de que um em cada cinco casos de deficiência mental no mundo seja causado pelo álcool" ingerido pela gestante, diz Dartiu Xavier da Silveira, co-fundador e coordenador do Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes (Proad) da Universidade Federal de São Paulo.

Em muitos casos, as mães não conversam com os obstetras sobre seus hábitos de beber e nem com os pediatras depois que os filhos nascem, o que complica ainda mais a situação dessas crianças e as perspectivas de tratá-las da melhor maneira possível.

Características da síndrome alcoólica fetal

Bebês nascidos com a síndrome costumam apresentar malformações na face (lábio superior bem fino, nariz e maxilar de tamanho reduzido, por exemplo -- veja aqui uma ilustração), cabeça menor que a média, anormalidades cerebrais (apresentando falta de coordenação motora e distúrbios de comportamento, até retardo mental), malformações em órgãos como rins, pulmões e coração. Quando vão para a escola geralmente enfrentam dificuldades de aprendizado, memorização e atenção.

"As dificuldades de aprendizagem geram problemas muito abrangentes para o futuro da criança. A repercussão é para a vida toda. Elas acabam com menos oportunidades profissionais, de manter relacionamentos afetivos ou fazer amizades", afirma Hermann Grinfeld, pediatra com mais de 40 anos de experiência e pesquisador dos efeitos do consumo de álcool na gravidez.

Crianças que se encontram no chamado "espectro" dos distúrbios provocados pelo álcool podem ter alguns dos problemas descritos acima, porém não chegam a preencher todos os requisitos para classificá-los como portadores da síndrome -- o que nem por isso é menos sério para o seu desenvolvimento.

Existe alguma maneira de prevenir a síndrome?

Sim, a única forma de impedir que seu filho venha a sofrer da síndrome é não consumir bebidas alcoólicas na gestação. E, caso você esteja só pensando em engravidar, já vale parar de beber para não correr riscos (muitas mulheres que consomem grandes quantidades de álcool não menstruam regularmente e por isso às vezes engravidam sem saber), porque o álcool pode causar danos logo nessas primeiras semanas de gravidez, principalmente no cérebro do bebê.

Pode até parecer exagero, mas os cuidados com um bebê começam muito antes do nascimento, das noites em claro e trocas de fraldas sujas.

A verdade é que desde o momento em que pensa em ter um filho, uma mulher precisa preparar seu corpo a fim de ter as melhores chances de gerar uma criança saudável e com todas as possibilidades de crescer feliz e sem limitações físicas ou psicológicas.

"A futura mãe precisa pensar que a gravidez é só o começo da história com aquele filho e tem que decidir como vai ser a relação com ele no futuro. O álcool afeta esta relação para sempre", diz a psicóloga Mônica Lazzarini Ferreira Valente, coordenadora de ações e projetos da Associação Parceria contra Drogas. "Às vezes é difícil não beber, mas é possível e vale por amor a um filho."

E seu eu bebi sem saber que estava grávida?

Não entre em pânico e já fique achando que causou problemas irreversíveis ao feto. Pare imediatamente, porque isso diminuirá as chances de o bebê vir a sofrer alguma consequência do consumo de álcool. Procure também conversar abertamente com seu médico se achar que está tendo dificuldades para se abster das bebidas, porque ele pode orientá-la ou recomendar algum tipo de ajuda especializada.

"O prejuízo de não falar sobre álcool para o médico é muito maior que a vergonha ", observa Mônica.

Os profissionais costumam fazer algumas perguntas básicas para poder determinar se existe abuso de álcool, muitas vezes sem a própria mulher se dar conta. Não tenha vergonha de se expor ou de ser julgada, já que a função dos médicos é justamente estar a seu lado em busca de uma vida saudável para você e seu bebê.

Peça também a colaboração de seu companheiro e de pessoas próximas para que não bebam por perto, assim você não passa vontade. Muitas vezes é necessário ainda se afastar de um grupo que bebe demais e com o qual toda a diversão é somente liga ao consumo de álcool e nada mais.

http://brasil.babycenter.com/a3500005/s%C3%ADndrome-alco%C3%B3lica-fetal#ixzz3UVVXRnRF

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