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Síndrome Do Cromossomo X-frágil

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Por:   •  9/1/2015  •  862 Palavras (4 Páginas)  •  660 Visualizações

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A Síndrome do Cromossomo X-Frágil (SXF) é uma condição genética herdada que tem como principal característica o retardo mental, devido a uma anomalia causada por um gene defeituoso localizado no cromossomo X, podendo afetar homens e mulheres.

Essa falha ou "fragilidade do X" causa um conjunto de sinais e sintomas clínicos ou uma síndrome. Daí o nome de Síndrome do Cromossomo X-Frágil (DOUTOR BUSCA, 2005).

Estima-se que cerca de 10% do retardo mental seja de herança ligada ao X. A Síndrome do Cromossomo X Frágil é a mais freqüente dessas doenças de herança ligada ao X e afeta cerca de 5% dos retardados mentais. É, assim, a segunda causa genética de retardo mental, só suplantada em freqüência pela Síndrome de Down. Entretanto, ao contrário da Síndrome de Down que não tende a repetir nas famílias, a Síndrome do Cromossomo X frágil tem risco alto de recorrência na irmandade dos afetados (NETO, 2005).

Existe uma proteína chamada FMRP, fundamental para o desenvolvimento do sistema nervoso. Quem tem X Frágil não a produz, o que leva ao comprometimento do processo cerebral. O problema é mais comum de ocorrer em indivíduos do sexo masculino, porque as mulheres possuem dois cromossomos X tendo, portanto, chance de compensar uma eventual falha (MEDICINAL, 2005). De acordo com pesquisas, aproximadamente um terço das mulheres é portadora e pode ser afetada, entretanto a severidade de retardo mental é menor que nos homens.

Problemas semelhantes de retardo mental, ligados ao cromossomo X e com predominância em homens, foram observados em famílias desde as décadas de 40-50, para os quais dava-se o nome de Síndrome de Martin-Bell. A SXF foi melhor caracterizada em 1970, através da observação do cromossomo X-Frágil por estudos de citogenética. Mas somente a partir de 1991, é que estudos moleculares identificaram com precisão a causa da mutação ou mudança ocorrida num gene FMR1 (Fragile Mental Retardation 1). Tal gene localiza-se no cromossomo X e explica a falha (um sítio frágil) em uma das partes desse cromossomo, na porção subterminal de seu braço longo (HENRIQUES e FÉLIX, 2005).

Essa mutação dinâmica é caracterizada pela expansão progressiva de um trinucleotídeo CGG no primeiro exon do gene FMR1 com repetições localizadas na região Xq27.3 do cromossomo. Esta expansão é acompanhada por hipermetilação anormal da ilha CpG, resultando em silenciamento da transcrição e ausência da proteína FMR1 VERHEIJ et. al. (apud BOY, 2005).

Num indivíduo normal a repetição do gene FMR1 apresenta, no seu início, cópias repetidas CGG ou Citosina-Guanina-Guanina. O número normal dessas cópias varia de 6 a 50. A presença do gene defeituoso (FMR1) pode encontrar-se em estado de pré-mutação (50 a 200 cópias CGG), tornando a pessoa "portadora". Ou, encontrar-se na forma de mutação completa (mais de 200 cópias CGG), tornando a pessoa "afetada". As pessoas portadoras possuem um defeito menor no gene devido à pré-mutação. Elas podem demonstrar apenas sintomas leves da síndrome ou nenhuma de suas características. Nesse caso, são consideradas clinicamente normais. Um homem portador, mesmo que não apresente problemas intelectivos, transmitirá a pré-mutação a todas suas filhas, mas a nenhum de seus filhos. Suas filhas, mesmo sem alterações físicas, intelectivas e emocionais, poderão ter filhos, netos, bisnetos, etc. com problemas, pois serão portadoras (HENRIQUES e FÉLIX, 2005).

A penetrância da doença aumenta em gerações sucessivas de uma genealogia, um fato curioso que ficou

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