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Trabalho Analise Critica Filme Frozen

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Por:   •  9/3/2015  •  371 Palavras (2 Páginas)  •  1.133 Visualizações

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Tudo começa com uma criança e aquilo que a torna especial. A sociedade percebe a criança como um ponto fora da curva da normalidade. Os pais, como representantes da sociedade, temem pela criança. Tentam controlar, anular quem sabe, essa característica – luvas para que a magia não saia das mãos de Elsa, portas fechadas, isolamento em relação à família para que o diferente não machucasse ninguém. Elsa um dia foge, e acha que o que encontrou na montanha, livre pra ser quem realmente é (mas não pela aceitação do outro, e sim pelo distanciamento da opinião pública) é uma liberdade real.

A liberdade do que se isola não é liberdade, e a fuga de Elsa, além de levar o frio para o seu reino e família abandonada, se torna possivelmente uma prisão (ecoando a trajetória real de Alexander Supertramp, o garoto de Na Natureza Selvagem).Por algumas curvas do caminho, esperávamos que a revolução das animações viria dos moderninhos da Pixar ou da Dreamworks banhada em cultura pop. Fomos tolos de não perceber que, é claro, a revolução viria das mesmas mãos que nos trouxeram Hamlet na Savana, música clássica nos cinemas e o primeiro estúdio realmente a acreditar na inteligência do pequeno consumidor de cultura. Em Frozen, a Disney transforma alguns de seus velhos vícios em piadas (como os casamentos relâmpago entre príncipes e princesas) e subverte a estrutura dos contos de fada. Frozen é abertamente feminista, extremamente progressivo e iconoclasta. As garotas que com ele crescerem já não sonharão com uma vida de frágil princesa ou com um príncipe encantado. Frozen é um conto de fadas de um mundo real, em que os vilões são materializações da intolerância, da solidão e do patriarcalismo.

A Disney, experiente, tem a sabedoria de entender que até uma revolução como esta pode, sem perder força, se adaptar a algumas expectativas do seu público – estamos afinal falando de uma parcela significativa de crianças, ainda construindo sua bagagem fílmica, acostumados a uma espécie de narrativa. A Disney recupera seu legado então, dessa vez, sem iconoclastia, sob a forma de alívios cômicos como o divertido Olaf, o boneco de neve, e através das canções, as mais encantadoras do estúdio em anos, dignas dos grandes musicais animados da Disney.

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